quarta-feira, 29 de junho de 2011

I-Doser - Droga Virtual


I-doser é um programa de computador que produz “doses” de ondas sonoras, que procura interferir nas ondas cerebrais do usuário, simulando o efeito de várias drogas reais em seres humanos. Essas doses de áudio estão disponíveis no site oficial do programa, e para "usá-las" o usuário prescisa fazer o download, assim como precisa fazer de todo o programa. As doses devem ser compradas, e o uso delas é limitado, não sendo possível o seu re-uso depois de algumas doses. E foi desenvolvido atráves de uma técnica conhecida como binaural rainsons, que emite sons que alteram a freqüência do cerébro.

O ambiente necessário e as reações no usuário

No primeiro momento, o som emitido tende a incomodar até surtir o efeito esperado. Cada "dose" varia de 20 a 45 minutos para que o usuário possa, de fato, atingir a dose desejada. Para que não haja interfência, se faz necessário escutar em um ambiente calmo e com pouca iluminação, sob o uso de fones de ouvido stéreo. Caso o usuário não atenda essas recomendações pode não ter o efeito desejado. O usuário que optar usar a droga como o Brain+ é um ambiente adequado será estimulado a ter pensamentos criativos e profundos, refletir sobre a existência. Foi criada, de maneira hibrida, para levar o indivíduo ao nível da frequência responsável para profunda criatividade e esperteza.

Brain Reset do i-doser

O Reset não é nenhuma tecla do software, na verdade, ele é uma "dose" utilizada pelo usuário para seu cérebro voltar ao normal.

Esta "dose" foi projetada para que o usuário pudesse "resetar" seu cérebro, livrando-se assim dos efeitos de uma "dose" da droga, ou para experimentar uma outra. Para isso, é necessário "desobstruir" seu cérebro. Como várias "doses" do i-doser são muito poderosas, não é recomendado usar uma após a outra sem utilizar o "RESET".

Se usuário do i-doser quiser tentar uma outra droga, tem que se certificar que usará uma "dose" de Brain Reset entre uma e outra; é a única maneira de tentar "doses" múltiplas de drogas diferentes.

Outra reportagem sobre o assunto:

"Escutei maconha e LSD." A frase pode soar estranha, mas é comum entre os usuários do I-doser, site que promete simular efeitos de drogas e gerar vários tipos de sensações por meio de sons. O uso das doses virou mania entre os internautas brasileiros. Só no site de relacionamentos Orkut, as duas maiores comunidades sobre o tema já somam quase 33 mil pessoas, a maioria de jovens de até 20 anos.

Apesar da promessa tentadora de poder usar todas as drogas e experimentar sensações de prazer extremo sem nenhum efeito colateral, especialistas alertam que não há comprovação científica na proposta. "É impossível um som reproduzir o efeito químico de uma droga", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Segundo ele, o que pode ocorrer é "auto-sugestão". Isso quer dizer que o ouvinte da "dose" pode sentir efeitos semelhantes ao das drogas apenas porque quer acreditar nisso.

O site não é ilegal, porque vende apenas sons. São mais de 170 "doses" com preços que variam entre R$ 5,50 e R$ 400. Algumas são bem curiosas, como a "masoquista", que promete gerar dor, ou a "fora do corpo", auto-explicativa. Também há como baixar as doses clandestinamente, em sites piratas - o que é considerado ilegal.

Binaural
Os criadores do site empregam a técnica "binaural beats" (algo como batidas ou batimentos binaurais), descoberta pelo físico alemão Heinrich Dove em 1839. A tese afirma que caso duas freqüências semelhantes, mas não iguais, sejam reproduzidas em cada um dos ouvidos, haverá estímulos auditivos ao cérebro. Essas batidas são utilizadas, por exemplo, em sessões de meditação e até em algumas músicas.
Na década de 70 foi descoberto que elas poderiam diagnosticar o mal de Parkinson, já que a maioria dos que sofrem do problema não consegue perceber as batidas.

Para Erick Itakura, psicólogo e pesquisador do NPPI (Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática) da PUC-SP, é comum que os jovens busquem um estado alterado de consciência. "Isso ocorre desde que o mundo é mundo. A diferença do I-doser é que ele oferece isso sem o risco do vício, sem a ingestão da substância", compara. Itakura diz que os riscos do uso do programa não vão além de uma lesão auditiva caso o som estiver muito alto.

O que pode ocorrer, não só com o I-doser mas com vários programas, jogos e a própria internet, é que o usuário que já tenha alguma pré-disposição desenvolva uma compulsão pela ferramenta. O NPPI oferece orientação psicológica gratuita via e-mail (nppi@pucsp.br) para quem apresenta dificuldades devido ao uso da informática, como vício ou fobia.

Fonte: infoconnected/Folha OnLine

"Sobriedade e Paz, só porHoje, graças a Deus".

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