Pouco mais de 10% dos municípios brasileiros têm programas de tratamento do tabagismo na rede pública de saúde. São 700 cidades de um total de 5.565.
Além de 30 centros ligados aos governos estaduais, desde 2004 o Ministério da Saúde tem um programa que fornece às secretarias municipais de saúde as medicações (bupropiona e repositores de nicotina,como adesivos) e os manuais utilizados em sessões com abordagens terapêuticas, que discutem a dependência.
O ministério também avalia o custo e a efetividade de fornecer a medicação vareniclina (Champix) no SUS.
Em contrapartida, os municípios devem garantir uma estrutura de atendimento ao fumante e prestar contas de suas ações.
Entre as exigências, estão a contratação de profissionais capacitados, locais para atendimento individual e sessões de grupo e a garantia de fornecimento de equipamentos e de exames necessários durante o tratamento.
A unidade de saúde também deve ser livre de tabaco -ninguém pode fumar no seu interior.
DESINTERESSESegundo o pneumologista Ricardo Meirelles, da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a principal dificuldade na expansão do programa tem sido a falta de interesse dos municípios em investir nos tratamentos.
"Falta conhecimento. Estamos avaliando uma forma de sensibilizar os gestores dos municípios que ainda não fazem parte do tratamento do tabagismo", diz ele.
Além disso, Meirelles afirma que há uma dificuldade grande em fazer com que o paciente freqüente o programa até o fim do tratamento.
O Inca ainda não tem dados consolidados sobre as taxas de sucesso e de recaídas verificadas nos municípios que tratam o tabagismo.
Fonte: Folha de São Paulo
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