domingo, 31 de outubro de 2010

Passo da Semana (31 a 06/11): 5º- CONFESSAR

Senhor, CONFESSO meus pecados, e publicamente, peço teu perdão e o perdão dos meus irmãos. Absolve-me!

sábado, 30 de outubro de 2010

Falta eficiência nas políticas contra o crack

Tema será foco de simpósio durante o 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Ninguém duvida que a mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, o crack, é hoje um grave problema social e de saúde. E por ser grave, necessita de soluções rápidas e efetivas, acompanhadas de revisão urgente da política de drogas vigente, pois as medidas assistenciais específicas não estão disponíveis. “Ainda poucos estudos nos auxiliam no desenvolvimento de uma assistência baseada em evidências científicas para cuidar do fenômeno do crack no Brasil. Essa carência de levantamentos e protocolos testados colabora para a ineficiência do modelo”, explica Ana Cecília Marques, coordenadora do Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria.

A especialista comenta que algumas medidas assistenciais estão sendo desenvolvidas no Brasil, mas, diante do aumento do consumo de crack que vivemos hoje e das consequências da falta de planejamento da reforma psiquiátrica brasileira, que colocou os CAPS no centro do sistema de assistência à saúde mental, não existe um local preparado para dar conta do problema. “É preciso definir um modelo terapêutico que utilize uma rede integrada e hierarquizada, cuja porta de entrada seja a unidade básica de saúde ou as emergências. Para isso, a equipe deve estar treinada para o diagnóstico e para o encaminhamento do paciente. Além disso, o modelo utilizado não favorece a adesão ao tratamento”, diz.

A psiquiatra aponta medidas essenciais, como políticas de prevenção de todas as drogas, com informação atualizada e campanhas permanentes; políticas para redução da oferta, com controle das fronteiras, dos produtos usados para refino da droga e de controle social, além das políticas de tratamento baseadas em evidências científicas.

Para discutir essas e outras propostas, o Departamento de Dependência Química da ABP escolheu a temática crack para o simpósio “O desafio de construir novas políticas assistenciais para as drogas no Brasil diante do aumento do consumo de crack”, que acontece durante o 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria da ABP, de 27 a 30 de outubro, em Fortaleza. “A conclusão do trabalho será encaminhada para o governo brasileiro e para todos os interessados, como fonte de apoio para as tão necessárias mudanças. A política para as drogas no Brasil precisa ser revista e modificada para benefício de todos os brasileiros”, pondera Ana Cecília Marques.

Fonte: UNIAD

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Atividades científicas e grande público no 1º dia de CBP

XXVIII CBP Pontapé inicial teve mais de 40 eventos e quase 5 mil participantes, por isso a Secretaria da ABP se dividiu em dois setores para conseguir atender tanto os congressistas pré-inscritos quanto os que desejavam fazer a sua inscrição durante o evento.

A organização, para evitar tumultos, foi obrigada a fixar avisos na entrada do Centro de Convenções do Ceará alertando para a capacidade de 5 mil pessoas no local.

O primeiro dia do Congresso Brasileiro de Psiquiatria ofereceu aos participantes mesas redondas, cursos, conferências, oficinas, espaço para a troca de experiências, como durante a Sessão de Pôsteres, e reuniu profissionais de diversas áreas da saúde, especialmente, da saúde mental.

Um dos destaques foram as atividades realizadas no anfiteatro do Bloco D que recebeu público expressivo.
A primeira conferência foi proferida pelo psiquiatra cearense José Jackson Coelho Sampaio, que, além de tratar o tema “A clínica na atenção psicossocial territorial”, fez um breve relato da história socioeconômica do Ceará e destacou a importância do assunto para compreender os desafios na questão psicossocial. Em seguida, o assunto foi “O estresse no cotidiano da vida”. O palestrante Adriano Vaz-Serra, que, segundo o presidente da mesa, Josimar Mata de Farias França, é “um dos grandes nomes da psiquiatria portuguesa”, conquistou o público presente com uma apresentação bem humorada e descontraída. Vaz-Serra falou sobre os impactos do estresse, alertando que “o impacto de um aspecto negativo sobre o individuo é 2 a 3 vezes mais forte do que um aspecto positivo” e ilustrou: “para um dia mau precisamos de 2 ou 3 dias bons para compensá-lo”.

O conferencista espanhol Antonio Bulbena Vilarrasa abordou um tema bastante debatido na neurociência, “O impacto da depressão e de prejuízos cognitivos agudos em pacientes geriátricos”. Os psiquiatras Alex Santiago e João Marcelo, ambos de Fortaleza (CE), destacaram entre as conclusões tomadas com a pesquisa, “o fato de existir a relação direta com a demência, a depressão causando gradativamente esse estado, e o novo conceito de depressão vascular”.

A última palestra do dia, com o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, falou sobre os aspectos filosóficos e psicossociais em cirurgias plásticas, apontando casos que envolveram diversas cirurgias reconstrutivas.

Fonte: UNIAD

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Curso de capacitação da Pastoral da Sobriedade

Acontecerá nos dias 12,13 e 14 de Novembro, mais um Curso de Capacitação de Agentes da Pastoral da Sobriedade na cidade de São João de Aruarú.

O responsável pela organização da capacitação é o Pe. Marcelândio, onde a capacitação será dada por Rogério Melo( Coordenador de Formação Regional NE I da Pastoral da Sobriedade).

A capacitação poderá ser feita por moradores da cidade de Aruarú e de cidades visinhas...

Maiores informações:

(85) 8687-9628 - Rogério Melo

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, Graças a Deus"...

Pastoral da Sobriedade em Aracati

Acontecerá no dia 30/10/2010 uma apresentação da Pastoral da Sobriedade sobre sua Pedagogia e Espiritualidade na cidade de Aracati, Diocese de Limoeiro, para os padres Redentoristas daquela cidade e para Coordenação Pastoral da cidade de Aracati.

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, Graças a Deus"...

Veja Quem Tem Razão


Você vive num quarto escuro e fechado e diz estar aberto para o mundo.
Você diz que ninguém fala a verdade, no entanto, mente o tempo todo para você mesmo.
Fala que ninguém o deixa viver em paz, contudo, vive cheio de agressividade.
Você quer toda liberdade do mundo, porém, vive com medo de ser preso.
Você grita que é forte e que sabe o que faz, mas, receia a própria sombra.
Você pede para que lhe deixem voar, entretanto, vive fora do ar ou no fundo do poço.
Você vive dizendo que quer ganhar muito dinheiro, todavia, queima tudo o que você ganha e o que tem.
Você diz que precisa de uma chance, mas, joga todas as chances fora.
Você vive dizendo que quer ter amigos, no entanto, não percebe que é seu maior inimigo.
Você se diz muito esperto e que não leva desaforo para a casa, porém, aceita ser dotado por quem lhe escraviza.
Você quer um pedacinho do Céu e não percebe que faz da sua vida um completo inferno.
Você caminha a passos largos para a morte e diz que isso é vida.

DEPENDÊNCIA QUÍMICA SE COMBATE COM RAZÃO, AMOR E VERDADE.

Fonte: ANTIDROGA

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brasil, Uruguai e Canadá querem se unir para enfrentar as reações jurídicas das indústrias do tabaco contra programas e ações governamentais de saúde pela redução do consumo de cigarro.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) vai monitorar as estratégias da indústria tabagista que recorre à Justiça na tentativa de criar obstáculos ou se esquivar das políticas de saúde pública desses países. O Tratado Internacional de Controle do Tabaco, em vigor há cinco anos, conta com 168 países e por meio de medidas como proibir o fumo em locais fechados e restringir a publicidade de marcas de cigarro, já conseguiu fazer com que o consumo do produto fosse reduzido em grande parte das regiões.

Os debates para a criação de um tratado internacional pela saúde pública começaram em 1999 em uma das assembleias da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a aprovação ocorreu apenas em 2003. O que motivou o nascimento do tratado foram os graves danos sanitários, sociais e econômicos decorrentes do consumo de tabaco. Na época, as mortes causadas pelo cigarro chegavam a 4,9 milhões por ano no mundo. Uma média diária de 10 mil mortes. A estimativa da OMS era de que se nada fosse feito para reduzir as estatísticas, o número passaria a 10 milhões de mortes por ano em 2030. A convenção estabeleceu uma série de recomendações que deveriam ser cumpridas pelos países que aderissem ao tratado internacional. Entre essas medidas está a redução da demanda e da oferta de produtos derivados do tabaco.

De acordo com a secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco no Brasil, Tânia Cavalcante, o fenômeno da globalização envolveu também o comércio do cigarro e contribuiu para a ampliação do consumo e do número de mortes, sendo que 80% delas são registradas em países em desenvolvimento, que ainda não conseguiram seguir as recomendações propostas pelo tratado. Mas aqueles que se esforçaram em cumprir os compromissos firmados conquistaram melhores resultados: no Brasil, o consumo de cigarros passou de 32% em 1989 para 17% em 2008. “Por causa dessa redução significativa, as indústrias cigarreiras reagiram com medidas legais baseadas em determinações estabelecidas por acordos internacionais de comércio para confrontar as ações de saúde dos governos”, conta.

Por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) tramitaram em 2008 no Brasil duas ações diretas de inconstitucionalidade, uma sobre a lei que restringe a propaganda de cigarros aos pontos internos de venda e outra sobre a que proíbe o fumo em recintos coletivos. De acordo com Tânia Cavalcante, outros países também passam por reações similares, como o Uruguai e o Canadá. O diretor de assuntos corporativos da Phillip Morris Brasil, Maurício Jorge, explica que a empresa apoia uma regulamentação ampla e eficaz do setor, mas é contra qualquer medida que tenha como objetivo proibir que adultos fumantes possam comprar e fazer uso de produtos derivados de tabaco legais ou que imponha obstáculos desnecessários ao funcionamento do mercado legal de tabaco.

No Uruguai, foi determinado que 80% da superfície de embalagens de cigarro deveria ser coberta por advertências sanitárias e proibiu a comercialização de diferentes apresentações, como maços de cores distintas. A Phillip Morris discordou das medidas e alegou que as restrições impedem a exibição adequada das logomarcas.

Tratamento
O Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde, oferece tratamento gratuito para quem deseja largar o cigarro. Por meio de inscrição feita em postos de saúde cadastrados, grupos de pessoas que compartilham do mesmo vício se encontram com assistentes sociais e psiquiatras para auxiliar o combate ao problema. É realizado um encontro por semana, durante um mês. Após avaliação, se necessário, o paciente recebe adesivos ou pastilhas de nicotina, ou até antidepressivos para o controle da ansiedade.

O estudante Frederico Costa, 24 anos, se inscreveu em maio deste ano no programa do governo, mas só essa semana foi procurado para dar início ao tratamento. “Fumo desde os 14 anos, e já tentei parar duas vezes, mas é um processo difícil”, lamenta. A grande preocupação de Frederico é com a própria saúde e aponta a ansiedade como principal dificuldade para largar o vício. O porteiro Railton Santos, 48 anos, já está na última semana do tratamento. Ele recebe gratuitamente adesivos de nicotina e desde então conseguiu ficar sem o cigarro. “Fumava duas carteiras de cigarro por dia. O pigarro e a falta de ar são as coisas que mais me incomodam do vício”, conta.

Confira a relação das leis e resoluções vigentes no país em relação ao consumo, comércio e tratamento de fumantes:

I) PROTEÇÃO CONTRA OS RISCOS DA EXPOSIÇÃO À POLUIÇÃO TABAGÍSTICA AMBIENTAL

Portaria Interministerial n.º 3.257 (22 de setembro de 1988)

Recomenda medidas restritivas ao fumo nos ambientes de trabalho.

Lei n.º 9.294 (15 de julho de 1996)

Proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, ou de qualquer outro produto
fumígeno derivado do tabaco, em recinto coletivo privado ou público, tais como, repartições públicas,
hospitais, salas de aula, bibliotecas, ambientes de trabalho, teatros e cinemas.
Permite o tabagismo em fumódromos, ou seja, áreas destinadas exclusivamente ao fumo,
devidamente isoladas e com arejamento conveniente.

Decreto n.º 2.018 (1º de outubro de 1996)

Regulamenta a Lei n.º 9.294/96, definindo os conceitos de “recinto coletivo” e “área devidamente isolada e destinada exclusivamente ao tabagismo”.

Lei n.º 10.167 (27 de dezembro de 2000)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo o uso de produtos fumígenos derivados do tabaco em
aeronaves e demais veículos de transporte coletivo.

Portaria Interministerial n.º 1.498 (22 de agosto de 2002)

Recomenda às instituições de saúde e de ensino a implantarem programas de ambientes livres da exposição tabagística ambiental.

Portaria do Ministério da Saúde n.º 300 (09 de fevereiro de 2006)

Institui o programa “Ministério da Saúde Livre do Tabaco”, com a finalidade de elaborar e
implementar ações educativas destinadas a conscientizar os funcionários e os visitantes da instituição em relação aos males provocados pelo uso do tabaco.

Proíbe fumar em todas as dependências do Ministério da Saúde, tanto as sediadas no Distrito
Federal como as sediadas nos estados e nos municípios.

Revoga a Portaria nº 2.818/GM de 28/05/98.

II) RESTRIÇÃO DO ACESSO AOS PRODUTOS DERIVADOS DO TABACO

Lei n.º 10.167 (27 de dezembro de 2000)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo a venda por via postal, a distribuição de amostra ou brinde e a comercialização em estabelecimentos de ensino e de saúde.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 15 (17 de janeiro de 2003)

Proíbe a venda de produtos derivados do tabaco na Internet.

Lei n.º 10.702 (14 de julho de 2003)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo a venda em órgãos ou entidades da Administração Pública.

III) PROTEÇÃO AOS JOVENS

Lei n.º 8.069 (13 de julho de 1990) – Estatuto da Criança e do Adolescente.

Proíbe vender, fornecer ou entregar, à criança ou ao adolescente, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.

Lei n.º 10.167 (27 de dezembro de 2000)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo a participação de crianças e adolescentes na publicidade de produtos derivados do tabaco.

Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n.º 06 (05 de fevereiro de 2001)

Proíbe o trabalho do menor de 18 anos na colheita, beneficiamento ou industrialização do fumo.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 304 (07 de novembro de 2002)

Proíbe a produção, importação, comercialização, propaganda e distribuição de alimentos na
forma de cigarros, charutos, cigarrilhas, ou qualquer outro produto derivado do tabaco.
Proíbe o uso de embalagens de alimentos que simulem as embalagens de cigarros ou que
utilizem nomes de marcas pertencentes a produtos derivados do tabaco.

Lei n.º 10.702 (14 de julho de 2003)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo a venda de produtos derivados do tabaco a menores de 18 anos.

IV) TRATAMENTO E APOIO AO FUMANTE

Portaria do Ministério da Saúde n.º 1.035 (31 de maio de 2004)

Amplia o acesso à abordagem e tratamento do tabagismo para a rede de atenção básica e de média complexidade do Sistema Único de Saúde.

Portaria da Secretaria de Atenção à Saúde/MS n.º 442 (13 de agosto de 2004)

Aprova o Plano para Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo no SUS e o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Dependência à Nicotina.

V) PUBLICIDADE E PATROCÍNIO DOS PRODUTOS DERIVADOS DO TABACO

Constituição da República Federativa do Brasil (05 de outubro de 1988)

Determina que a publicidade de tabaco estará sujeita à restrições legais e conterá advertência
sobre os malefícios do tabagismo.

Lei n.º 8.078 (11 de setembro de 1990) – Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

Proíbe a publicidade enganosa e abusiva.

Portaria Interministerial n.º 477 (24 de março de 1995)

Recomenda às emissoras de televisão que evitem a transmissão de imagens em que apareçam personalidades conhecidas do público fumando.

Recomenda aos órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde a recusa do patrocínio, colaboração, apoio ou promoção de campanhas de saúde pública pelas indústrias de tabaco.

Lei n.º 10.167 (27 de dezembro de 2000)

Altera a Lei n.º 9.294/96, restringindo a publicidade de produtos derivados do tabaco à afixação de pôsteres, painéis e cartazes na parte interna dos locais de venda, proibindo-a, conseqüentemente, em revistas, jornais, televisão, rádio e outdoors.
Proíbe a propaganda por meio eletrônico, inclusive Internet, a propaganda indireta contratada, também denominada merchandising e a propaganda em estádios, pistas, palcos ou locais similares.

Proíbe o patrocínio de eventos esportivos nacionais e culturais.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 15 (17 de janeiro de 2003)

Define os conceitos de “propaganda de produtos derivados do tabaco” e “parte interna do local de venda”.

Lei n.º 10.702 (14 de julho de 2003)

Altera a Lei n.º 9.294/96, proibindo o patrocínio de eventos esportivos internacionais por marcas de cigarros a partir de 30 de setembro de 2005.

Determina a veiculação de advertências sobre os malefícios do tabagismo na abertura, no
encerramento e durante a transmissão de eventos esportivos internacionais, em intervalos de quinze minutos.

Faculta ao Ministério da Saúde a colocação de propagandas fixas, com advertências sobre os
malefícios do tabagismo, no local da realização do evento.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 199 (24 de julho de 2003)

Regulamenta a Lei nº 10.702/03 sobre as frases de advertência do Ministério da Saúde exibidas durante a transmissão no país de eventos esportivos e culturais internacionais.

Resolução da Diretoria Colegiada - Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 54 (06 de agosto de 2008)

Altera a RDC nº 335, de 21 de novembro de 2003, que dispõe sobre as embalagens de produtos fumígenos derivados do tabaco.

VI) AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

Lei n.º 7.488 (11 de junho de 1986)

Cria o Dia Nacional de Combate ao Fumo e determina a realização de comemorações no dia 29 de agosto em todo o território nacional.

Portaria Interministerial n.º 3.257 (22 de setembro de 1988)

Confere certificados de honra ao mérito às empresas que se destacarem em campanhas para o controle do tabagismo.

Medida Provisória n.º 2.190-34 (23 de agosto de 2001)

Altera a Lei n.º 9.294/96, determinando que o material de propaganda e as embalagens de
produtos fumígenos derivados do tabaco, exceto as destinadas à exportação, contenham advertências acompanhadas de imagens que ilustrem o seu sentido.

Portaria Interministerial n.º 1.498 (22 de agosto de 2002)

Confere certificados de honra ao mérito às instituições de saúde e de ensino que se destacarem em campanhas para o controle do tabagismo.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 335 (21 de novembro de 2003)

Revoga as Resoluções da ANVISA n.º 104/01 e 14/03.

Dispõe sobre a inserção de novas advertências, acompanhadas de imagens, nas embalagens e no material de propaganda dos produtos fumígenos derivados do tabaco.

Determina a impressão da seguinte frase nas embalagens dos produtos derivados do tabaco:
“Venda proibida a menores de 18 anos - Lei 8.069/1990 e Lei 10.702/2003”, proibindo o uso de frases como “Somente para adultos” e “Produto para maiores de 18 anos”.
Altera a Resolução da ANVISA n.º 46/01, determinando a impressão da seguinte informação nas embalagens de cigarros: "Este produto contem mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias".

Portaria Interministerial n.º 1.034 (31 de maio de 2004)

Institui grupo de trabalho, no âmbito da Secretaria de Educação a Distância, com a finalidade
de promover a inserção do tema “controle do tabagismo” no recurso didático do ensino à distância, promovido pelo Programa TV Escola.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 10 (15 de fevereiro de 2007)

Substitui a logo e o telefone do serviço Disque Pare de Fumar, impressos na propaganda e nas embalagens dos produtos derivados do tabaco, pela logo e telefone do serviço Disque Saúde (0800-61-1997).

VII) CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DOS PRODUTOS DERIVADOS DO TABACO

Decreto n.º 2.876 (14 de dezembro de 1998)

Determina que os cigarros, quando exportados para a América do Sul e América Central, inclusive Caribe, ficam sujeitos à incidência do imposto de exportação à alíquota de 150%. Posteriormente, houve ampliação de tal alíquota também para matérias-primas utilizadas na fabricação de cigarros.

Lei n.º 9.782 (26 de janeiro de 1999)

Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), responsável pela regulamentação,
controle e fiscalização dos cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco.

Lei n.º 10.167 (27 de dezembro de 2000)

Altera a Lei n.º 9.294/96, definindo o valor da multa a ser aplicada em caso de descumprimento e os órgãos competentes para exercer a fiscalização do cumprimento da Lei.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n.º 46 (28 de março de 2001)

Estabelece os teores máximos permitidos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono presentes na corrente primária da fumaça dos cigarros comercializados no País, para no máximo 10 mg/cig, 1 mg/cig e 10 mg/cig.

Proíbe a utilização, em embalagens ou material publicitário, de descritores, tais como, classes, ultra baixos teores, baixos teores, suave, light, soft, leve, teores moderados, altos teores, e outros que possam induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos cigarros.

Decreto nº 4.544 (26 de dezembro de 2002).

Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

Lei n.º 10.637 (30 de dezembro de 2002)

Majora o valor das penalidades com relação aos selos que estiverem em desconformidade com as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal.

Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal n.º 396 (06 de fevereiro de 2004)

Aprova o Programa Gerador da Declaração Especial de Informações Fiscais relativas à
tributação dos cigarros (DIF – Cigarros). Esse Programa permite à Receita Federal um maior controle das empresas instaladas e aquelas em fase de instalação no país, no que se refere ao registro, à distribuição, exportação e importação de cigarros, bem como à arrecadação tributária.

Lei n.º 11.488 (15 de junho de 2007)

Obriga os fabricantes de cigarros a instalarem equipamentos contadores de produção e
que permitem o controle e rastreamento dos produtos em todo o território nacional, possibilitando a identificação legítima da origem do produto e reprimindo a produção e importação ilegais, bem como a comercialização de contrafações.

Resolução RDC da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 90 (27 de dezembro de 2007)

Revoga a Resolução da ANVISA n.º 346/03.
Dispõe sobre o registro de dados cadastrais dos produtos fumígenos derivados do tabaco.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 46 (28 de agosto de 2009)

Proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos
para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico.

VIII) CONVENÇÃO-QUADRO PARA O CONTROLE DO TABACO

Decreto (1º de agosto de 2003)

Cria a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do
Tabaco e de seus Protocolos.

A Comissão Nacional é composta pelos Ministérios da Saúde; das Relações Exteriores; da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Fazenda; da Justiça; do Trabalho e Emprego; da Educação; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; do Desenvolvimento Agrário; das Comunicações; do Meio Ambiente; da Casa Civil; da Ciência e Tecnologia; Planejamento e Orçamento; da Secretaria Nacional Antidrogas; e da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.

Decreto n.º 1.012 (28 de outubro de 2005)

Aprova o texto da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco, assinada pelo Brasil,
em 16 de junho de 2003.

Decreto nº 5.658 (02 de janeiro de 2006)

Promulga a Convenção-Quadro sobre Controle do Tabaco, adotada pelos países membros da
Organização Mundial de Saúde em 21 de maio de 2003 e assinada pelo Brasil em 16 de junho de 2003.

Portaria do Ministério da Saúde n.º 1.680 (12 de julho de 2007)

Institui comissão para promover a internalização da Convenção-Quadro para o Controle do
Tabaco no âmbito do Sistema Único de Saúde (CIMICQ).

IX) TAXAÇÃO SOBRE OS PRODUTOS DE TABACO

Decreto n.º 6.006 (28 de dezembro de 2006)

Estabelece as alíquotas de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os cigarros.

Decreto n.º 6.072 (03 de abril de 2007)

Eleva a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros.

Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal n.º 753 (10 de julho de 2007)

Regulamenta o Decreto n.º 6.072/07, elevando os valores do IPI incidentes sobre os cigarros.

Decreto nº 6.809 (30 de março de 2009).

Altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de dezembro de 2006.

Lei n.º 12.024 (27 de agosto de 2009)

Altera o percentual e o coeficiente multiplicadores da base de cálculo da contribuição mensal
devida pelos fabricantes de cigarros para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

X) FINANCIAMENTO ÀS AÇÕES DE CONTROLE DO TABAGISMO NO SUS

Portaria do Ministério da Saúde n.º 2.608 (28 de dezembro de 2005)

Define recursos financeiros do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, para incentivar
estruturação de ações de Vigilância e Prevenção de Controle de Doenças e Agravos Não-
Transmissíveis, dentre as quais o fomento a ambientes livres do tabaco, por parte das Secretarias Estaduais e Secretarias Municipais de Saúde das capitais.

XI) POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

Portaria do Ministério da Saúde n.º 2.439 (08 de dezembro de 2005)

Institui a Política Nacional de Atenção Oncológica.

Portaria do Ministério da Saúde n.º 399 (22 de fevereiro de 2006)

Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.

Portaria do Ministério da Saúde n.º 687 (30 de março de 2006)

Aprova a Política de Promoção da Saúde.

A cópia na íntegra do texto legal pode ser solicitada para:
Setor de Legislação
Divisão de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer/Conprev/INCA
Rua dos Inválidos, 212 – 2º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP.: 20231-020
E-mail: prevprim@inca.gov.br

Fonte: Pernambuco.com/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mulher leva maconha em tubo de pasta de dentes em Belém do Pará

BELÉM - Uma mulher, grávida de cinco meses, foi presa dentro da seccional de Polícia de São Brás, em Belém, após ser flagrada pelos agentes penitenciários com maconha.

Segundo o delegado Ivanildo dos Santos, a jovem de 23 anos estava com a droga armazenada dentro de um tubo de pastas de dentes.

- Ela ia entregar a droga para o marido que está preso aqui na seccional, mas durante a revista os policiais encontraram o material.

Ainda de acordo com o delegado, a mulher foi autuada em flagrante por tráfico de drogas, o mesmo crime que fez o marido ser preso.

Fonte: ANTIDROGA

PF incinera 740 quilos de droga em Ribeirão Preto, SP

SÃO PAULO - A Polícia Federal incinera em Ribeirão Preto, no norte paulista, nesta sexta-feira, 740 quilos de drogas que foram apreendidos em 2009 . O local onde o entorpecente será queimado não foi divulgado, sabe-se apenas que será na caldeira de uma usina de cana-de-açúcar. De acordo com a Polícia Federal, serão incinerados 580 quilos de cocaína e 160 quilos de maconha. Ribeirão Preto é a terceira cidade do Brasil em apreensão de cocaína, de acordo com a PF. Nos primeiros nove meses de 2010, foram apreendidos 952 quilos da droga na região.

Fonte: O Globo/Cidades

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Indústria farmacêutica tem controle total sobre pesquisas"

Interesses de laboratórios comandam quase tudo na saúde, afirma Carl Elliot, professor de bioética na Universidade de Minnesota e autor de livro sobre o lado negro da medicina
Caleb Parker


Em 1989, Len iniciou residência médica em psiquiatria, após terminar a faculdade em Harvard. Trazia no currículo excelentes notas. Mas Len era uma farsa. Nunca esteve em Harvard. Era funcionário de um laboratório. A história, real, parece conto infantil perto de outras que surgem nas 224 páginas de "White Coat, Black Hat -Adventures on the Dark Side of Medicine" (jaleco branco, chapéu preto: aventuras no lado negro da medicina), do médico Carl Elliot, professor de bioética e filosofia na Universidade de Minnesota. Uso de "cobaias humanas" em estudos científicos obscuros, médicos sendo "porta-vozes" da indústria farmacêutica em troca de altas somas, doutores influentes que assinam artigos de escritores-fantasmas. A lista de falcatruas parece não ter fim. Elliot, 49, um dos principais nomes da bioética nos EUA, não promete imparcialidade na sua obra. "Meu interesse é no que tem de errado. Construímos um sistema médico em que o ato de enganar não é apen as tolerado, mas recompensado", afirmou à Folha o autor de outros seis livros na área. Nos últimos cinco anos, uma série de obras vem revelando que a indústria farmacêutica escapou a todo controle. Tem influência quase ilimitada sobre a educação, a pesquisa e os médicos. Pergunto a Elliot se os laboratórios não têm nada de bom, se são tão sombrios assim como ele pinta no livro. Ele não titubeia: "Sombrios? Deixei de fora os trechos mais desmoralizantes." A seguir, trechos da entrevista dada à Folha, por e-mail.

Folha - A imagem heroica da indústria, associada a drogas como a penicilina e insulina, parece ter ruído após tanto escândalos e poucas descobertas. A glória acabou?
Carl Elliot
- A penicilina não foi desenvolvida por uma indústria. Alexander Fleming a desenvolveu no St. Mary's Hospital, em Londres. E o trabalho crucial para a insulina foi feito na Universidade de Toronto. O problema hoje é que temos um sistema de desenvolvimento de drogas orientado para o mercado e não para as coisas que as pessoas doentes precisam.
Você relata várias monstruosidades cometidas em ensaios clínicos. Isso ainda ocorre com frequência?
A maioria dos medicamentos ainda é testada em pessoas pobres, especialmente nos estágios iniciais. Muitas pessoas não iriam se voluntariar para tomar remédios não testados, durante três semanas, sem receber pagamento. Esses voluntários são pessoas que precisam desesperadamente de dinheiro.
Qual o futuro do relacionamento entre a indústria farmacêutica e os médicos?
A solução que vem sendo instituída aqui, nos EUA, é a transparência. Médicos podem aceitar todo dinheiro que quiserem, desde que não escondam isso. Mas meu palpite é que isso vai normalizar a prática. Não parece haver vergonha em tirar dinheiro do setor. Na verdade, ser escolhido para ser "líder" entre os médicos, pago pelo setor, é visto como uma honra.
Então, transparência também não resolve?
Transparência importa, mas não é a solução. Propina é propina, mesmo se é recebida a céu aberto. A solução é eliminar os pagamentos, tal como fizemos com os juízes, jornalistas e policiais.
Médicos dizem ser impossível fazer estudos ou congressos sem a indústria. Verdade?
Não é verdade. Eventos médico s podem ser feitos sem dinheiro da indústria. Ensaios clínicos já são mais complicados. O problema é que a indústria tem controle total sobre as pesquisas. Ela enterra os resultados negativos a fim de tornar as drogas melhores do que são. Isso não é ciência, é marketing.
É possível que médicos aceitem brindes da indústria e continuem independentes?
Médicos nunca pensam que são influenciados por dinheiro ou presentes. Mas temos 20 anos de dados mostrando que eles são, sim.
A única solução seria cortar todas as relações entre médicos e laboratórios?
Há colaborações aceitáveis. Mas se um médico é pago só para ler um conjunto de informações da indústria ou permitir que seu nome seja adicionado a um artigo escrito por fantasmas, esse tipo de pagamento tem que ser eliminado. Conversei com um representante de laboratório que construiu uma piscina para um médico só para levá-lo a prescrever mais receitas. Como alguém justifica isso?

Fonte: UNIAD/FOLHA DE SÃO PAULO

domingo, 24 de outubro de 2010

Passo da Semana (24 a 30/10): 4º- ARREPENDER-SE

Senhor, ARREPENDIDO de tudo que fiz, quero voltar para a tua graça, para a casa do Pai. Acolhe-me!

sábado, 23 de outubro de 2010

III EVANGELIZAR FORTALEZA - Hoje

Programação do Terceiro Evangelizar Fortaleza com uma gravação do DVD "Pe. Reginaldo Manzotti ao vivo". Programe-se e participe.

  • 13h00 - Abertura do Evento com o padre Alceni Nuvens Linard, Diretor da Rádio FM Dom Bosco;
  • 13h30 - Show com o cantor Isaías Luciano;
  • 13h50 - Show com uma Dupla Ítalo e Reno;
  • 14h20 - OS Espaço Patrocinadores Pará;
  • 14h30 - Mostrar Ir COM. Patrícia Kelly;
  • 15h00 - Terço da Misericórdia com Fátima Leite;
  • 15h30 - OS Espaço Patrocinadores Pará;
  • 15h40 - Show com Padre João Carlos;
  • 16h20 - OS Espaço Patrocinadores Pará;
  • 16h30 - Animação com Ministério Evangelizar;
  • 17h00 - Início da gravação do DVD;
  • 19h30 - Previsão de Início da Santa Missa;
Fonte: Reginaldo Manzotti - Site

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Encontro de divulgação da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Tianguá

 

Aconteceu nos dias 15 e 16 de Outubro, na Diocese de Tianguá, na cidade de São Benedito, na Casa das Irmãs Religiosas de Maria Imaculada, um encontro da qual foi apresentada a Pedagogia e a Espiritualidade da Pastoral da Sobriedade...,. Coordenado por Rogério e Daniele (Coordenador de Formação do Regional NE I e a Secretária da Diocese de Fortaleza).

Fotos do Evento:









A Coordenação agradece o empenho da Irmã Vanessa e dos Padres Erlando e Clodoaldo em ter levado até a sua cidade o "Projeto de Vida Nova" da Pastoral da Sobriedade, através da Équipe de Formação que ali esteve...

A Coordenação espera que o evento frutifique e que naquela Diocese nasçam frutos deste encontro...

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, Graças a Deus"...

Encontro de divulgação da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Tianguá


Aconteceu nos dias 15 e 16 de Outubro, na Diocese de Tianguá, na cidade de São Benedito, na Casa das Irmãs Religiosas de Maria Imaculada, um encontro da qual foi apresentada a Pedagogia e a Espiritualidade da Pastoral da Sobriedade...,. Coordenado por Rogério e Daniele (Coordenador de Formação do Regional NE I e a Secretária da Diocese de Fortaleza).

Fotos do Evento:









A Coordenação agradece o empenho da Irmã Vanessa e dos Padres Erlando e Clodoaldo em ter levado até a sua cidade o "Projeto de Vida Nova" da Pastoral da Sobriedade, através da Équipe de Formação que ali esteve...

A Coordenação espera que o evento frutifique e que naquela Diocese nasçam frutos deste encontro...

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, Graças a Deus"...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Após simpósio em Bento Gonçalves, gestor do PEPD constata que PB está à frente de grandes centros brasileiros

A Paraíba revela-se como um dos Estados pioneiros em diversas políticas sobre drogas, principalmente quando o assunto é tratamento de dependência química.

Essa foi a constatação do gestor do Programa Estadual de Políticas sobre Drogas (PEPD/PB), Deusimar Guedes, após participar do III Simpósio Nacional sobre Dependência Química de Bento Gonçalves (RS), realizado de 14 a 16 de outubro, evento que reuniu gestores e especialistas de todo o Brasil.

De acordo com o gestor do PEPD/PB, participar do Simpósio foi uma oportunidade ímpar para conhecer as atividades dos outros Estados e vivenciar uma importante troca de experiências. “Temos muito trabalho a fazer, mas estamos no caminho certo. Ficamos satisfeitos ao perceber que, apesar do PEPD/PB ser bastante recente, pois foi criado há menos de seis meses, já estamos à frente até de grandes centros nas regiões Sul e Sudeste”, ressalta Deusimar Guedes.

Um dos temas que marcaram o evento foi o incentivo à implantação do Centro de Atenção Psicossocial destinado a atender dependentes de álcool e outras drogas (CAPS AD III), com atendimento 24 horas, equipamento recentemente implantado na Paraíba, um dos primeiros no país.

O simpósio teve como temática ´Estratégias de abordagem com usuários de drogas. Como partilhar o conhecimento?´ e foi promovido pela Associação para Incentivo à Pesquisa em Alcool e Drogas (FIPAD), com apoio da Associação Brasileira de Estudos de Alcool e outras Drogas (ABEAD); da Prefeitura de Bento Gonçalves e do Conselho Municipal Antidrogas (COMAD), da cidade que sediou o evento.

Algumas ações do PEPD/PB – Além do CAPS III, já foram implantados na Paraíba outros Centros de Recuperação para Dependentes Químicos, a exemplo do Espaço Inocêncio Poggi, com atendimento eficiente e humanizado, assim como o primeiro centro de reabilitação para mulheres, em parceria com a Fazendo do Sol, em Campina Grande. O Governo do Estado já desapropriou um imóvel rural, com 392,2 hectares, no município de Condado, a cerca de 40 quilômetros de Patos, para instalação de uma nova unidade da Fazenda Esperança, em parceria com a Diocese, visando atender parte do Sertão paraibano. Outros centros já estão em fase de implantação.

O Programa Estadual de Políticas sobre Drogas está interiorizando suas ações e realizando treinamentos e conferências junto a educadores, lideranças comunitárias, políticas e religiosas, em vários em vários municípios paraibanos.

Em parceria com a Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer e com o Conselho Regional de Educação Física, o PEPD/PB também está implantando programas voltados para a prática do esporte como alternativa às drogas e forma de inclusão social.

Fonte: Folha do Sertão/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Polícia descobre esquema de tráfico internacional de drogas e recolhe quase 2 toneladas de cocaína

A operação Nuvem Branca da PF (Polícia Federal) descobriu um esquema de tráfico internacional de drogas nesta semana. Imagens exclusivas obtidas pelo Domingo Espetacular, da Record, mostram a ação de busca e apreensão na casa de dois suspeitos, sendo que um deles é policial civil há 21 anos. A operação, em parceria com a polícia portuguesa, apreendeu quase 2 toneladas de cocaína no início deste mês, em Portugal. 

Um dos suspeitos é dono de uma mansão em Mairiporã, na Grande São Paulo. O outro, que é policial, atuou no Denarc(Departamento Estadual sobre Narcóticos). Segundo as investigações, a quadrilha planejava embarcar além do que foi apreendido,  mais nove contêiners com droga.
Os dois suspeitos investigados no Brasil foram presos em Portugal.
O advogado do policial, Daniel Bialski, diz que seu cliente não faz parte do esquema de tráfico de drogas.

- Todas as pessoas foram unânimes em dizer que não conhecem o policial, nunca o viram, nunca falaram com ele ao telefone, demonstrando que efetivamente ele não tem qualquer tipo de participação com aqueles fatos que estão sendo investigados.

Segundo a polícia, o patrimônio do policial não é compatível com os rendimentos de sua profissão. O delegado Guilherme Almeida explica que a quantidade de cheques encontrados dentro de cofres, dinheiro, dólares, joias e relógios na casa do policial comprovam que ele faz parte da quadrilha.

A droga apreendida, de origem colombiana, saiu de Pernambuco, no Brasil, e chegou ao porto de Lixões, em Portugal. Ela estava dentro de contêiners, disfarçadas em blocos de gesso. Já em Portugal, os traficantes levaram a cocaína para um depósito na cidade de Montijo, a 30 km de Lisboa, onde foi recebida pelo policial civil.

A investigação começou há seis meses. Nesse tempo, a quadrilha levou nove contêiners de gesso do Brasil para Portugal. O material entrava legalmente no país, com documentação correta. A droga apreendida em Portugal foi avaliada em R$ 50 milhões.

Fonte: R7

terça-feira, 19 de outubro de 2010

“Depois que começa, não tem mais fim”

Daniel conseguiu se abster do crack por três meses, quando frequentou uma igreja. Teve recaída e não largou mais o vício.

O jovem procurou atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), pois acredita que sozinho falhará na luta contra o vício. Ele aguarda vaga em uma clínica de reabilitação. Quer ser internado.

– Não aconselho ninguém a entrar nessa
. Depois que começa, não tem mais fim – diz o rapaz.

A coordenadora do Caps de Gaspar, Rosa Maria Pereira, explica que aproximadamente 60 pessoas procuram o lugar por mês em busca de tratamento. Alguns buscam o isolamento como alternativa para fugir das ameaças de morte. Os dependentes químicos passam todos por uma avaliação e, se necessário, são encaminhados para uma das clínicas conveniadas. Há uma lista de espera para internações.

– A maioria dos usuários que nos procura tem problemas com o crack. É assustadora a velocidade com que a droga acaba com a vida da pessoa – diz.

Somente 20% dos viciados conseguem livrar-se da droga.

Segundo Rosa, só 20% dos viciados conseguem livrar-se da droga.

A psicóloga do Centro de Recuperação Nova Esperança (Cerene), de Blumenau, Sirlene Andrade Zermiani, explica que o tratamento só é eficaz se o viciado estiver disposto. O primeiro passo é reconhecer o problema.
– É possível sair das drogas. Nem sempre acontece na primeira internação, é uma mudança e isso exige esforço – reforça.
A psicóloga diz que o tratamento é o começo da recuperação, mas não o fim do problema. Sem o apoio da família, é maior a probabilidade de recaída.

Fonte: Jornal de Santa Catarina/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A heroína corrói a Rússia

Mais mortífera que o terrorismo, mais destrutiva que o álcool, a heroína é o flagelo número um na Rússia, país de população instável, único Estado industrial onde a expectativa de vida caiu consideravelmente nesses últimos 30 anos (60 anos para os homens). Segundo o general Viktor Ivanov, chefe do serviço de combate às drogas, todo ano 30 mil pessoas morrem vítimas do consumo de heroína, ou seja, bem mais que o saldo de mortos (13.500) da guerra afegã-soviética (1979-1989).


Usuário de droga injetável, mulher injeta heroína; droga é considerada flagelo número um na Rússia.


Embora a produção mundial de ópio tenha caído (8.890 toneladas em 2007, 7.754 toneladas em 2009), a Rússia absorve 21% da heroína produzida no Afeganistão, ou seja, 70 toneladas por ano. Vladimir Putin nomeou um de seus mais fiéis aliados – Viktor Ivanov, ex-oficial da KGB, como ele – para chefiar o combate ao narcotráfico, em vão. Os serviços competentes apreendem somente 4% das cargas transportadas para a Rússia. Impotentes, os serviços de Ivanov se limitam a constatar que 2 milhões de jovens, com idade entre 18 e 39 anos, são consumidores regulares.

Essa “geração perdida”, principal vítima da contaminação pelo vírus da Aids, pode ser vista nas grandes cidades industriais dos Montes Urais, no coração do tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo com a Ásia Central. A droga passa pela Rússia através da fronteira com o Cazaquistão, com 7.000 quilômetros de extensão, e difícil de ser controlada.

Na Ásia Central, a antiga rota da seda funciona sem parar. Os países pobres e minados pela instabilidade e pela corrupção, tais como o Tadjiquistão e o Quirguistão, são pontos de passagem obrigatórios. Osh, a grande cidade do sul do país, palco de violentos massacres anti-uzbeques em junho, está no centro do tráfico.

Um uzbeque originário de Batken (ao sul de Osh), preferindo manter-se anônimo, conta: “Desde o fim dos anos 1990, toda minha família vive do tráfico, uma verdadeira dinastia. Meus tios, meus irmãos, meus primos ganharam uma fortuna com o dinheiro da droga”. Em um país onde o salário médio não passa de 70 euros (R$ 163), o dinheiro da droga é uma tentação fácil. Comprado a US$ 1.500 no Afeganistão, o quilo da heroína atinge US$ 6 mil quando chega à fronteira do Cazaquistão, e US$ 50 mil em Moscou.

O Quirguistão, que em vinte anos foi palco de dois massacres étnicos (Uzgen em 1990, Osh e Jalal-Abad em 2010) e de duas revoluções (deposição do presidente Askar Akayev em 2005 e de Kurmanbek Bakiyev em abril de 2010), minado pela economia pálida e dependente de ajuda internacional, é um elo importante na rota da heroína. As cargas viajam da fronteira tadjique, ao sul, até Osh. De lá, duas vias são possíveis: para o Uzbequistão a oeste ou para o Cazaquistão ao norte. Para terminar na Rússia.

A divisão das tarefas se faz de acordo com as realidades étnicas do sul quirguiz: “Os uzbeques transportam, os quirguizes dirigem”, explica nosso interlocutor. Como em todo o espaço pós-soviético, as estruturas de segurança e os governadores de região estão envolvidos: “É impossível passar qualquer coisa sem o aval das autoridades locais, que recebem até 70% das transações”. Não é de se surpreender que o sul do país tenha visto a ascensão, nesses últimos anos, de barões locais prontos a desafiar o governo central.

Durante o mandato do presidente Bakiyev (2005-2010), originário do sul, o dinheiro da droga correu abundante. Em 2008, o presidente mandou fechar, sem maiores explicações, o serviço de combate ao narcotráfico do ministério do Interior. Em 2009, aboliu a Agência de Controle de Narcóticos. Ao mesmo tempo, criou um fundo de investimentos e de inovações, pouco preocupado em relação à natureza dos fundos investidos, colocando em sua direção seu filho Maxime. O presidente Bakiyev hoje vive exilado em Minsk, mas seus partidários ainda são muito poderosos. Dizem que seu irmão Janych, que dirigia os serviços de segurança, hoje passa a maior parte de seu tempo entre o sul quirguiz e o Tadjiquistão. Prova de que os pró-Bakiyev são fortes, seu partido Ata-Jourt venceu as legislativas do dia 10 de outubro. Esses “sulistas” agora são a principal força do novo Parlamento, ponta de lança do projeto de república parlamentar lançado pela nova presidente Roza Otunbayeva.

Talvez o parlamentarismo acalme a situação no cenário político quirguiz, mas não terá efeitos sobre o tráfico. “O maior problema é a corrupção”, acredita o analista russo Alexandre Zelitchenko, citado pelo jornal “Komsomolskaia Pravda” do dia 8 de outubro. Mesmo se o Tadjiquistão, o Quirguistão e o Cazaquistão começassem a controlar melhor suas fronteiras, a corrupção dos altos funcionários e dos policiais parece invencível na Ásia Central e na Rússia.

No dia 1º de julho de 2009, dois oficiais do “Narkokontrol” russo foram encontrados mortos por overdose nos recintos do centro de combate às drogas da região oeste de Moscou. A investigação se apressou em concluir uma “intoxicação alimentar”. Seria porque uma das vítimas, Konstantin Khrustalyov, era genro do general Korzhakov, veterano da KGB e ex-guarda costas de Boris Yeltsin? Não se contam mais os casos de cumplicidade entre traficantes e os serviços de segurança. O estranho nome dado ao serviço de combate ao narcotráfico talvez tenha algo a ver com isso: “Serviço Federal para Controle do Fluxo de Drogas”. Como se o problema não fosse impedir o tráfico, e sim controlá-lo!”

Le Monde, Marie Jégo
Tradução: Lana Lim

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sábado, 16 de outubro de 2010

Judiciário na Escola vai discutir bullying e alcoolismo na PB

Magistrados paraibanos, que atuam nas Varas da Infância e da Juventude, vão visitar, de 18 a 22 de outubro, as escolas públicas de suas comarcas para tratar de temas como bullying e alcoolismo.
“O Judiciário vai à Escola” é uma iniciativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinju) do Tribunal de Justiça da Paraíba e faz parte do programa “Semana do Juiz na Escola”, articulado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dentre os diversos temas sugeridos pelo Conselho, como violência escolar em todos os seus aspectos, combate às drogas, evasão escolar, a Coinju vai priorizar bullying (violência física ou psicológica, intencional e repetida, contra pessoas incapazes de se defender) e alcoolismo, por serem situações presentes e recorrentes nas escolas do estado. Será disponibilizado aos juízes todo material necessário para a execução das palestras: folders, cartazes e CD´s com slides.
A juíza auxiliar da Coinju, Graziela Queiroga Gadelha de Sousa, disse que “ações desse tipo, incentivadas pelo CNJ, buscam estimular na magistratura nacional o olhar social que o juiz deve ter com os seus jurisdicionados”.

Ela acrescentou que a iniciativa aproxima a Justiça da comunidade, pois os juízes vão falar diretamente, numa linguagem acessível ao público criança e adolescente que vem sofrendo sérios ataques da sociedade no sentido de se desvirtuarem de suas formações e valores naturais. “Vamos falar, por exemplo, quais são as estratégias de combate ao bullying, as suas causas, as manifestações e consequências”.Sobre o alcoolismo, Graziela Queiroga disse que serão abordados os seguintes assuntos: o que é o alcoolismo; a violência causada pelo uso abusivo do álcool; pesquisas com dados de acidentes, número de vitimas e mortes; como se sente o usuário de drogas, entre outros.

As palestras mostrarão, ainda, estatísticas quanto ao seu uso, mostrando que 48,3 % das pessoas entre 12 e 17 anos já usaram álcool na vida e que 11,% da população brasileira é dependente. Além de alertar para o consumo de álcool que cresceu 154%, entre 1961 e 2000, ficando o Brasil no 25° país do mundo que mais consome.


Fonte: Conselho Nacional de Justiça/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Operação Lei Seca vai punir uso de drogas

Bafômetros serão substituídos por equipamento que, pela saliva, detectará em 5 minutos se o motorista está sob efeito de cocaína, maconha ou ecstasy

A partir do ano que vem, a Operação Lei Seca vai além do combate à combinação álcool-direção. Nos primeiros meses de 2011, uma espécie de ‘bafômetro antidrogas’ também vai detectar — e levar à punição — motorista sob efeito de substâncias como maconha, cocaína, ecstasy e excesso de calmante.


Desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um carro-laboratório acompanhará cada uma das sete equipes nas ações. Veículo-piloto já foi testado na Ponte Rio-Niterói.

Fonte: UNIAD

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reunião Aberta Internacional do Comuda

A Justiça Terapêutica ainda é uma forma pouca usada no Brasil para atender os casos de usuários comprometidos com a Lei.

Venha conhecer esta perspectiva, realizada aqui no Brasil e nos Estados Unidos da América do Norte. Por meio de uma parceria com o Consulado Geral Americano dos EUA no Brasil, estamos trazendo o Palestrante Mr. David Kahn - Promotor no Condado de Miami-Dade, na Divisão de Narcóticos (2005/2010); Atualmente, trabalha no Conselho de Serviço de Apoio aos Dependentes Químicos do Condado de Miami Dade, em ações relacionadas à Justiça Terapêutica.

Evento: Reunião Aberta Internacional do Comuda
Data: 14/10/2010 Horário: 09:00h
Local: R Libero Badaró, 119 - Centro São Paulo - Auditório
Inscrições e informações nos telefones: 11-3113-9644/46 ou por E-mail:comuda@prefeitura.sp.gov.br
As vagas são limitadas!

José Florentino
Presidente do COMUDA
Dr. Luiz Alberto Chaves de Oliveira
Coordenadora de Atenção às Drogas - CDR

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pinga de R$ 1 vira caso de saúde pública


Vendida por R$ 1 em mercadinhos e botecos do centro, uma pinga conhecida como "barrigudinha" tem agravado a situação de moradores de rua e usuários de crack de São Paulo. Embalada em garrafa plástica redonda de 490 ml, ela é destilada de forma clandestina e tem efeito devastador, segundo médicos, assistentes sociais e consumidores.

A "barrigudinha" pode resultar em coma alcoólico, amnésia e intoxicação mesmo em pequenas doses, além de devastar a pele do rosto e dos braços com manchas e causar muitas vezes hemorragia intestinal. Tornou-se comum a procura de auxílio médico após a ingestão da bebida, que não passa pela curtição em tonel adotada na produção de cachaças, pingas e uísques.

No caso da "barrigudinha", o álcool e o melaço da cana são misturados e embalados muitas vezes no mesmo dia, o que torna a bebida mais agressiva. Sem ver o rótulo, é impossível diferenciar o cheiro da pinga e de um vidro de álcool de cozinha. "Eu bebo de tudo, mas essa barrigudinha é o capeta. "Quando não mata, te deixa aleijado", afirma o catador Euvaldo Ribeiro, de 32 anos.

Ele deixa de lado o tom de brincadeira ao relatar sua mais recente experiência com a pinga. No mês passado, ele cortou a testa após "matar três goles seguidos" da "barrigudinha", pouco antes de entrar no albergue para dormir, no fim da tarde. "Apaguei e quando acordei já estava com 12 pontos na cabeça. Não dá para beber essa pinga rápido como as outras, você desmaia sem nem perceber", conta.

 Assim como outros moradores de rua que passam o dia catando papelão, Ribeiro optou pela "barrigudinha" para economizar. O litro de outras pingas também consideradas baratas, como a 51, a 3 Fazendas e a Velho Barreiro, não sai por menos de R$ 5. "Uma dose no bar custa R$ 1. É melhor comprar logo uma "barrigudinha".

Alerta. A pinga virou "remédio" para abaixar a paranoia dos usuários de drogas da cracolândia. Nas Ruas Helvétia e Glete, é comum ver os dependentes caídos nas calçadas, com a garrafinha de plástico achatada nas mãos. "É mais um problema que veio agravar as condições dos usuários de drogas. Nas nossas unidades alertamos sobre o potencial de destruição dessa pinga", afirma a médica Rosângela Elias, coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Carlos Salgado: A favor de proibir bebida em local público

O presidente da Abead acredita que toda medida restritiva e de controle para o consumo de álcool, responsável por diversos malefícios à saúde coletiva e social, é válida.

Nesse sentido, o projeto de lei 7776/10, em tramitação na Câmara dos Deputados, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, vem ao encontro das medidas ambientais, em geral, eficazes para diminuir sensivelmente o consumo de álcool.

O hábito de beber em locais públicos é um modelo bastante difundido e incentivado socialmente, principalmente entre os jovens. É também, associado a outros fatores, responsável pelo ingresso de mais indivíduos no consumo de bebidas alcoólicas. Por isso, esta regulação da venda e disponibilidade é uma medida importante e organizadora da vida social. Vale lembrar que o consumo de álcool é de alto risco para desdobramentos em violência, acidentes e desenvolvimento de abuso e dependência não só do álcool, como ainda em outras drogas. Todo este risco é potencialmente elevado quando passamos a considerar o consumo em espaços públicos, lembrando que, em geral, na maioria dos casos este acontece em grupos, sendo ainda mais difícil qualquer controle senão por ações restritivas.

Contudo, para garantir a eficiência da proposta, é necessário que as regras tanto de aplicação, como de punição sejam muito bem especificadas, além da realização de uma ampla campanha de esclarecimento à população, com todas as orientações necessárias sobre as justificativas e implicações da lei. Apesar de alguns considerarem a iniciativa polêmica, entendo que é infundado não apoiar resoluções como estas considerando a desproporção entre os benefícios do beber e seu enorme custo social.

Fonte: Carlos Salgado - Psiquiatra, Presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Homem é preso suspeito de vender drogas em porta de universidade

Um homem de 26 anos suspeito de vender maconha para estudantes de uma universidade foi preso nesta sexta-feira, na Mooca, na Zona Leste de São Paulo. Nove estudantes que consumiam a droga na rua também foram detidos.

O ponto de venda era a porta de um bar. O criminoso era procurado por estudantes de uma universidade próxima, na Rua Paes de Barros, e os cigarros, preparados no local mesmo. Os estudantes usavam a droga durante o dia, sem qualquer constrangimento. A polícia passou um mês vigiando o local e, nesta sexta-feira, fez o flagrante.

O suspeito tinha 50 trouxinhas de maconha e já havia cumprido três anos de pena por porte de drogas. Os estudantes não ficarão presos, mas vão ter que se apresentar à Justiça. O juiz é que vai decidir se aplicará alguma pena. Já o crimonoso vai direto para a prisão. Além do tráfico, há o agravante da venda de drogas perto de escolas.

Para a polícia, este flagrante é só o primeiro passo na investigação. Segundo o delegado Aldo Galiano Junior, as investigações continuam analisando as escutas telefônicas até chegar aos chefes. A pena para o tráfico de drogas vai de 8 a 15 anos de prisão.
Fonte: G1/SP

sábado, 9 de outubro de 2010

Tabagismo

Estudo britânico constata que tabagismo pode diminuir desejo e prejudicar a vida sexual.

Cada vez surgem mais pesquisas apontando os malefícios provocados pelo fumo. A descoberta da vez diz respeito à vida sexual do fumante. A Associação Médica Britânica constatou que o cigarro pode causar disfunção erétil, além de prejudicar o desempenho sexual de homens e mulheres. Enquanto os homens podem desenvolver problemas de ereção, as mulheres fumantes estão mais propensas a terem dificuldade em sentir prazer durante o ato sexual.
Um outro estudo, da “Masscahusetts Male Aging Study” revelou que a pessoa que faz uso do cigarro há mais de 10 anos têm o dobro de chances de sofrer esses problemas do que os não-fumantes. Segundo a pesquisa, tanto a disfunção erétil quanto a falta de lubrificação na vagina podem ocorrer no início da dependência do cigarro.
O cigarro tem componentes vasoconstritores e fumar pode diminuir o fluxo sanguíneo do corpo, inclusive nos genitais. Segundo os médicos, a ereção é um fenômeno cardiovascular e precisa de fluxo de sangue para acontecer. Já a falta de vascularização da vagina dificulta a lubrificação, tornando o órgão ‘seco’.

O estudo da Associação Médica Britânica aponta ainda o perigo do fumo entre as mulheres. O cigarro contribui para o câncer de útero e àquelas que fumam durante a gravidez correm três vezes mais riscos de darem à luz uma criança subdesenvolvida. O contato passivo do bebê com o cigarro pode ocasionar problemas respiratórios na criança pode provocar um impacto profundo na vida reprodutiva.

Fonte: BemStar/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Após ter mandato cassado, ex-prefeito de cidade mineira é flagrado novamente com crack

BELO HORIZONTE - O ex-prefeito de Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, João Carlos da Aparecida, foi preso nesta quarta-feira em um ponto de venda de drogas na cidade de Nova Lima, também na Grande BH. De acordo com a Polícia Militar, João Carlos estava no local comprando 10 pedras de crack. Em outubro de 2009, o ex-prefeito foi preso na capital mineira com três pedras de crack e um cachimbo para fumar a droga.

Em julho deste ano, Aparecida teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal de Raposos. O motivo do impeachment seria a quebra de decoro. Para os vereadores, ele estaria colocando em risco a administração do município, pelo fato de ser usuário de drogas.

Nesta quarta-feira, durante um patrulhamento de rotina, a PM abordou dois homens e apreendeu 10 pedras de crack. Segundo a PM, foi apreendido com Aparecida R$ 100 em dinheiro para comprar a droga. Inicialmente, o João Carlos não havia sido reconhecido, mas um soldado o identificou. A PM informou que a ocorrência será fechada e em seguida os dois suspeitos serão levados para a delegacia de Nova Lima.

Em outubro do ano passado, o ex-prefeito declarou que era apenas usuário. No dia seguinte, a Câmara de Raposos decidiu afastar o prefeito, para que ele fizesse um tratamento. Segundo os vereadores, ele reassumiu o cargo em janeiro de 2010 e em julho foi afastado definitivamente.

Meses antes, em março de 2009, Aparecida havia sido detido perto de uma boca de fumo na Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte. Na época, com um carro oficial da prefeitura, disse à polícia que ia visitar um amigo que mora no local.

Fonte: ANTIDROGA

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Consumo de álcool cresce entre adolescentes de Natal

Atendimentos nas varas judiciais aumentaram 30% em 5 anos. Justiça vai intensificar combate, inclusive no Carnatal.

Uma realidade preocupante é revelada pelo juiz Homero Lechner, titular da 3ª Vara da Infância e Juventude e substituto da 1ª Vara da Infância e Juventude. Segundo ele, o consumo de álcool aumentou 30% nos últimos cinco anos, considerando o público atendido pelas três varas de Infância e Juventude de Natal. O aumento foi registrado principalmente em garotos, entre 12 e 18 anos e de baixo poder aquisitivo, público atendido nas três varas. "Em geral, os adolescentes começam a beber cedo. Em casa, eles observam os pais bebendo e acham que podem beber também", afirma.

De acordo com o juiz Homero Lechner, as varas de Infância e Juventude vão intensificar a prevenção ao consumo de álcool e a fiscalização em festas e nos principais pontos de venda. Como exemplo, ele cita a presença de agentes das varas de Infância e Juventude em festas de grande porte como o Carnatal, que pode contar com um número maior de agentes este ano. O juiz lembra que vender bebida alcoólica para menores de 18 anos é proibido e passível de sanções penais.

Para reverter a situação, ele recomenda que o poder público invista em programas de prevenção, implementação de políticas públicas e aumento na fiscalização nos pontos de venda. Aos pais, orienta que conversem com os filhos, falem sobre os efeitos do álcool - principal porta de entrada para drogas ilícitas e mais pesadas - e não bebam na frente de crianças e adolescentes. "Os números são preocupantes", reconhece.

Fonte: Diário de Natal/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Café, chocolate a açúcar: entenda porque esses alimentos podem viciar

Com influência no sistema nervoso central e no sistema límbico, a teobromina e a cafeína podem causar dependência

"A cafeína é um estimulante e atua deixando a pessoa mais disposta, com melhora no raciocínio e na concentração”, afirma o endocrinologista João César Castro Soares.

Aos seis anos de idade, Angela Maria Lemos, provou a pela primeira vez a substância que um dia a deixaria viciada. Foi com as primas, tomando leite tirado na hora, que ela aprendeu que café era para a vida toda. No começo, ele ia misturado ao leite quente de vaca. Mas depois de anos de aprendizado, a bebida acabou como a dona do desjejum – e do dia. “Tomo café em jejum, só depois eu como alguma coisa”, afirma. E quando arrisca pular a xícara diária, uma dor de cabeça incômoda atormenta as horas que seguem. “Eu fico indisposta e minha cabeça fica estranha, depois começa a latejar de tanta dor.” Assim como Angela, hoje com 55 anos, milhares de pessoas têm algum tipo de vício em alimento, um mal responsável por sintomas prejudiciais à saúde e ao convívio social. E não é apenas a cafeína que tem efeitos similares aos de um vício. Engrossam a lista as guloseimas preferidas de mulheres com TPM (tensão pré-menstrual) e das crianças: chocolate e açúcar.

Mas, se mesmo podendo viciar, esses alimentos continuam a ser vendidos em qualquer esquina, o motivo é bem simples: os cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre eles. O único ponto de acordo é que algumas substâncias podem, sim, causar dependência. Porém, na maioria das vezes, apenas psicológica. “A cafeína, no entanto, tem ação associada ao sistema nervoso central. Ela é um estimulante e atua deixando a pessoa mais disposta, com melhora no raciocínio e na concentração”, afirma João César Castro Soares, endocrinologista e nutrólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O chocolate e o açúcar, por sua vez, atuam diretamente no sistema límbico (responsável pelas emoções), estimulando a produção de serotonina. Apesar desses vícios ainda não terem sido equiparados a outros, como o fumo e ao alcoolismo, a falta deles pode trazer sintomas típicos de abstinência – como a impertinente dor de cabeça de Angela.

Confira abaixo os motivos pelos quais café, chocolate e açúcar podem significar um risco à saúde quando consumidos em demasia.

Café – A cafeína age diretamente no sistema nervoso central. Por ter capacidade de chegar à corrente sanguínea, ela atinge o córtex cerebral exercendo efeitos como redução da fadiga e uma melhora na concentração e na capacidade de pensamento. Entre os sintomas de abstinência da cafeína estão dor de cabeça, tremedeira, tontura, aumento da ansiedade e fraqueza. Há estudos, no entanto, que compravam que até quatro xícaras da bebida por dia são benéficas e podem ter ação antioxidante e vasodilatadora.

Excesso de café: Pode aumentar a frequência cardíaca e causar insônia e palpitações.

Chocolate – A teobromina, uma substância presente neste doce, estimula a produção do neurotransmissor serotonina, que proporciona uma sensação de prazer e bem-estar. “Minha produtividade no trabalho está atrelada ao consumo de chocolate. Se não como, parece que meu cérebro fica sem energia”, conta a advogada Mariana Veiga, 25 anos. De acordo com o endocrinologista Walmir Coutinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, existem estudos que apontam que a região do cérebro ativada com o consumo do chocolate é a mesma afetada em um dependente de cocaína. O alimento é tão eficiente em proporcionar prazer (e viciar), que, contam os registros históricos, já foi relacionado com forças ditas malignas. “No século 16, os jesuítas deixaram escrito que a bebida feita de cacau consumida pelos nativos era uma coisa do demônio. Isso porque eles não conseguiam parar de consumi-la, era algo viciante”, conta o endocrinologista João César Castro Soares.

Excesso de chocolate: Por ser um alimento muito calórico, pode acabar em ganho excessivo de peso e até em obesidade. Há ainda problemas indiretos, como um aumento no risco de desenvolver diabetes e problemas cardíacos.

Açúcar – Festa de aniversário tem bolo. A inclusão de verduras e legumes no prato da criança é recompensada com uma deliciosa sobremesa. Segundo o endocrinologista João César Castro Soares, nossa cultura tem ainda o hábito de gratificar situações de sofrimento e estresse com... um doce. Se o açúcar já era responsável por uma sensação de prazer – associada à produção de serotonina pelo sistema límbico (emocional) -, ele tem ainda um efeito psicológico incutido na educação quando ainda somos crianças. “É quase um antidepressivo, uma cura momentânea para nossas angústias”, diz. De acordo com Soares, os mamíferos em geral, mesmo aqueles que nunca sentiram o gosto doce antes, são estimulados pelo açúcar. “Se você der um pedaço de doce para um cachorro, ele vai ficar agitado e vai querer mais. Isso em função da sensação de prazer que ele sente com esse alimento.”

Excesso de açúcar:  Além de estimular o ganho de peso e a obesidade, aumenta as chances de se desenvolver diabetes e de aparecimento de cáries. Algumas pessoas apresentam problemas gástricos.
Fonte: Veja.com/UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CONVOCAÇÃO GERAL PARA OS AGENTES DA PASTORAL DA SOBRIEDADE - ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA

A Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza convoca à todos os Agentes a Pastoral da Sobriedade para Reunião dia 09/10/2010, às 08:00hs no Centro Pastoral Casa Maria Mãe da Igreja.

Centro Pastoral Casa Maria Mãe da Igreja
Rua Rodrigues Jr, nº 300 - Centro - Fortaleza.

Fones: 3388-8707

8754-2211 - Luíz

8687-9628 - Rogério

Contamos com sua presença...

Fonte: Sobriedade Fortaleza.

Mais um Grupo de Auto Ajuda da Pastoral da Sobriedade - BEBERIBE/CE

Aconteceu do dia 30/09 ao dia 02/10/2010, mais um Curso de Capacitação de Formação de Novos Agentes da Pastoral da Sobriedade na cidade de Beberibe/CE, na Paróquia Jesus, Maria e José, a qual a Coordenação Arquidiocese foi convidada p/ ministrar esse Curso de Formação através do Padre Augusto (Pároco da Cidade).

O Curso foi ministrado por Rogério Melo ( Coordenador de Formação da Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza), com o apoio de Daniele (Secretária da Sobriedade na Arquiocese) e com a presença da Adriana, que fez o curso de formação de Agentes da Pastoral no mês de Agosto em Fortaleza, sendo Agente pioneira na cidade de Beberibe, e incentivadora p/ que ocorresse essa formação em sua cidade...

A formação foi feita não só com pessoas da comunidade, mas também por pessoas de comunidades visinhas.

O desejo de implantar o Grupo de Auto-Ajuda após a formação foi tão grande, que as pessoas envolvidas já querem implantá-las até o final desse mês. Mais informações serão dadas até o final de Outubro.

A Coordenação da Pastoral da Sobriedade agradece à todas as pessoas que se fizeram presentes nesse evento...

"SOBRIEDADE E PAZ, SÓ POR HOJE, GRAÇAS A DEUS"...

Vacina contra a cocaína entra em fase de testes para comprovar eficácia

Abordagem atua impedindo que a droga penetre no cérebro, reduzindo seus efeitos prazerosos nos dependentes.

Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (UC), nos Estados Unidos, deram início a um ensaio clínico para avaliar uma vacina desenvolvida para tratar o vício da cocaína, impedindo que a droga penetre no cérebro e reduzindo seus efeitos prazerosos.
Os cientistas começaram a desenvolver a vacina contra a cocaína em 1997, depois da divulgação de um artigo na revista "Nature Medicine" pela pesquisadora Barbara Fox, sobre a hipótese de que a imunização de pessoas viciadas na droga provavelmente seria uma forma eficaz de tratar a doença.

"O tratamento psicossocial, como a terapia da conversa é o padrão atual de tratamento para pacientes dependentes de cocaína", disse o professor do Departamento de psiquiatria e neurociência comportamental da UC, Eugene Somoza. "No momento não há terapias aprovadas para o vício em cocaína."
O estudo vai testar a eficácia da vacina contra um placebo em voluntários saudáveis dependentes de cocaína, durante um período de 18 semanas, com um total de 300 pacientes, em seis locais diferentes. O investigador principal é Thomas Kosten, do Baylor College of Medicine, em Houston. Somoza é o investigador principal de Cincinnati.

Somoza observa que a imunoterapia tradicional tem como alvo as moléculas complexas, consideradas estrangeiras pelo sistema imunológico do corpo, que desenvolve anticorpos específicos contra eles. A cocaína é uma molécula simples, e só pode acionar o sistema imunológico se associada a uma molécula complexa. Quando isso acontece, o sistema produz anticorpos do mesmo jeito que faz quando as proteínas virais ou bacterianas entram no corpo.
Como resultado, quando os pacientes vacinados usam cocaína e suas moléculas atingem a corrente sanguínea, elas são imediatamente sequestradas pelos anticorpos, que as retém, evitando que entrem no cérebro onde produzirem os seus efeitos deletérios.

"O vício é dependente da rapidez com que a substância chega ao cérebro", disse Somoza. "Então, por abrandar ou parar o processo, seria possível reduzir o efeito prazeroso da cocaína nos indivíduos."

Fonte: Isaúde.net/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O risco da migração do tráfico

Instalação de bases da polícia pacificadora no Rio de Janeiro deixa autoridades do Paraná em alerta. Temor é de que traficantes cariocas venham para o estado.

A repressão cada vez maior ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro trouxe uma preocupação às autoridades paranaenses de segurança pública. O temor é que criminosos expulsos durante a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em morros cariocas migrem para outros estados, entre eles o Paraná. Embora não exista nenhum indício concreto até o momento, a Polícia Federal e o Ministério Público admitem estar atentos a esse possível movimento.

Tradicional ponto de passagem de drogas e armas oriundas do Paraguai, o Paraná não é uma região estranha para os traficantes do Rio. Tanto é que nos últimos 30 dias seis homens ligados a facções fluminenses foram presos no estado: três em Foz do Iguaçu, um em São Miguel do Iguaçu e dois que participaram da morte do delegado José Antônio Zuba, em Pontal do Paraná, no litoral do estado. Mas, até agora, não há nenhuma prova concreta de que os bandidos possam estar se estabelecendo aqui.

O coordenador estadual do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, procurador Leonir Batisti, diz que não há indícios suficientes que indiquem uma migração. “O Paraná ainda vive uma situação de trânsito desses traficantes”, ressalta. Mas ele não duvida de que isso possa ocorrer, já que os traficantes cariocas têm perdido território e mercado nos últimos anos, seja pela ação da polícia ou de milícias. “Traficante é comerciante. Ele vai buscar seus mercados e pode trazer mais violência”, afirma.

Polícia
O que são UPPs?

A Unidade de Policiamento Pacificadora é um novo modelo de segurança pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. Elas recuperaram territórios ocupados há décadas por traficantes e, recentemente, por milicianos. As UPPs estão inseridas no Morro Santa Marta (Botafogo – zona Sul); Cidade de Deus (Jacarepaguá – zona Oeste); Jardim Batan (Realengo – zona Oeste); Morro da Babilônia, e Chapéu Mangueira (Leme – zona Sul); Tabajaras e dos Cabritos (Laranjeiras), do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo (Copacabana – zona sul); Providência (centro), e Borel, Morro da Formiga e Morro do Salgueiro (Tijuca – zona norte).

Criadas pela atual gestão da Secretaria de Segurança do Rio, as UPPs trabalham com os princípios da polícia comunitária, que viabiliza a parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública. Até o fim de 2010, 3,5 mil novos policiais serão destinados às Unidades Pacificadoras.

Exemplo
Unidades são modelo para o resto do país


O formato das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), com ostensividade e presença constante den­­tro de territórios conflagrados pelo tráfico de drogas, podem ser um exemplo de policiamento comunitário para o resto do país. Essa é a avaliação do sociólogo Ignácio Cano e do ex-secretário de Segurança de Minas Gerais, Luís Flávio Sapori.

“Em locais onde há controle de território e homens armados é um bom modelo. É uma substituição ao exemplo velho de guerra ao tráfico”, explica Cano. De acordo com ele, é muito melhor do que as antigas saturações e invasões das comunidades, muito mais violentas e de péssimas consequências para a imagem da polícia junto às comunidades. Mas ele ressalta que a ocupação deve ser implantada em locais em que o problema do comércio das drogas é associado com a violência. Sapori e Cano consideram que a exportação dessa política de segurança pública para outras cidades deva ser avaliado com cautela. Segundo eles, pode haver a necessidade de possíveis adaptações em relação às necessidades locais. (DR e AP)

Na capital fluminense, a discussão sobre a migração local é constante, mas ainda não se debate a saída de traficantes cariocas para outros estados. “É claro que tem de haver uma preocupação, mas ainda é cedo para avaliar”, explica o sociólogo e membro do Laboratório de Análise da Violência do Estado do Rio de Janeiro, Ignácio Cano.

Para ele, um dos principais empecilhos no combate ao tráfico de drogas no país é a falta de integração de informações e de trabalho em conjunto dos estados. Essa dificuldade cria um obstáculo para monitorar uma possível migração. “O Brasil tem dificuldades em coordenar as forças policiais dos estados em razão do tamanho do país”, analisa.

Na avaliação do ex-secretário da Segurança Pública de Minas Gerais, o sociólogo Luís Flávio Sapori, a migração não seria tão simples. O movimento poderia causar um confronto com traficantes do Paraná. “A migração poderia até ocorrer, mas em grupos muito mais organizados”, diz.

Morros pacificados

Hoje há 11 morros com UPPs no Rio de Janeiro. Mas ainda falta mais de uma centena de comunidades para serem pacificadas, entre elas a Rocinha e o complexo do Alemão. As duas favelas, apontadas como as maiores e mais violentas do Rio, devem receber as novas unidades da polícias em 2011, segundo o planejamento do governo fluminense.

Foi da Rocinha que vieram três dos quatro homens que assassinaram o delegado Zuba, em Pontal do Paraná, no mês passado. “Preocupação [com a migração] sempre há, mas os cariocas que vieram para cá se deram mal. Eles ainda olham para o Paraná com receio”, conta o delegado titular da unidade de Curitiba da Denarc, Renato Bastos Figueiroa. No caso da morte do policial, dois criminosos terminaram mortos durante a fuga e outros dois foram detidos.

Tráfico sem divisas

A Polícia Federal ainda não acredita em uma migração de traficantes no curto prazo, mas mantém atenção voltada para um fenômeno como esse no futuro. Segundo o delegado federal Wágner Mesquita, a preocupação maior ainda é com o trabalho em conjunto dos criminosos na logística do tráfico.

De acordo com ele, é a parceria entre traficantes de outros estados com os criminosos locais que deve ser atacada pelos órgãos de segurança. Ele explica que os criminosos dividem o pagamento do transporte da droga vinda de outro país. O delegado Figueiroa, da Polícia Civil do Paraná, também acredita que esse seja um problema maior. “O frete é caro. A cada quilo de droga é cobrado normalmente R$ 1 mil”, conta.

Rio de Janeiro

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro afirma não ter informações que comprovem a mudança de traficantes para outros estados em razão das UPPs. De acordo com o órgão, “a migração, mesmo quando acontece dentro do Rio, é pequena”. O coordenador da Polícia Paci­ficadora, coronel Robson Rodri­gues, conta que há um acompanhamento dos principais criminosos que estavam ou estão nos morros pacificados.

“Vale lembrar que há alguns anos era muito comum que criminosos daqui fossem presos em outras localidades, como aconteceu com Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, preso no Ceará, em 1996. Naquela época ainda não havia UPPs, mas os criminosos migravam e voltavam”, explica. Muitas vezes em fuga ou quando procurados pela polícia ou rivais, precisavam desaparecer por uns tempos.

Uma paz nunca antes imaginada

Para quem mora nos 11 morros ocupados pelas Unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro, há uma certeza: a vida da comunidade mudou da água para o vinho. Antes, o comum era ouvir tiros e cruzar com homens armados em cada esquina. Hoje, a situação – recente para a grande maioria das comunidades – demonstra uma paz nunca antes vista ou imaginada.

Em época de conflitos, o vice-presidente da Associação de Moradores da Babilônia, Carlos Antonio Pereira, 48 anos, costumava se esconder no banheiro com a família. Mas desde junho de 2009, ele e cerca de 7 mil moradores do morro, que fica na zona sul do Rio, sentem-se mais seguros e cidadãos. No pacote, além da segurança também vêm as ações de urbanismo e os projetos sociais. “O que nos foi negado por tantos anos, agora estamos tendo o direito”, diz.

A dinâmica de ocupação é complexa. No entanto, as notícias relatam que as saídas das facções criminosas têm sido tranquila, sem confrontos. Na Babilônia, membros do Comando Vermelho e do Amigos dos Amigos (ADA) fugiram na véspera da ocupação, carregando armas e o que podiam. A própria organização tem um planejamento. “Não houve resistência porque os ‘negócios’ tinham que ser tocados em outro lugar”, lembra Pereira. Ele diz que o crime organizado migrou para a Baixada Fluminense e Niterói.

Estratégia

Responsável pela coordenação das Unidades Pacificadoras do Rio, o coronel Robson Rodrigues admite que os traficantes com antecedentes criminais e mandados de prisão, com certeza, procuram migrar para outra área da cidade que possua ligação com a facção criminosa à qual pertencem. No entanto, o comandante avisa que a perda do território e da influência impossibilita o traficante de ter o mesmo poder que tinha anteriormente. Alguns ficam à espera da situação anterior. Quando percebem que as mudanças são permanentes, vão embora ou se reajustam à sociedade.

É o que aconteceu na favela do Cantagalo, ocupada desde dezembro do ano passado. O presidente da associação de moradores, Luiz Bezerra, diz que nem os moradores acreditam estar vivendo em um “morro que parece bairro”, tamanha a calmaria. Dos envolvidos com o tráfico, que saíram para outras comunidades, 20 já lhe procuraram pedindo emprego. Destes, oito já estão no mercado de trabalho. Alguns deles, menores.

O morro Dona Marta foi o primeiro a passar pelas mudanças. Em 2008, a regra até então ditada pelo bandido foi substituída pelo poder policial. O diretor cultural e social da associação de moradores, Antônio Guedes, 47 anos, conta que a ronda é feita 24 horas. “Agora aqui tem regras”. O novo paradigma de que o policial pode ser parceiro dá a certeza do caminho correto.

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
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