Nesta quinta-feira, duas operações simultâneas
tentam prender mais de 60 pessoas. Quatro aviões que faziam o transporte
das drogas foram apreendidos
Operação Semilla: 9,5 toneladas de drogas foram apreendidas durante um ano de investigações (Divulgação/PF) |
A Polícia Federal deflargrou nesta quinta-feira a Operação Semilla, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas baseada em São Paulo e com tentáculos que se estendem por sete estados. Os policiais cumprem 54 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná, Mato Grosso, Ceará e Goiás. Os mandados foram expedidos pela 4 ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Cerca de 230 agentes federais participam da ação – 150 só em São Paulo. O bando era formado por brasileiros, bolivianos, paraguaios e europeus. Eles traziam maconha e cocaína do Paraguai e da Bolívia, respectivamente, e enviavam os entorpecentes para capitais brasileiras, África e Europa.
Até agora, 35 pessoas foram presas e 68.000 reais apreendidos. Contas bancárias e aplicações financeiras ligadas aos investigados estão bloqueadas pela Justiça a pedido da PF. A polícia também ordenou o sequestro de vinte imóveis, quinze veículos e uma aeronave.
Os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas (pena máxima de 15 anos de prisão), associação para o tráfico de drogas (10 anos) e financiamento da prática do crime de tráfico transnacional de droga (20 anos). Em todos os crimes poderá haver um acréscimo de 1/6 a 2/3 das penas por se tratar de tráfico internacional. A operação recebeu o nome de semilla porque os traficantes envolvidos no esquema costumavam se referir à droga como "sementes", cuja tradução para o espanhol é "semilla".
Avião apreendido durante a Operação Semilla, da PF |
Histórico - As investigações, conduzidas por um delegado identificado pela PF como Dr. Ivo, começaram há cerca de um ano. Além das prisões efetuadas nesta quinta-feira, a polícia deteve 70 pessoas ao longo das apurações, todas envolvidas com o tráfico. Um dos presos é suspeito de integrar a máfia calabresa, da Itália. No período, também foram apreendidos 9,5 toneladas de drogas – 4,3 toneladas de cocaína e 5,2 toneladas de maconha – e mais de 1 milhão de reais em moeda nacional e estrangeira, além de armas, munições, 48 veículos e 1 aeronave. Tudo foi adquirido com dinheiro proveniente do narcotráfico. Um laboratório de refino de cocaína também foi desativado em Barueri, município de São Paulo.
Operação Ouro Branco - Também nesta quinta-feira, a Polícia Federal apreendeu três aviões e dois veículos durante a Operação Ouro Branco, realizada em três estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O objetivo é reprimir o tráfico internacional de drogas. Os aviões, que traziam cocaína da Bolívia para o sudeste do Brasil, foram encontrados em Mato Grosso do Sul. Os policiais cumprem oito mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
Sete criminosos estão presos – um em Campo Grande (MS), um em Pontes e Lacerda (MT), um em Itiquira (MT), dois em São Paulo (SP) e outros dois, flagrados portando armas de fogo, em Rondonópolis (MT). As investigações começaram há um ano, período em que foram apreendidos cerca de 1.200 quilos de pasta-base de cocaína e realizadas três prisões em flagrante.
Segundo a PF, a quadrilha utilizava como base de recebimento, transporte e distribuição da droga, uma fazenda situada na região pantaneira do distrito de Ouro Branco do Sul, município de Itiquira, a 362 quilômetros de Cuiabá, local que batizou a operação. O delegado Rômulo Rodovalho Gomes conduz o inquérito. Às 11 horas, os presos começaram a ser ouvidos pelos policiais em presídios e delegacias federais nos respectivos estados.
Fonte: VEJA (Com Agência Estado)
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