quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Temer: ações da FAB inibiram criminalidade nas fronteiras

O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira que as missões da Força Aérea Brasileira (FAB) na região fronteiriça com Paraguai, Peru e Bolívia - rota de tráfico de drogas e animais - irão continuar. Em visita a uma base em Vilhena (RO) ao lado do ministro da Defesa, Celso Amorim, ele afirmou que "isso (as operações) já inibiu sensivelmente a criminalidade nas fronteiras e essa continuação diminuirá ainda mais".
Segundo o Ministério da Defesa, o tráfico de drogas foi gravemente atingido durante os 15 dias da Operação Ágata 3, que começou em 22 de novembro. Em agosto, a Ágata 1 aconteceu na fronteira com a Colômbia. Em setembro, a Ágata 2 ocorreu nos limites com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai. Para o ministro, a cada edição há um crescimento da capacidade de combater os atos ilícitos na região de fronteira. "Se aprende de uma para outra. Algumas coisas são corrigidas, são aprimoradas", afirmou.
Dados do ministério afirmam que, por causa da falta de drogas no mercado da região atingida pela última operação da FAB, o custo da pasta base de cocaína subiu 60% em Cáceres (MT) e 65% em Dourados (MS). O preço da maconha saltou 100% em Cuiabá (MT) e em Campo Grande (MS). Ao longo da ação, foram apreendidos 10 veículos leves, 27 motos, cinco ônibus e caminhões (um deles com cerca de 10 t de explosivos), além de oito embarcações. A lista de material capturado inclui R$ 467.871,00 em espécie, 17,8 kg de pasta base de cocaína, mais de 600 kg de maconha e 34 armas.

Temer visitou a base de desdobramento da FAB em Vilhena (RO) 
Foto: Agência Força Aérea/Divulgação
Para defender o espaço aéreo contra voos ilícitos, a FAB empregou aviões A-1 (AMX), F-5EM e A-29 Super Tucano nas cidades de Tabatinga (AM), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Vilhena (RO) e Porto Velho (RO), apoiados por aviões de alerta antecipado E-99, equipados com radares capazes de detectar aeronaves que realizam voos rasantes, e R-99, de sensoriamento remoto e reconhecimento. Em suporte às atividades terrestres e fluviais, foram utilizados aviões de transporte C-130 Hercules, C-105 Amazonas, C-97 Brasília, C-98 Caravan e C-95 Bandeirante.
Nos próximos dias, o Ministério da Justiça vai divulgar o balanço das ações nas fronteiras que deve mostrar a evolução das vistorias de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves, de 390 mil para 2,3 milhões de abordagens. Estima-se que as apreensões de entorpecentes foram 14 vezes superiores às dos seis meses que antecederam a implantação do Plano Estratégico de Fronteiras.
Fonte: TERRA

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