O consumo regular de álcool e o tratamento para parar de beber podem aumentar os níveis de estresse no organismo, aumentando os riscos de perda de memória, segundo estudo americano e britânico que será publicado na edição de dezembro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
Coordenada por cientistas da Universidade de Liverpool, a pesquisa mostrou que o fato de beber quase todos os dias e a ação de cortar o consumo crônico de álcool provocam o aumento dos níveis de hormônios glucocorticoides, como o cortisol - conhecido como hormônio do estresse -, no sangue. E, de acordo com os autores, “níveis prolongados e elevados de glucocorticoides podem danificar ou destruir os neurônios, e levar a um aumento na vulnerabilidade a outras situações que podem danificar os neurônios”. “Isso pode se relacionar à perda das funções da memória”, destacou a pesquisadora A.K. Rose.
Os resultados indicaram, ainda, que as concentrações de corticosterona no sangue permanecem altas por longos períodos após a pessoa parar de beber. “As evidências sugerem que o aumento dos níveis de glucocorticoides no cérebro após o tratamento do alcoolismo crônico está associado com déficits cognitivos vistos durante a abstinência, o que afeta a eficácia do tratamento e a qualidade de vida”, concluíram os pesquisadores.
Fonte: Observador On-line/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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