sábado, 21 de maio de 2011

Alunos terão aula sobre dependência química

Projeto de Lei torna obrigatório o estudo das consequências neuropsíquicas e sociológicas do uso de drogas.

Os alunos da rede municipal de ensino de Rio das Pedras terão em sua grade curricular o estudo referente à dependência química em disciplinas do ensino fundamental, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação.

O estudo das consequências da dependência química foi transformado em lei na última sessão da Câmara, quando os vereadores aprovaram o projeto do vereador Trudpert Allan Leite Riesterer, o Tutinho, que torna obrigatório o estudo das consequências neuropsíquicas e sociológicas em relação ao uso de drogas licitas e ilícitas.

A nossa sociedade chegou a um ponto que ações isoladas não vão chegar a lugar nenhum. A educação referente às drogas deve começar com as crianças, sendo a base para o combate ao uso de drogas”, comentou o vereador Tutinho.

A ideia do projeto, segundo o vereador, surgiu das constantes noticias de apreensões de drogas no noticiário, bem como o alto índice de usuários na cidade, principalmente adolescentes e crianças. “Hoje muitas famílias estão desestruturadas, sendo que a referência da criança ainda é a escola. Por isso a importância de tratar no ambiente escolar sobre os problemas das drogas”, disse Tutinho.

O vereador ainda disse que o projeto tem o intuito de conscientizar sobre o uso de drogas licitas, como o álcool e o cigarro. “Muitos ex-usuários revelam que começaram com um copo de cerveja, sendo que o álcool também é uma porta de entrada para o uso de drogas mais pesadas”, afirmou o vereador.

Em relação a aplicação da lei, o poder executivo terá o prazo de 90 dias para regulamentá-la. Sobre como o tema será abordado em sala de aula, Tutinho disse que a metodologia será responsabilidade da Secretaria da Educação, que trabalhará em parceria com a Secretária da Saúde. “Acredito que esse é um trabalho que deve ser realizado todos os dias nas escolas. Porque se a oferta da droga é massiva em nossa sociedade, o combate precisa ser maior ainda”, afirmou.


Fonte: A Tribuna

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