Logo após o término do ensino médio, muitos jovens passam por um período caracterizado pelo aumento do uso de substâncias psicotrópicas, tais como consumo excessivo do álcool, uso de maconha e tabaco. Um dos fatores que tem sido apontado como influenciador deste comportamento são os relacionamentos amorosos. Em geral, o casamento é tido como um forte fator protetor do uso e abuso de álcool e outras drogas. De fato, estudos mostram que jovens adultos solteiros apresentam um padrão de uso de álcool e/ou outras drogas mais pesado do que os casados. Entretanto, grande parte das pesquisas não considera as diferenças entre os tipos de relacionamentos - por exemplo, ser casado, morar com um parceiro sem estar casado, ou namorar sem morar junto com o parceiro.
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre diferentes tipos de relacionamentos amorosos e o uso de álcool, maconha e tabaco por adultos jovens. Foram analisados 909 estudantes do ensino fundamental e médio oriundos de 10 escolas públicas norte-americanas, os quais foram recrutados nos anos de 1993/1994 e acompanhados por até dois anos após o término do ensino médio. O uso dessas substâncias foi avaliado por entrevistas pessoais e questionários. Os tipos de relacionamentos foram divididos em: casamento, coabitação sem casamento, namoro sem coabitação e solteiros. Também foram investigados o uso de drogas pelo parceiro, a qualidade do relacionamento e a interação entre estas duas variáveis.
Os três tipos de relacionamentos (casamento, coabitação sem casamento e namoro sem coabitação) apresentaram associações com redução do beber pesado (definido como o consumo de 4 ou mais doses-padrão de álcool* para mulheres e 5 ou mais doses para homens). Os casados, em comparação aos que apenas namoravam, apresentaram uma frequência significativamente menor de episódios de beber pesado.
Também foram encontradas associações positivas significativas entre o uso de drogas pelo parceiro e o consumo destas pelos jovens entrevistados. A interação entre a qualidade do relacionamento e o uso de drogas pelo parceiro foi considerada estatisticamente significativa para o beber pesado e o uso de maconha. Quando um dos parceiros nunca bebia ou bebia pouco, esse considerava seu relacionamento de melhor qualidade quando seu parceiro fazia menos uso pesado de álcool. Por outro lado, quando o parceiro bebia frequentemente, o indivíduo considerava seu relacionamento de melhor qualidade quando havia um maior consumo pesado de álcool, mostrando que o consumo de álcool por um indivíduo pode ser influenciado pelo de seu parceiro e isso se refletiria em sua percepção sobre a qualidade do relacionamento.
Os maiores riscos para o uso frequente de substâncias psicotrópicas entre os jovens solteiros mostram que, para estes indivíduos, o ganho de autonomia trazido pela vida adulta e a influência exercida por um parceiro podem representar uma maior exposição ao uso de álcool e outras drogas. Outra explicação plausível para o maior uso de drogas pelos solteiros é que estes passam mais tempo em eventos sociais, com o objetivo de encontrar um parceiro e estabelecer um relacionamento social, aumentando assim a frequência do beber ou do uso de drogas. De uma forma geral, os achados deste estudo revelam que os relacionamentos amorosos exercem um importante mecanismo de regulação dos padrões de uso de substâncias no início da vida adulta, além de sugerirem que a qualidade do relacionamento, a adoção dos padrões comportamentais do parceiro e a interação entre essas duas variáveis influenciam o uso de álcool e outras drogas por jovens adultos.
* Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) contém, aproximadamente, 10g de álcool puro.
Fonte: CISA
Blog da Pastoral da Sobriedade - "Quem sabe lidar com a vida, não entra nas drogas" - Arquidiocese de Fortaleza
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Consumo de álcool como um fator de risco para pneumonia: uma revisão sistemática e meta-análise
A pneumonia é considerada uma causa importante de morbidade e mortalidade no mundo, e se deve principalmente à pneumonia adquirida na comunidade (PAC), cuja incidência anual global é estimada em 1-12%. Somente nos EUA, estima-se que a PAC ocasione 500.000 hospitalizações e 45.000 mortes por ano.
Apesar do uso de álcool ser apontado como um dos fatores responsáveis pelo aumento da susceptibilidade à pneumonia, os estudos com grupos-controles adequados ainda são escassos nessa área, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal entre o álcool e a PAC.
O presente estudo representa a primeira meta-análise capaz de quantificar a associação entre o consumo de álcool e o risco de PAC. Mais de 1.530 artigos científicos sobre o tópico foram rastreados para análise, mas somente 5 estudos foram incluídos na meta-análise final por satisfazerem os critérios de inclusão estabelecidos (por exemplo, desenho do estudo tipo caso-controle ou coorte). Estes estudos contemplaram, no total, 112.100 indivíduos com 2.371 casos de PAC.
Os resultados revelaram que o risco relativo de PAC crescia linearmente conforme o consumo de álcool aumentava, corroborando a hipótese de uma relação dose-resposta entre o álcool e a ocorrência de pneumonia. Indivíduos que consumiam entre 60 e 120 g de álcool puro* diariamente apresentaram um risco 33 e 76% maior, respectivamente, de incidência de PAC em comparação a indivíduos abstêmios.
Dois estudos forneceram estimativas de risco que possibilitaram investigar a associação entre o risco de PAC e pessoas diagnosticadas com transtornos relacionados ao uso de álcool (abuso ou dependência de álcool), de acordo com avaliação médica. Tais indivíduos apresentaram um risco 8 vezes maior de PAC do que pessoas sem diagnóstico para transtornos relacionados ao uso de álcool.
Apesar da meta-análise ter incluído um número relativamente pequeno de estudos, o número total de participantes avaliados foi substancial. Os achados apresentados suportam a idéia de que o consumo de álcool pode ser um fator etiológico na incidência de pneumonia, provavelmente pelo fato do alcool deprimir os mecanismos de defesa (imunológicos) do organismo, resultando em uma maior susceptibilidade ao desenvolvimento desta doença.
Em suma, o uso de álcool constitui um fator de risco independente para a incidência de PAC. Assim, os autores sugerem que casos de transtornos relacionados ao uso de álcool deveriam ser investigados entre indivíduos com pneumonia; para os casos positivos, deveria ser oferecido tratamento adequado ou intervenções breves a fim de diminuir complicações no tratamento da pneumonia e também o risco de reinfecção. Salienta-se que as políticas de saúde pública efetivas na redução do uso de álcool poderiam auxiliar na diminuição da incidência de pneumonia.
* Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) equivale, aproximadamente, a 12 g de álcool puro.
Fonte: Epidemiol Infect, 2010(in press)
Apesar do uso de álcool ser apontado como um dos fatores responsáveis pelo aumento da susceptibilidade à pneumonia, os estudos com grupos-controles adequados ainda são escassos nessa área, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal entre o álcool e a PAC.
O presente estudo representa a primeira meta-análise capaz de quantificar a associação entre o consumo de álcool e o risco de PAC. Mais de 1.530 artigos científicos sobre o tópico foram rastreados para análise, mas somente 5 estudos foram incluídos na meta-análise final por satisfazerem os critérios de inclusão estabelecidos (por exemplo, desenho do estudo tipo caso-controle ou coorte). Estes estudos contemplaram, no total, 112.100 indivíduos com 2.371 casos de PAC.
Os resultados revelaram que o risco relativo de PAC crescia linearmente conforme o consumo de álcool aumentava, corroborando a hipótese de uma relação dose-resposta entre o álcool e a ocorrência de pneumonia. Indivíduos que consumiam entre 60 e 120 g de álcool puro* diariamente apresentaram um risco 33 e 76% maior, respectivamente, de incidência de PAC em comparação a indivíduos abstêmios.
Dois estudos forneceram estimativas de risco que possibilitaram investigar a associação entre o risco de PAC e pessoas diagnosticadas com transtornos relacionados ao uso de álcool (abuso ou dependência de álcool), de acordo com avaliação médica. Tais indivíduos apresentaram um risco 8 vezes maior de PAC do que pessoas sem diagnóstico para transtornos relacionados ao uso de álcool.
Apesar da meta-análise ter incluído um número relativamente pequeno de estudos, o número total de participantes avaliados foi substancial. Os achados apresentados suportam a idéia de que o consumo de álcool pode ser um fator etiológico na incidência de pneumonia, provavelmente pelo fato do alcool deprimir os mecanismos de defesa (imunológicos) do organismo, resultando em uma maior susceptibilidade ao desenvolvimento desta doença.
Em suma, o uso de álcool constitui um fator de risco independente para a incidência de PAC. Assim, os autores sugerem que casos de transtornos relacionados ao uso de álcool deveriam ser investigados entre indivíduos com pneumonia; para os casos positivos, deveria ser oferecido tratamento adequado ou intervenções breves a fim de diminuir complicações no tratamento da pneumonia e também o risco de reinfecção. Salienta-se que as políticas de saúde pública efetivas na redução do uso de álcool poderiam auxiliar na diminuição da incidência de pneumonia.
* Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) equivale, aproximadamente, a 12 g de álcool puro.
Fonte: Epidemiol Infect, 2010(in press)
domingo, 29 de agosto de 2010
Passo da Semana (29 a 04/09): 8º - PROFESSAR A FÉ
Senhor, PROFESSO que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a interceção de todos os santos. Instrui-me na Tua Palavra!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
"Não existe droga segura. Nem a maconha"
“Não existe droga segura. Nem a maconha”A diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas afirma que nem mesmo a maconha nem muito menos a DMT, presente no chá do Santo Daime, podem ser consideradas inofensivas
Kalleo Coura
“Há quem veja a maconha
como uma droga inofensiva.
Trata-se de um erro.
Comprovadamente, ela tem
efeitos bastante danosos”
Luiz Maximiano
A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.
Há quinze dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico? Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.
Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável? Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.
Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente “segura”. Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde? Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.
E a maconha? Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo
Kalleo Coura
“Há quem veja a maconha
como uma droga inofensiva.
Trata-se de um erro.
Comprovadamente, ela tem
efeitos bastante danosos”
Luiz Maximiano
A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.
Há quinze dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico? Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.
Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável? Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.
Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente “segura”. Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde? Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.
E a maconha? Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
A fumaça e o lucro
Em artigo publicado pelo jornal O Globo no dia 23 de agosto, o médico cirurgião e presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Câncer, Marcos Moraes, abordou importantes questões sobre o tabaco
Em 2005, o Senado Federal ratificou a adesão do Brasil ao primeiro tratado internacional de saúde pública sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde: a Convenção-Quadro para Controle do Tabaco. O seu objetivo é reduzir globalmente o tabagismo e seu impacto sobre a saúde, a economia e o meio ambiente.
No Brasil, as medidas desse tratado passaram a ser obrigações legais. No entanto, a lei federal 9.294, que desde 1996 proíbe fumar em recintos coletivos, está defasada em relação à Convenção, pois permite áreas para fumar. A extinção dos fumódromos é imperiosa porque não existe sistema de ventilação capaz de reduzir para níveis aceitáveis os riscos do tabagismo passivo.
No Brasil, cerca de 2.700 não fumantes morrem por ano por doenças decorrentes do tabagismo passivo. Para mudar isso, tramita no Senado desde 2008 o projeto de lei (PL) 315/08, do senador Tião Viana. Mas tropeça no forte lobby da indústria do fumo e foi amarrada ao PL 316/08, concorrente e antagônico, do senador Romero Jucá, que até piora a lei vigente.
Há um ano, São Paulo proibiu os fumódromos, e com isso obteve uma redução de 73,5% na contaminação por monóxido de carbono em bares e restaurantes, segundo estudo do Instituto do Coração (InCor). Rio de Janeiro, Amazonas, Rondônia, Roraima, Paraíba e Paraná adotaram leis semelhantes.
Mas a constitucionalidade dessas leis é questionada por associações patronais de bares, hotéis e restaurantes. O incrível é que o tabagismo passivo no trabalho é considerado risco ocupacional, e no Brasil empregadores têm responsabilidade legal de preservar a saúde dos seus funcionários.
Os que contestam a nova legislação afirmam que ela diminuiria a frequência nesses estabelecimentos e causaria desemprego. Após um ano da lei em São Paulo, não houve prejuízos. Em nenhum lugar do mundo houve. Ao contrário, reduziu as internações por doenças cardiovasculares, trazendo benefícios para a população e cofres públicos.
Tal como a mobilização da sociedade em prol da Lei Ficha Limpa, está na hora de a sociedade questionar políticos que colocam interesses econômicos acima da vida de pessoas. Com a palavra, os candidatos.
Fonte:ABEAD
Em 2005, o Senado Federal ratificou a adesão do Brasil ao primeiro tratado internacional de saúde pública sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde: a Convenção-Quadro para Controle do Tabaco. O seu objetivo é reduzir globalmente o tabagismo e seu impacto sobre a saúde, a economia e o meio ambiente.
No Brasil, as medidas desse tratado passaram a ser obrigações legais. No entanto, a lei federal 9.294, que desde 1996 proíbe fumar em recintos coletivos, está defasada em relação à Convenção, pois permite áreas para fumar. A extinção dos fumódromos é imperiosa porque não existe sistema de ventilação capaz de reduzir para níveis aceitáveis os riscos do tabagismo passivo.
No Brasil, cerca de 2.700 não fumantes morrem por ano por doenças decorrentes do tabagismo passivo. Para mudar isso, tramita no Senado desde 2008 o projeto de lei (PL) 315/08, do senador Tião Viana. Mas tropeça no forte lobby da indústria do fumo e foi amarrada ao PL 316/08, concorrente e antagônico, do senador Romero Jucá, que até piora a lei vigente.
Há um ano, São Paulo proibiu os fumódromos, e com isso obteve uma redução de 73,5% na contaminação por monóxido de carbono em bares e restaurantes, segundo estudo do Instituto do Coração (InCor). Rio de Janeiro, Amazonas, Rondônia, Roraima, Paraíba e Paraná adotaram leis semelhantes.
Mas a constitucionalidade dessas leis é questionada por associações patronais de bares, hotéis e restaurantes. O incrível é que o tabagismo passivo no trabalho é considerado risco ocupacional, e no Brasil empregadores têm responsabilidade legal de preservar a saúde dos seus funcionários.
Os que contestam a nova legislação afirmam que ela diminuiria a frequência nesses estabelecimentos e causaria desemprego. Após um ano da lei em São Paulo, não houve prejuízos. Em nenhum lugar do mundo houve. Ao contrário, reduziu as internações por doenças cardiovasculares, trazendo benefícios para a população e cofres públicos.
Tal como a mobilização da sociedade em prol da Lei Ficha Limpa, está na hora de a sociedade questionar políticos que colocam interesses econômicos acima da vida de pessoas. Com a palavra, os candidatos.
Fonte:ABEAD
terça-feira, 24 de agosto de 2010
1º dia do Curso de Capacitação de Agentes da Pastoral da Sobriedade 2010.2
23/04/2010 - Segunda-Feira:
18:30 - Santa Misssa - Padre Clairton;
19:30 - Apresentação dos participantes;
20:00 - "Pronunciamento do Papa JOÃO PAULO II";
20:30 - Apresentação da Pastoral da Sobriedade.
Obs: Fotos do evento a qualquer momento...
Fonte: Sobriedade Fortaleza
18:30 - Santa Misssa - Padre Clairton;
19:30 - Apresentação dos participantes;
20:00 - "Pronunciamento do Papa JOÃO PAULO II";
20:30 - Apresentação da Pastoral da Sobriedade.
Obs: Fotos do evento a qualquer momento...
Fonte: Sobriedade Fortaleza
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Estudo identifica custos de internações por causa do fumo
Calcular os custos diretos de internações por doenças relacionadas ao tabaco, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para três grupos de doenças - câncer, aparelhos circulatório e respiratório - foi o objetivo do estudo elaborado pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Maria Alícia Ugá, junto com a pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Márcia Pinto.
O trabalho Os custos de doenças tabaco-relacionadas para o Sistema Único de Saúde foi publicado na revista Cadernos .
O estudo, feito com base nas doenças tabaco-relacionadas, utilizou como bases administrativas os sistemas de informação do SUS e indicadores epidemiológicos, como prevalência e riscos relativos de cada doença analisada.
Segundo as autoras, "os custos atribuíveis ao tabagismo foram de R$ 338.692.516,02, representando 27,6% dos custos totais dos procedimentos analisados para os três grupos.
Se consideradas as internações e procedimentos de quimioterapia pagos para todas as patologias, os custos alcançaram 7,7% dos custos totais.
Ainda, 0,9% das despesas com ações e serviços de saúde, financiadas com recursos próprios da esfera federal, pode ser atribuído ao tabagismo".
Segundo a OMS, o tabagismo é responsável por aproximadamente 5,4 milhões de óbitos anuais.
Até 2030, esses números experimentarão um crescimento significativo de 48%, passando para 8 milhões de óbitos, dos quais 80% ocorrerão em países em desenvolvimento.
No Brasil, as estimativas são de aproximadamente 200 mil mortes ao ano.
Tais números geram uma carga econômica substantiva para as sociedades, caracterizada pelos custos da assistência médica e da perda de produtividade devido à morbidade e à morte prematura.
As autoras optaram por avaliar os custos diretos atribuíveis ao tabagismo, considerando o custo do tratamento das principais doenças tabaco-relacionadas para indivíduos com mais de 35 anos em 2005.
Além de examinar os cursos nos grupos de doença câncer, aparelho circulatório e respiratório, o trabalho levou em conta os custos dos procedimentos de quimioterapia decorrentes de neoplasias.
De acordo com os dados coletados, foram realizadas 401.932 e 512.173 internações de mulheres e homens, com 35 anos ou mais, respectivamente, para os três grupos de enfermidades selecionados.
Desse total, 144.241 internações (35,9%) do sexo masculino e 138.308 (27%) do feminino foram atribuíveis ao tabagismo.
As autoras destacam que "os custos totais para os três grupos de enfermidades das internações e procedimentos de quimioterapia alcançaram, em 2005, um montante de R$ 338.692.516,02 ou 27,6% de todos os custos do SUS, considerando os indivíduos com 35 anos ou mais para os mesmos três grupos de enfermidades.
Na comparação entre os custos totais com os custos tabaco-relacionados, as enfermidades do aparelho respiratório foram responsáveis por 41,2%, enquanto que as neoplasias e as doenças do aparelho circulatório foram 36,3% e 20,2%, respectivamente".
Para Márcia Pinto e María Alícia Uga, os resultados são conservadores para o Brasil e sugerem a necessidade de dar continuidade às pesquisas que mensurem a carga total do tabagismo sob a perspectiva da sociedade.
Este estudo foi uma primeira tentativa de estimar custos associados ao tabagismo no Brasil.
"Segundo nossas estimativas, o tabagismo foi responsável por 7,7% dos custos de todas as internações e procedimentos de quimioterapia pagos pelo SUS para todas as patologias em 2005.
Na análise para as despesas com ações e serviços de saúde da esfera federal, os resultados alcançaram 0,9%.
Entretanto, essa participação estimada pode ser considerada como a ponta do iceberg da real carga econômica do tabagismo para o SUS".
Fonte: Aquidauana News/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O trabalho Os custos de doenças tabaco-relacionadas para o Sistema Único de Saúde foi publicado na revista Cadernos .
O estudo, feito com base nas doenças tabaco-relacionadas, utilizou como bases administrativas os sistemas de informação do SUS e indicadores epidemiológicos, como prevalência e riscos relativos de cada doença analisada.
Segundo as autoras, "os custos atribuíveis ao tabagismo foram de R$ 338.692.516,02, representando 27,6% dos custos totais dos procedimentos analisados para os três grupos.
Se consideradas as internações e procedimentos de quimioterapia pagos para todas as patologias, os custos alcançaram 7,7% dos custos totais.
Ainda, 0,9% das despesas com ações e serviços de saúde, financiadas com recursos próprios da esfera federal, pode ser atribuído ao tabagismo".
Segundo a OMS, o tabagismo é responsável por aproximadamente 5,4 milhões de óbitos anuais.
Até 2030, esses números experimentarão um crescimento significativo de 48%, passando para 8 milhões de óbitos, dos quais 80% ocorrerão em países em desenvolvimento.
No Brasil, as estimativas são de aproximadamente 200 mil mortes ao ano.
Tais números geram uma carga econômica substantiva para as sociedades, caracterizada pelos custos da assistência médica e da perda de produtividade devido à morbidade e à morte prematura.
As autoras optaram por avaliar os custos diretos atribuíveis ao tabagismo, considerando o custo do tratamento das principais doenças tabaco-relacionadas para indivíduos com mais de 35 anos em 2005.
Além de examinar os cursos nos grupos de doença câncer, aparelho circulatório e respiratório, o trabalho levou em conta os custos dos procedimentos de quimioterapia decorrentes de neoplasias.
De acordo com os dados coletados, foram realizadas 401.932 e 512.173 internações de mulheres e homens, com 35 anos ou mais, respectivamente, para os três grupos de enfermidades selecionados.
Desse total, 144.241 internações (35,9%) do sexo masculino e 138.308 (27%) do feminino foram atribuíveis ao tabagismo.
As autoras destacam que "os custos totais para os três grupos de enfermidades das internações e procedimentos de quimioterapia alcançaram, em 2005, um montante de R$ 338.692.516,02 ou 27,6% de todos os custos do SUS, considerando os indivíduos com 35 anos ou mais para os mesmos três grupos de enfermidades.
Na comparação entre os custos totais com os custos tabaco-relacionados, as enfermidades do aparelho respiratório foram responsáveis por 41,2%, enquanto que as neoplasias e as doenças do aparelho circulatório foram 36,3% e 20,2%, respectivamente".
Para Márcia Pinto e María Alícia Uga, os resultados são conservadores para o Brasil e sugerem a necessidade de dar continuidade às pesquisas que mensurem a carga total do tabagismo sob a perspectiva da sociedade.
Este estudo foi uma primeira tentativa de estimar custos associados ao tabagismo no Brasil.
"Segundo nossas estimativas, o tabagismo foi responsável por 7,7% dos custos de todas as internações e procedimentos de quimioterapia pagos pelo SUS para todas as patologias em 2005.
Na análise para as despesas com ações e serviços de saúde da esfera federal, os resultados alcançaram 0,9%.
Entretanto, essa participação estimada pode ser considerada como a ponta do iceberg da real carga econômica do tabagismo para o SUS".
Fonte: Aquidauana News/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
domingo, 22 de agosto de 2010
Pastoral da Sobriedade oferece mais um Curso de Capacitação
“Quem sabe lidar com a vida, não entra nas drogas”
A Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Sobriedade oferece mais um curso de capacitação para quem deseja integrar essa Pastoral e ajudar no trabalho de prevenção e recuperação da dependência química e outras dependências.
O curso acontecerá no Centro de Pastoral, “Maria Mãe da Igreja” dos dias 23 a 26 de agosto de 2010, das 18h30min às 21h30min. A inscrição é de R$ 80,00. Nesse valor está incluído o material a ser usado.
A coordenação insiste que é necessário organizar esta pastoral em sua comunidade, em sua paróquia. O mal está bem articulado, é preciso articular melhor ainda o bem. “O que está em jogo é a dignidade da pessoa humana, cuja defesa e promoção nos foram confiadas pelo Criador, tarefa a que estão rigorosa e responsavelmente obrigados os homens e as mulheres em todas as conjunturas da história.” (João Paulo II)
Informações com Rogério pelo telefone (85) 3388 8717/8687-9628.
Fonte: Sobriedade Fortaleza.
Passo da Semana (22 a 27/08): 7º - REPARAR
Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus. Restaura-me!
sábado, 21 de agosto de 2010
Relatório diz que cigarro nos filmes de Hollywood pode influenciar jovens
O número de filmes norte-americanos que mostram pessoas fumando caiu desde 2005, mas o cinema ainda oferece muito espaço ao cigarro e pode influenciar jovens a começar a fumar, de acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, da Universidade San Francisco e de outras instituições divulgado nesta quinta-feira (19).
Os autores do estudo recomendaram que a classificação etária dos filmes também passe a considerar se há pessoas fumando em cena, e sugeriram que os filmes com personagens fumantes sejam precedidos de um anúncio forte alertando sobre os malefícios causados pelo uso do tabaco.
"Os resultados desta análise indicam que o número de incidência de tabaco teve pico em 2005, depois caiu quase pela metade em 2009, representando a primeira vez que um declínio dessa duração e magnitude foi observado", disse a equipe responsável pelo relatório.
"Entretanto, quase metade dos filmes populares ainda continha imagem de tabaco em 2009, incluindo 54% dos filmes liberados para crianças acima de 13 anos, e o número de incidentes foi mais alto em 2009 do que em 1998", acrescentou o estudo.
Os pesquisadores contaram cada vez que um fumante aparecia nos filmes mais populares entre 1991 e 2009.
"Esta análise mostra que o número de incidência de tabaco aumentou fortemente após o acordo de 1998 entre o Ministério Público e as grandes companhias de cigarro, no qual as empresas se comprometeram a acabar com os anúncios das marcas", disse o documento.
Segundo os pesquisadores, a associação de cinema dos EUA não se empenhou o bastante para combater a presença do tabaco nos filmes, mas alguns estúdios tiveram atitudes voluntárias, como o Viacom, cujos filmes indicados para jovens não poderiam ter cenas com cigarro a partir de 2009.
Fonte: Reuters
Os autores do estudo recomendaram que a classificação etária dos filmes também passe a considerar se há pessoas fumando em cena, e sugeriram que os filmes com personagens fumantes sejam precedidos de um anúncio forte alertando sobre os malefícios causados pelo uso do tabaco.
"Os resultados desta análise indicam que o número de incidência de tabaco teve pico em 2005, depois caiu quase pela metade em 2009, representando a primeira vez que um declínio dessa duração e magnitude foi observado", disse a equipe responsável pelo relatório.
"Entretanto, quase metade dos filmes populares ainda continha imagem de tabaco em 2009, incluindo 54% dos filmes liberados para crianças acima de 13 anos, e o número de incidentes foi mais alto em 2009 do que em 1998", acrescentou o estudo.
Os pesquisadores contaram cada vez que um fumante aparecia nos filmes mais populares entre 1991 e 2009.
"Esta análise mostra que o número de incidência de tabaco aumentou fortemente após o acordo de 1998 entre o Ministério Público e as grandes companhias de cigarro, no qual as empresas se comprometeram a acabar com os anúncios das marcas", disse o documento.
Segundo os pesquisadores, a associação de cinema dos EUA não se empenhou o bastante para combater a presença do tabaco nos filmes, mas alguns estúdios tiveram atitudes voluntárias, como o Viacom, cujos filmes indicados para jovens não poderiam ter cenas com cigarro a partir de 2009.
Fonte: Reuters
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
ABC das Drogas
Álcool
Nome: cerveja, destilados e vinhos
Origem: grão e frutas
Quantidade média ingerida: 350 ml, 45 ml, 90 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, euforia, depressão, diminuição da consciência
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, náusea, inconsciência, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: obesidade, impotência, psicose, úlceras, subnutrição, danos cerebrais e hepáticos, morte
Utilização médica: nenhuma
Alucinógenos
Nome: DMT, escopolamina, LSD, mescalina, noz-moscada, psilocybina, STP
Origem: sintética, mimendro (planta), cactus, moscadeira, cogumelo
Quantidade média ingerida: variável, 5 mg, 150-200 mg, 350 mg, 400 mg, 25 mg
Forma ingestão: oral, inalável, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alteração da percepção, especialmente visual, aumento da energia, alucinações, pânico
Duração: variável
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): ansiedade, alucinações, exaustão, psicose, tremores, vômito, pânico
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: aumento de ilusões e de pânico, psicose
Utilização médica: o LSD e a psilocybina foram testados no tratamento do alcoolismo, drogas, doenças mentais e enxaquecas
Anfetaminas
Nome: benzedrina, dexedrina, methedrina, preludin
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 2,5-5 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): aumento da atenção, excitação, euforia, diminuição do apetite
Duração: 1-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): inquietação, discurso apressado, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais, convulções
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nunhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: insônia, excitação, problemas dermatológicos, subnutrição, ilusões, alucinações, psicose
Utilização médica: na obesidade, depressão, fadiga excessiva, distúrbios do comportamento infantil
Antidepressivos
Nome: tofranil, ritalina, tryptanol
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 10-25 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da depressão, impotência temporária
Duração: 12-14 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): náusea, hipertensão, perda de peso, insônia
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: estupor, coma, convulsões, insuficiência cardíaca congestiva, danos ao fígado e aos glóbulos brancos, morte
Utilização médica: na ansiedade ou supersedação, distúrbios do comportamento infantil
Barbitúricos
Nome: doriden, hidrato de cloral, fenobarbital, nembutal, saconal
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 400 mg, 500 mg, 50-100 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, diminuição da consciência, tontura, coordenção prejudicada, sono
Duração: 4-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): discurso "borrado", mal articulado, estupor, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: sonolência excessiva, confusão, irritabilidade, graves enjôos pela privação
Utilização médica: na insônia, tensão e ataque epilético
Cafeína
Nome: café, chá, refrigerantes
Origem: grão de café, folhas de chá, castanha
Quantidade média ingerida: 1-2 xícaras, 300 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): agitação, insônia, enjôo
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Utilização médica: na supersedação e dor de cabeça
Cocaína
Nome: cocaína
Origem: folhas de coca
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: nasal, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): sensação de auto-confiança, vigor intenso
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): irritabilidade, depressão, psicose
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: danos ao septo nasal e vasos sanguíneos, psicose
Utilização médica: anestésico local
Inalantes
Nome: aerossóis (éter), colas, nitrato de amido, óxido nitroso
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, coordenação prejudicada
Duração: 1-3 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: possível
Efeitos a longo prazo: alucinações, danos ao cérebro, aos ossos, rins e fígado, morte
Utilização médica: dilatação dos vasos sanguíneos, anestésico leve
Cannabis Sativa
Nome: haxixe, maconha, thc
Origem: cannabis, sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia, aumento do apetite
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): pânico, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: fadiga, psicose
Utilização médica: na tensão, depressão, dor de cabeça, falta de apetite
Narcóticos
Nome: codeína, demerol, metadona, morfina, ópio, percodan
Origem: papoula de ópio, papoula de ópio sintética
Quantidade média ingerida: 15-50 mg, 50-150 mg, 05-15 mg, 10 mg
Forma ingestão: oral, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, alívio da dor e da ansiedade, diminuição da consciência, euforia, alucinações
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: latargia, prisão de ventre, perda de peso, esterilidade e impotência temporária, enjôos pela privação
Utilização médica: na tosse, na diarréia, analgésico, combate à heroína
Nicotina
Nome: cachimbos, charutos, cigarro, rapé
Origem: folhas de tabaco
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, contração dos vasos sanguíneos
Duração: 1/2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): dor de cabeça, perda de apetite, náusea
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: respiração prejudicada, doença pulmonar e cardiológica, câncer, morte
Utilização médica: nenhuma (usado em inseticida)
Tranquilizantes
Nome: dienpax, librium, valium
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 5-30 mg, 5-25 mg, 10-40 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da tensão. supressão das alucinações e da agressão, sono
Duração: 12-24 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): sonolência, visão perturbada, discurso "borrado", reação alérgica, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: destruição de células sanguíneas, icterícia, coma, morte
Utilização médica: na tensão, ansiedade, psicose, no alcoolismo
Fonte: ANTI DROGA
Nome: cerveja, destilados e vinhos
Origem: grão e frutas
Quantidade média ingerida: 350 ml, 45 ml, 90 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, euforia, depressão, diminuição da consciência
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, náusea, inconsciência, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: obesidade, impotência, psicose, úlceras, subnutrição, danos cerebrais e hepáticos, morte
Utilização médica: nenhuma
Alucinógenos
Nome: DMT, escopolamina, LSD, mescalina, noz-moscada, psilocybina, STP
Origem: sintética, mimendro (planta), cactus, moscadeira, cogumelo
Quantidade média ingerida: variável, 5 mg, 150-200 mg, 350 mg, 400 mg, 25 mg
Forma ingestão: oral, inalável, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alteração da percepção, especialmente visual, aumento da energia, alucinações, pânico
Duração: variável
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): ansiedade, alucinações, exaustão, psicose, tremores, vômito, pânico
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: aumento de ilusões e de pânico, psicose
Utilização médica: o LSD e a psilocybina foram testados no tratamento do alcoolismo, drogas, doenças mentais e enxaquecas
Anfetaminas
Nome: benzedrina, dexedrina, methedrina, preludin
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 2,5-5 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): aumento da atenção, excitação, euforia, diminuição do apetite
Duração: 1-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): inquietação, discurso apressado, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais, convulções
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nunhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: insônia, excitação, problemas dermatológicos, subnutrição, ilusões, alucinações, psicose
Utilização médica: na obesidade, depressão, fadiga excessiva, distúrbios do comportamento infantil
Antidepressivos
Nome: tofranil, ritalina, tryptanol
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 10-25 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da depressão, impotência temporária
Duração: 12-14 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): náusea, hipertensão, perda de peso, insônia
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: estupor, coma, convulsões, insuficiência cardíaca congestiva, danos ao fígado e aos glóbulos brancos, morte
Utilização médica: na ansiedade ou supersedação, distúrbios do comportamento infantil
Barbitúricos
Nome: doriden, hidrato de cloral, fenobarbital, nembutal, saconal
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 400 mg, 500 mg, 50-100 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, diminuição da consciência, tontura, coordenção prejudicada, sono
Duração: 4-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): discurso "borrado", mal articulado, estupor, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: sonolência excessiva, confusão, irritabilidade, graves enjôos pela privação
Utilização médica: na insônia, tensão e ataque epilético
Cafeína
Nome: café, chá, refrigerantes
Origem: grão de café, folhas de chá, castanha
Quantidade média ingerida: 1-2 xícaras, 300 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): agitação, insônia, enjôo
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Utilização médica: na supersedação e dor de cabeça
Cocaína
Nome: cocaína
Origem: folhas de coca
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: nasal, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): sensação de auto-confiança, vigor intenso
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): irritabilidade, depressão, psicose
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: danos ao septo nasal e vasos sanguíneos, psicose
Utilização médica: anestésico local
Inalantes
Nome: aerossóis (éter), colas, nitrato de amido, óxido nitroso
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, coordenação prejudicada
Duração: 1-3 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: possível
Efeitos a longo prazo: alucinações, danos ao cérebro, aos ossos, rins e fígado, morte
Utilização médica: dilatação dos vasos sanguíneos, anestésico leve
Cannabis Sativa
Nome: haxixe, maconha, thc
Origem: cannabis, sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia, aumento do apetite
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): pânico, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: fadiga, psicose
Utilização médica: na tensão, depressão, dor de cabeça, falta de apetite
Narcóticos
Nome: codeína, demerol, metadona, morfina, ópio, percodan
Origem: papoula de ópio, papoula de ópio sintética
Quantidade média ingerida: 15-50 mg, 50-150 mg, 05-15 mg, 10 mg
Forma ingestão: oral, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, alívio da dor e da ansiedade, diminuição da consciência, euforia, alucinações
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: latargia, prisão de ventre, perda de peso, esterilidade e impotência temporária, enjôos pela privação
Utilização médica: na tosse, na diarréia, analgésico, combate à heroína
Nicotina
Nome: cachimbos, charutos, cigarro, rapé
Origem: folhas de tabaco
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, contração dos vasos sanguíneos
Duração: 1/2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): dor de cabeça, perda de apetite, náusea
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: respiração prejudicada, doença pulmonar e cardiológica, câncer, morte
Utilização médica: nenhuma (usado em inseticida)
Tranquilizantes
Nome: dienpax, librium, valium
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 5-30 mg, 5-25 mg, 10-40 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da tensão. supressão das alucinações e da agressão, sono
Duração: 12-24 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): sonolência, visão perturbada, discurso "borrado", reação alérgica, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: destruição de células sanguíneas, icterícia, coma, morte
Utilização médica: na tensão, ansiedade, psicose, no alcoolismo
Fonte: ANTI DROGA
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Efeitos tóxicos do tabagismo
A fumaça do cigarro contém um número muito grande de substâncias tóxicas ao organismo. Entre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão.
O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como, por exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva etc. Entre outros efeito tóxicos provocados pela nicotina, podemos destacar, ainda, náuseas, dores abdominais, diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, braquicardia e fraqueza.
O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como, por exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva etc. Entre outros efeito tóxicos provocados pela nicotina, podemos destacar, ainda, náuseas, dores abdominais, diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, braquicardia e fraqueza.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Todos contra as drogas ilícitas
Roberto Lent, professor da UFRJ, na primeira reunião (RJ/2010) da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, lançou a seguinte indagação: Drogas: caso de polícia ou de saúde pública? Sem qualquer dúvida, afirmo: de ambas.
É caso de polícia considerando que, no Brasil, o tráfico de drogas domina quase todas as atividades criminosas, especialmente os crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão e seqüestro), atingindo praticamente todas as regiões povoadas do país. Em alguns locais o Estado sequer penetra, pois os traficantes não deixam, seja pela reação armada, seja em virtude dos altos níveis de corrupção de líderes sociais e até mesmo autoridades de segurança pública, que estabelecem a lei do silêncio. Uma verdadeira ameaça à democracia (ONU/2003). Em Cuiabá, 90% dos homicídios estão relacionados ao tráfico de drogas (DHPP/2009).
É uma questão de saúde pública, pois está comprovado, por inúmeros estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que o uso continuado de qualquer droga ilícita causa efeitos nocivos à saúde mental e física do usuário, além de transtornos emocionais (Cotrim & Carlini/1987 e Galduróz/1994). Isso significa dizer que as drogas ilícitas exigem, além de tratamento médico especializado, a adoção de políticas públicas de educação e prevenção, desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Diria que também é um problema social. Só quem tem no seu meio familiar ou presencia o comportamento de um usuário de drogas sabe avaliar o mal que ele provoca, cotidianamente, a seus familiares, vizinhos e todos com quem convive. Por isso, acredito que todo indivíduo que deseja ser respeitado em seus direitos fundamentais (vida, liberdade, igualdade segurança, e propriedade), deve ver as drogas ilícitas como o principal vetor da violência, da desobediência civil e da criminalidade difusa e, em legítima defesa, combater seu comércio e uso sob qualquer pretexto.
A proliferação de drogas ilícitas no Estado já se tornou verdadeira endemia (Reinaldo Coutinho/HJM/2009).
Para alterar esse caótico quadro social, a Polícia Civil lançou e está executando o projeto "De cara limpa contra as drogas". Por sua vez, o governo estadual está implantando o PAS - Plano de Ação de Segurança -, que tem como principal alvo o combate às drogas ilícitas. As primeiras ações já motivaram a União Federal conceber, baseada no Gefron (Grupo Especial de Fronteira), a Pefron (Polícia Especial de Fronteira), para atuação organizada e efetiva contra o tráfico internacional.
Nesse compasso, o MPMT aprovou, em caráter permanente e prioritário, um Programa Antidrogas (Colégio de Procuradores/ julho/10), que visa, sistemática e continuadamente, promover ações judiciais e medidas administrativas de prevenção, tratamento adequado a dependentes e usuários, bem como de combate ao tráfico e ao uso de drogas ilícitas.
Fundamenta-se no trinômio prevenção-tratamento-repressão.
As metas consistem, especialmente, em: priorizar ações penais e cautelares que registrem tráfico ou consumo de drogas; fomentar ações governamentais e atos normativos, nos níveis estadual e municipal; elaborar e executar um plano de ação anual de repressão às drogas ilícitas, mediante diagnóstico de inteligência compartilhado com as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar; articular a participação dos Conselhos Municipais de Segurança Pública, dos Conselhos Tutelares, das Escolas públicas e privadas; firmar termos de cooperação e convênios para execução do programa.
Sua resolutividade pressupõe parcerias institucionais com os órgãos de segurança e saúde do Estado de Mato Grosso, objetivando desde a criação e o funcionamento de unidades de saúde que atendam ao usuário e ao dependente de drogas ilícitas, de delegacias especializadas de repressão às drogas no interior, especialmente nos polos de Rondonópolis, Cáceres, e Sinop, até a criação de um serviço ou agência estadual de inteligência antidrogas.
O programa pretende mostrar ao Judiciário a necessidade de se criar mecanismos que identificam os usuários-traficantes envolvidos com o comércio, em seu sentido amplo, de pequenas quantias de drogas (tráfico formiguinha); articular, no âmbito do e.TJMT, a fixação de competência de uma das Câmaras Criminais para julgar recursos e habeas corpus envolvendo traficantes e usuários-traficantes, inclusive para os plantões judiciários. Mas não é só. Almeja criar o Fundo Estadual Antidrogas, para receber recursos do Fundo Nacional Antidrogas, oriundos de conversões pecuniárias decorrentes de transações penais, de valores decorrentes da perda de dinheiro e bens apreendidos, que foram utilizados no tráfico de drogas ou adquiridos para sua prática, especialmente veículos, embarcações e aeronaves.
Que esse programa - Todos contra as drogas ilícitas - seja um vetor de transformação social, faça parte da rotina permanente de promotores e procuradores de Justiça, a bem das famílias mato-grossenses, e possa reduzir a criminalidade difusa, evitar o consumo de drogas ilícitas e assegurar tratamento digno e eficaz às suas vítimas.
Marcos Henrique Machado é promotor de Justiça e professor de Direito Público na Universidade de Cuiabá (Iune). E-mail: marhen@terra.com.br
Fonte: Gazeta Digital/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
É caso de polícia considerando que, no Brasil, o tráfico de drogas domina quase todas as atividades criminosas, especialmente os crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão e seqüestro), atingindo praticamente todas as regiões povoadas do país. Em alguns locais o Estado sequer penetra, pois os traficantes não deixam, seja pela reação armada, seja em virtude dos altos níveis de corrupção de líderes sociais e até mesmo autoridades de segurança pública, que estabelecem a lei do silêncio. Uma verdadeira ameaça à democracia (ONU/2003). Em Cuiabá, 90% dos homicídios estão relacionados ao tráfico de drogas (DHPP/2009).
É uma questão de saúde pública, pois está comprovado, por inúmeros estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que o uso continuado de qualquer droga ilícita causa efeitos nocivos à saúde mental e física do usuário, além de transtornos emocionais (Cotrim & Carlini/1987 e Galduróz/1994). Isso significa dizer que as drogas ilícitas exigem, além de tratamento médico especializado, a adoção de políticas públicas de educação e prevenção, desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Diria que também é um problema social. Só quem tem no seu meio familiar ou presencia o comportamento de um usuário de drogas sabe avaliar o mal que ele provoca, cotidianamente, a seus familiares, vizinhos e todos com quem convive. Por isso, acredito que todo indivíduo que deseja ser respeitado em seus direitos fundamentais (vida, liberdade, igualdade segurança, e propriedade), deve ver as drogas ilícitas como o principal vetor da violência, da desobediência civil e da criminalidade difusa e, em legítima defesa, combater seu comércio e uso sob qualquer pretexto.
A proliferação de drogas ilícitas no Estado já se tornou verdadeira endemia (Reinaldo Coutinho/HJM/2009).
Para alterar esse caótico quadro social, a Polícia Civil lançou e está executando o projeto "De cara limpa contra as drogas". Por sua vez, o governo estadual está implantando o PAS - Plano de Ação de Segurança -, que tem como principal alvo o combate às drogas ilícitas. As primeiras ações já motivaram a União Federal conceber, baseada no Gefron (Grupo Especial de Fronteira), a Pefron (Polícia Especial de Fronteira), para atuação organizada e efetiva contra o tráfico internacional.
Nesse compasso, o MPMT aprovou, em caráter permanente e prioritário, um Programa Antidrogas (Colégio de Procuradores/ julho/10), que visa, sistemática e continuadamente, promover ações judiciais e medidas administrativas de prevenção, tratamento adequado a dependentes e usuários, bem como de combate ao tráfico e ao uso de drogas ilícitas.
Fundamenta-se no trinômio prevenção-tratamento-repressão.
As metas consistem, especialmente, em: priorizar ações penais e cautelares que registrem tráfico ou consumo de drogas; fomentar ações governamentais e atos normativos, nos níveis estadual e municipal; elaborar e executar um plano de ação anual de repressão às drogas ilícitas, mediante diagnóstico de inteligência compartilhado com as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar; articular a participação dos Conselhos Municipais de Segurança Pública, dos Conselhos Tutelares, das Escolas públicas e privadas; firmar termos de cooperação e convênios para execução do programa.
Sua resolutividade pressupõe parcerias institucionais com os órgãos de segurança e saúde do Estado de Mato Grosso, objetivando desde a criação e o funcionamento de unidades de saúde que atendam ao usuário e ao dependente de drogas ilícitas, de delegacias especializadas de repressão às drogas no interior, especialmente nos polos de Rondonópolis, Cáceres, e Sinop, até a criação de um serviço ou agência estadual de inteligência antidrogas.
O programa pretende mostrar ao Judiciário a necessidade de se criar mecanismos que identificam os usuários-traficantes envolvidos com o comércio, em seu sentido amplo, de pequenas quantias de drogas (tráfico formiguinha); articular, no âmbito do e.TJMT, a fixação de competência de uma das Câmaras Criminais para julgar recursos e habeas corpus envolvendo traficantes e usuários-traficantes, inclusive para os plantões judiciários. Mas não é só. Almeja criar o Fundo Estadual Antidrogas, para receber recursos do Fundo Nacional Antidrogas, oriundos de conversões pecuniárias decorrentes de transações penais, de valores decorrentes da perda de dinheiro e bens apreendidos, que foram utilizados no tráfico de drogas ou adquiridos para sua prática, especialmente veículos, embarcações e aeronaves.
Que esse programa - Todos contra as drogas ilícitas - seja um vetor de transformação social, faça parte da rotina permanente de promotores e procuradores de Justiça, a bem das famílias mato-grossenses, e possa reduzir a criminalidade difusa, evitar o consumo de drogas ilícitas e assegurar tratamento digno e eficaz às suas vítimas.
Marcos Henrique Machado é promotor de Justiça e professor de Direito Público na Universidade de Cuiabá (Iune). E-mail: marhen@terra.com.br
Fonte: Gazeta Digital/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Salmo do Dia - Salmo 91
1 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará.
2 Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.
3 Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste perniciosa.
4 Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.
5 Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia,
6 nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.
7 Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.
8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
9 Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação,
10 nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
12 Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
13 Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
14 Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome.
15 Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.
16 Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha salvação.
2 Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.
3 Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste perniciosa.
4 Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.
5 Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia,
6 nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.
7 Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.
8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
9 Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação,
10 nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
12 Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
13 Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
14 Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome.
15 Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.
16 Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha salvação.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Crack dobra número de bebês abandonados
Nada incomoda mais a assistente social Tatiane Tonetto Pacheco do que fazer lembrancinhas de aniversário de um ano de crianças mantidas em abrigos – uma celebração cada vez mais comum na Fundação de Proteção Especial do Estado. Nos últimos cinco anos, a epidemia de crack no Rio Grande do Sul fez com que dobrasse o número de crianças menores de três anos nas instituições mantidas pela fundação.
O quadro é desolador. Vitimadas pela pedra, as mães, incapazes de criar seus rebentos, se desfazem dos filhos. Sem interessados em recebê-los na família, os bebês acabam nos braços de profissionais como Tatiane.
– A gente promove as festinhas, mas no fundo são festas tristes – conta a assistente social ao juiz Cleber Augusto Tonial, que visitou a instituição na última segunda-feira.
Crianças sofrem com abstinência
Os números ajudam a dimensionar o problema. Do total de 809 crianças e adolescentes protegidos pela fundação, em 2005, 51 (6,91%) tinham menos de três anos. Hoje, os pequenos somam 97 (15,8%) dos 695 – em outras palavras, a fundação presencia o aumento do número de bebês ante a redução do total de abrigados.
Diante da tragédia que se anuncia desde a metade da década, técnicos se estarreceram com recém-nascidos em crise de abstinência.
– Quando eles chegam, apresentam tremedeiras repentinas, um sintoma que os nossos servidores desconheciam. Depois ficamos sabendo que são pequenas convulsões, provocadas por crises de abstinência que as mães tinham quando eles estavam no ventre – descreve Marlene Sauer Wiechoreki, presidente da fundação.
Recentemente, 200 profissionais foram qualificados por psiquiatras para lidar com um público delicado, que precisa de cuidados especiais para superar traumas e agressões sofridas antes mesmo de nascer.
Tatiane destaca um detalhe que agrava a situação dos filhos do crack. Como as famílias são, quase sempre, desestruturadas, torna-se difícil localizar a mãe ou o pai da criança. Sem eles, o processo de destituição familiar, requisito indispensável para que alguém possa adotá-los, leva anos na Justiça.
– Mês que vem, teremos mais uma festinha de um ano – lamenta a assistente social
Fonte: Zero Hora/UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
O quadro é desolador. Vitimadas pela pedra, as mães, incapazes de criar seus rebentos, se desfazem dos filhos. Sem interessados em recebê-los na família, os bebês acabam nos braços de profissionais como Tatiane.
– A gente promove as festinhas, mas no fundo são festas tristes – conta a assistente social ao juiz Cleber Augusto Tonial, que visitou a instituição na última segunda-feira.
Crianças sofrem com abstinência
Os números ajudam a dimensionar o problema. Do total de 809 crianças e adolescentes protegidos pela fundação, em 2005, 51 (6,91%) tinham menos de três anos. Hoje, os pequenos somam 97 (15,8%) dos 695 – em outras palavras, a fundação presencia o aumento do número de bebês ante a redução do total de abrigados.
Diante da tragédia que se anuncia desde a metade da década, técnicos se estarreceram com recém-nascidos em crise de abstinência.
– Quando eles chegam, apresentam tremedeiras repentinas, um sintoma que os nossos servidores desconheciam. Depois ficamos sabendo que são pequenas convulsões, provocadas por crises de abstinência que as mães tinham quando eles estavam no ventre – descreve Marlene Sauer Wiechoreki, presidente da fundação.
Recentemente, 200 profissionais foram qualificados por psiquiatras para lidar com um público delicado, que precisa de cuidados especiais para superar traumas e agressões sofridas antes mesmo de nascer.
Tatiane destaca um detalhe que agrava a situação dos filhos do crack. Como as famílias são, quase sempre, desestruturadas, torna-se difícil localizar a mãe ou o pai da criança. Sem eles, o processo de destituição familiar, requisito indispensável para que alguém possa adotá-los, leva anos na Justiça.
– Mês que vem, teremos mais uma festinha de um ano – lamenta a assistente social
Fonte: Zero Hora/UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
domingo, 15 de agosto de 2010
Passo da Semana (15 a 21/08): 6º- RENASCER
Senhor, RENASÇO no teu Espírito para a Sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. Batiza-me!
Caminhada com Maria celebra padroeira de Fortaleza
O evento será realizado neste domingo, 15. Organização espera cerca de 1 milhão e 500 mil participantes.
A VIII Caminhada com Maria, em comemoração ao Dia de Nossa Senhora da Assunção, será realizada neste domingo, 15. O evento é realizado pela Arquidiocese de Fortaleza para homenagear a padroeira da Capital cearense. O percurso totaliza aproximadamente 12 km. Os organizadores esperam cerca de 1 milhão e 500 mil participantes.
O evento, que conta com o apoio do O POVO, mobilizará 12 guardas municipais do Pelotão da Guarda Comunitária (PGC), além de duas viaturas e quatro motopatrulheiros. A operação terá início às 13 horas e prossegue até o término do evento, previsto para às 20 horas
Ainda em 2003, a Lei nº 8795 inseriu a caminhada no Calendário Oficial do Município de Fortaleza.
Confira a programação:
Domingo, 15 de Agosto
12h - Celebração Eucarística no Santuário de Nossa Senhora da Assunção
14h - Concentração na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
15h - Saída dos fiéis em direção à ponte do Rio Ceará
16h - Chegada no Rio Ceará e partida para a Catedral Metropolitana de Fortaleza
18h30 - Chegada à Catedral, onde ocorrerá a coroação de Nossa Senhora da Assunção.
Fonte: Redação O POVO Online
A VIII Caminhada com Maria, em comemoração ao Dia de Nossa Senhora da Assunção, será realizada neste domingo, 15. O evento é realizado pela Arquidiocese de Fortaleza para homenagear a padroeira da Capital cearense. O percurso totaliza aproximadamente 12 km. Os organizadores esperam cerca de 1 milhão e 500 mil participantes.
O evento, que conta com o apoio do O POVO, mobilizará 12 guardas municipais do Pelotão da Guarda Comunitária (PGC), além de duas viaturas e quatro motopatrulheiros. A operação terá início às 13 horas e prossegue até o término do evento, previsto para às 20 horas
Ainda em 2003, a Lei nº 8795 inseriu a caminhada no Calendário Oficial do Município de Fortaleza.
Confira a programação:
Domingo, 15 de Agosto
12h - Celebração Eucarística no Santuário de Nossa Senhora da Assunção
14h - Concentração na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
15h - Saída dos fiéis em direção à ponte do Rio Ceará
16h - Chegada no Rio Ceará e partida para a Catedral Metropolitana de Fortaleza
18h30 - Chegada à Catedral, onde ocorrerá a coroação de Nossa Senhora da Assunção.
Fonte: Redação O POVO Online
sábado, 14 de agosto de 2010
Maconha, Mesclado e Pitico. Cuidado
Em artigo publicado em ZH, o jornalista Marcos Rolim aborda pesquisa da USP, em que 50 dependentes químicos de crack foram submetidos a tratamento experimental de redução de danos, recebendo em troca do crack a maconha.
Alega que a maconha pode ser porta de saída para a dependência química por drogas pesadas. No dia seguinte, os psiquiatras Félix Kessler e Sérgio de Paula Ramos, que possuem destacada atuação nesta área, imediatamente questionaram a pesquisa. Recentemente, em parceria com a UFRGS e com apoio da RBS, a AMP/RS organizou o I Congresso Internacional Crack e outras Drogas, reunindo especialistas do México, Colômbia, Argentina e do Brasil com objetivo de debater o tema e buscar caminhos para qualificar a atuação no tocante às políticas públicas de prevenção, tratamento e redução da oferta de drogas.
Reunidos, profissionais de diversas áreas (psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, policiais, promotores de justiça, educadores e jornalistas) debateram a questão das drogas e, quase a unanimidade, concluíram ser temerária a ideia de descriminalização do uso da maconha. A experiência geral é a de que a maconha, assim como o álcool, é porta de entrada para drogas mais pesadas. O custo social que elas representam no Brasil, pela incidência direta na violência urbana e doméstica, pelos investimentos em segurança e saúde pública e pela desagregação familiar, faz com que nos preocupemos toda vez que se defende publicamente a descriminalização. Parece óbvio que o poder econômico do tráfico possui ligação direta com o número de usuários. A legislação brasileira criminaliza genericamente o uso de drogas, porém quem define quais são as substâncias proibidas é uma portaria da Agência de Vigilância Sanitária.
Pode-se pensar em, excepcionalmente, permitir a utilização médica como redução de danos. A questão é que atualmente traficantes têm misturado fragmentos de crack na maconha. Em São Paulo chamam de “mesclado” e aqui de “pitico”. A psiquiatra Solange Nappo, da Unifesp, afirmou, durante o mencionado congresso, que em SP praticamente não há mais maconha “pura”. Nossos jovens estão atentos aos malefícios do crack, mas desprevenidos em relação à maconha. Com isso, traficantes têm investido na venda da maconha misturada e estão, indiretamente, os viciando em crack. Registro que toda manifestação a favor da descriminalização da maconha prejudica o difícil e árduo trabalho de prevenção ao uso de drogas.
Fonte: Zero Hora/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Alega que a maconha pode ser porta de saída para a dependência química por drogas pesadas. No dia seguinte, os psiquiatras Félix Kessler e Sérgio de Paula Ramos, que possuem destacada atuação nesta área, imediatamente questionaram a pesquisa. Recentemente, em parceria com a UFRGS e com apoio da RBS, a AMP/RS organizou o I Congresso Internacional Crack e outras Drogas, reunindo especialistas do México, Colômbia, Argentina e do Brasil com objetivo de debater o tema e buscar caminhos para qualificar a atuação no tocante às políticas públicas de prevenção, tratamento e redução da oferta de drogas.
Reunidos, profissionais de diversas áreas (psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, policiais, promotores de justiça, educadores e jornalistas) debateram a questão das drogas e, quase a unanimidade, concluíram ser temerária a ideia de descriminalização do uso da maconha. A experiência geral é a de que a maconha, assim como o álcool, é porta de entrada para drogas mais pesadas. O custo social que elas representam no Brasil, pela incidência direta na violência urbana e doméstica, pelos investimentos em segurança e saúde pública e pela desagregação familiar, faz com que nos preocupemos toda vez que se defende publicamente a descriminalização. Parece óbvio que o poder econômico do tráfico possui ligação direta com o número de usuários. A legislação brasileira criminaliza genericamente o uso de drogas, porém quem define quais são as substâncias proibidas é uma portaria da Agência de Vigilância Sanitária.
Pode-se pensar em, excepcionalmente, permitir a utilização médica como redução de danos. A questão é que atualmente traficantes têm misturado fragmentos de crack na maconha. Em São Paulo chamam de “mesclado” e aqui de “pitico”. A psiquiatra Solange Nappo, da Unifesp, afirmou, durante o mencionado congresso, que em SP praticamente não há mais maconha “pura”. Nossos jovens estão atentos aos malefícios do crack, mas desprevenidos em relação à maconha. Com isso, traficantes têm investido na venda da maconha misturada e estão, indiretamente, os viciando em crack. Registro que toda manifestação a favor da descriminalização da maconha prejudica o difícil e árduo trabalho de prevenção ao uso de drogas.
Fonte: Zero Hora/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Risco de alcoolismo cai com diálogo
Uma conversa de 20 a 40 minutos pode ser o suficiente para evitar que uma pessoa que bebe em excesso se torne um dependente de álcool.
O resultado é de uma técnica chamada intervenção breve, que tem por objetivo identificar indivíduos com comportamentos de risco e dar ferramentas para que possam mudar seus hábitos.
A técnica não é nova mas, pela primeira vez, uma pesquisa brasileira comprova seus benefícios: depois de avaliar mais de 4.000 pacientes, os autores constataram que o risco de a pessoa se tornar dependente do álcool cai 72% após a intervenção.
A metodologia é simples e pode ser aplicada por qualquer profissional da saúde -médicos, enfermeiros, psicólogos, agentes de saúde, entre outros.
No primeiro momento, o paciente responde a um questionário de triagem de álcool, tabaco e outras substâncias, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Esse instrumento classifica o nível de risco do uso de álcool e drogas.
Quando detectado o uso abusivo, o paciente passa pela intervenção breve. Ela é baseada na conscientização do comportamento de risco, na noção de que ele tem responsabilidade pela mudança de seus hábitos e no aconselhamento sobre a função que aquele comportamento desempenha na sua vida.
A conversa também inclui opções sobre o que a pessoa pode fazer para evitar determinada dependência química.
"Trabalhamos a autoconfiança, mostrando que ele é capaz de mudar", diz Maria Lucia Formigoni, uma das autoras do estudo.
A Unifesp vem oferecendo cursos de capacitação que já treinaram mais de 12 mil profissionais da saúde e lideranças religiosas em todo o país.
Fonte: Folha de São Paulo
O resultado é de uma técnica chamada intervenção breve, que tem por objetivo identificar indivíduos com comportamentos de risco e dar ferramentas para que possam mudar seus hábitos.
A técnica não é nova mas, pela primeira vez, uma pesquisa brasileira comprova seus benefícios: depois de avaliar mais de 4.000 pacientes, os autores constataram que o risco de a pessoa se tornar dependente do álcool cai 72% após a intervenção.
A metodologia é simples e pode ser aplicada por qualquer profissional da saúde -médicos, enfermeiros, psicólogos, agentes de saúde, entre outros.
No primeiro momento, o paciente responde a um questionário de triagem de álcool, tabaco e outras substâncias, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Esse instrumento classifica o nível de risco do uso de álcool e drogas.
Quando detectado o uso abusivo, o paciente passa pela intervenção breve. Ela é baseada na conscientização do comportamento de risco, na noção de que ele tem responsabilidade pela mudança de seus hábitos e no aconselhamento sobre a função que aquele comportamento desempenha na sua vida.
A conversa também inclui opções sobre o que a pessoa pode fazer para evitar determinada dependência química.
"Trabalhamos a autoconfiança, mostrando que ele é capaz de mudar", diz Maria Lucia Formigoni, uma das autoras do estudo.
A Unifesp vem oferecendo cursos de capacitação que já treinaram mais de 12 mil profissionais da saúde e lideranças religiosas em todo o país.
Fonte: Folha de São Paulo
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O risco do uso de xaropes
Os xaropes são formulações farmacêuticas que contêm grandes quantidades de açúcares, fazendo com que o líquido fique viscoso e seja responsável pelo transporte da substância medicamentosa que vai trazer o efeito benéfico. Na maioria dos xaropes para tosse, o medicamento ativo é a codeína, substância que vem do ópio, sendo, dessa maneira, um opiáceo natural. Está classificada entre os remédios mais ativos para combater a tosse e, por isso, é chamada de antitussígena ou béquica.
Mas, há outras maneiras de se preparar tais remédios. Em vez de colocá-los em um xarope, faz-se uma solução aquosa, às vezes com um pouco de álcool, tendo assim as chamadas "gotas para tosse".
A substância ativa contida nas gotas geralmente é a codeína. Existem ainda muitos xaropes para tratar a tosse que contêm certas plantas em sua fórmula, como por exemplo, o agrião e o guaco. Esses medicamentos, chamados de fitoterápicos, não têm os efeitos tóxicos da codeína nem causam dependência. O cérebro humano possui uma área chamada centro da tosse que comanda os acessos de tosse. Toda vez que ele é estimulado há emissão de uma ordem para que a pessoa tussa.
A codeína é capaz de inibir ou bloquear esse centro da tosse. Assim, mesmo que haja um estímulo para ativá-lo, o centro, bloqueado pela droga, não reage, ou seja, não dá mais ordem para a pessoa tossir, e a tosse que vinha ocorrendo deixará de existir.
Mas a codeína age em outras regiões do cérebro. Assim outros centros que comandam as funções dos órgãos são também inibidos. Com a codeína, a pessoa sente menos dor, pois ela é um bom analgésico, pode ficar sonolenta, e a pressão sanguínea, o número de batimentos do coração e a respiração podem diminuir.
A codeína possui vários efeitos das drogas do tipo opiáceos. É capaz de contrair a pupila, provocar sensação de má digestão e produzir prisão de ventre. Quando tomada em doses maiores que a terapêutica, produz acentuada depressão das funções cerebrais. Como consequência, a pessoa fica apática, a pressão do sangue cai, o coração funciona com grande lentidão e a respiração torna-se muito fraca. A pele fica fria, já que a temperatura do corpo diminui, e meio azulada ("cianose"), por causa da respiração insuficiente. A pessoa pode ficar em estado de coma, inconsciente e, se não for tratada, pode morrer.
A codeína leva rapidamente o organismo a um estado de tolerância. Isso significa que a pessoa que vem tomando xarope à base de codeína, por vicio, acaba por aumentar cada vez mais a dose diária. Assim, não é incomum saber de casos de pessoas que tomam vários vidros de xaropes ou de gotas para continuar sentindo os mesmos efeitos. E se elas deixam de tomar, estando já dependentes, surgem os sintomas da chamada síndrome de abstinência: calafrios, cãibras, cólicas, coriza, lacrimejamento, inquietação, irritabilidade e insônia, são os sintomas mais comuns.
Os xaropes e as gotas á base de codeína podem ser vendidos nas farmácias brasileiras somente com a apresentação da receita do remédio, que fica retida para posterior controle. Infelizmente, isso nem sempre acontece.
Fonte: O Tempo
Mas, há outras maneiras de se preparar tais remédios. Em vez de colocá-los em um xarope, faz-se uma solução aquosa, às vezes com um pouco de álcool, tendo assim as chamadas "gotas para tosse".
A substância ativa contida nas gotas geralmente é a codeína. Existem ainda muitos xaropes para tratar a tosse que contêm certas plantas em sua fórmula, como por exemplo, o agrião e o guaco. Esses medicamentos, chamados de fitoterápicos, não têm os efeitos tóxicos da codeína nem causam dependência. O cérebro humano possui uma área chamada centro da tosse que comanda os acessos de tosse. Toda vez que ele é estimulado há emissão de uma ordem para que a pessoa tussa.
A codeína é capaz de inibir ou bloquear esse centro da tosse. Assim, mesmo que haja um estímulo para ativá-lo, o centro, bloqueado pela droga, não reage, ou seja, não dá mais ordem para a pessoa tossir, e a tosse que vinha ocorrendo deixará de existir.
Mas a codeína age em outras regiões do cérebro. Assim outros centros que comandam as funções dos órgãos são também inibidos. Com a codeína, a pessoa sente menos dor, pois ela é um bom analgésico, pode ficar sonolenta, e a pressão sanguínea, o número de batimentos do coração e a respiração podem diminuir.
A codeína possui vários efeitos das drogas do tipo opiáceos. É capaz de contrair a pupila, provocar sensação de má digestão e produzir prisão de ventre. Quando tomada em doses maiores que a terapêutica, produz acentuada depressão das funções cerebrais. Como consequência, a pessoa fica apática, a pressão do sangue cai, o coração funciona com grande lentidão e a respiração torna-se muito fraca. A pele fica fria, já que a temperatura do corpo diminui, e meio azulada ("cianose"), por causa da respiração insuficiente. A pessoa pode ficar em estado de coma, inconsciente e, se não for tratada, pode morrer.
A codeína leva rapidamente o organismo a um estado de tolerância. Isso significa que a pessoa que vem tomando xarope à base de codeína, por vicio, acaba por aumentar cada vez mais a dose diária. Assim, não é incomum saber de casos de pessoas que tomam vários vidros de xaropes ou de gotas para continuar sentindo os mesmos efeitos. E se elas deixam de tomar, estando já dependentes, surgem os sintomas da chamada síndrome de abstinência: calafrios, cãibras, cólicas, coriza, lacrimejamento, inquietação, irritabilidade e insônia, são os sintomas mais comuns.
Os xaropes e as gotas á base de codeína podem ser vendidos nas farmácias brasileiras somente com a apresentação da receita do remédio, que fica retida para posterior controle. Infelizmente, isso nem sempre acontece.
Fonte: O Tempo
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Mais um Grupo da Pastoral da Sobriedade
Nos dias 3 e 4 de Julho de 2010, ouve a implantação do 1º grupo da Pastoral da Sobriedade, desta vez na cidade de Morrinhos, que faz parte da Diocese de Sobral/CE.
Fotos do evento:
Fotos do evento:
Na Rádio Princesa do Vale acontece todos os Sábados às 16:00hs o "Programa de Vida Nova", realizado pela Pastoral da Sobriedade.
Mesa Redonda
Peça de Teatro: "Jesus o Salvador".
Novos agentes da sobriedade em Morrinhos
Agradecimentos:
Pe. Jacó - Paroco da Paróquia do Sagrado Coração de Maria
Comunidade que se fez presente.
Aos Agentes pioneiros da Pastoral da Sobriedade da cidade de Morrinhos
(Iran, SandroWelligton e Valdecir);
Equipe Arquidiocesana de Fortaleza
(Rogério Melo. Luiz Alberto, Ten. Brasil, Hilton e "fabinho").
"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".
terça-feira, 10 de agosto de 2010
A palavra é DOGMA
Dogma é uma palavra grega. Etimologicamente exprime pensamento, princípio ou doutrina. Tem sua origem na palavra dokein, que significa “o que nos parece bom”, e também “pensar, opinar”. Essa raiz grega também compõe outras palavras como, por exemplo, ortodoxia (opinião ou doutrina correta, pois orthós significa reto, correto), heterodoxia (doutrina contrária, em que hétero quer dizer outro, distinto, contrário) e paradoxo (opinião contrária à comum).
O Dicionário de Teologia (Loyola, 1970) nos diz que o termo dogma provém do ambiente filosófico e jurídico. Na filosofia, os princípios transmitidos pelas escolas filosóficas eram chamados de dogmata (em latim foi traduzido por “decreto”). No âmbito jurídico, dogma era utilizado para referir-se ao ensinamento de uma autoridade legítima, sendo muitas vezes utilizado como sinônimo de lei, decreto ou disposições.
Essa palavra foi incorporada pela Igreja. No Novo Testamento, Paulo utiliza a palavra dogmata para se referir às prescrições e às leis do Antigo Testamento (Ef 2,14-15). Os padres da Igreja adotaram a palavra dogma como sinônimo de “artigo de fé, de doutrina proclamada solenemente” (Inácio de Antioquia). No Concílio Vaticano I (1869-1870), a palavra dogma ganhou o significado que hoje conhecemos.
Hoje a Igreja entende que o dogma é o pronunciamento formal, definitivo e infalível das verdades da fé e da moral, proclamados pelo Magistério da Igreja, ou seja, o Papa ou o Concílio Ecumênico com o Papa (Código de Direito Canônico, 749). De uma forma mais simples e pedagógica, o Catecismo da Igreja Católica definiu os dogmas como “luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro” (CIC 89).
Dogmas marianos:
1 – Maria, Mãe de Deus
2 – Virgindade perpétua de Maria
3 – Imaculada Conceição
4 – Assunção de Maria
Fonte: Rev. Ave Maria
O Dicionário de Teologia (Loyola, 1970) nos diz que o termo dogma provém do ambiente filosófico e jurídico. Na filosofia, os princípios transmitidos pelas escolas filosóficas eram chamados de dogmata (em latim foi traduzido por “decreto”). No âmbito jurídico, dogma era utilizado para referir-se ao ensinamento de uma autoridade legítima, sendo muitas vezes utilizado como sinônimo de lei, decreto ou disposições.
Essa palavra foi incorporada pela Igreja. No Novo Testamento, Paulo utiliza a palavra dogmata para se referir às prescrições e às leis do Antigo Testamento (Ef 2,14-15). Os padres da Igreja adotaram a palavra dogma como sinônimo de “artigo de fé, de doutrina proclamada solenemente” (Inácio de Antioquia). No Concílio Vaticano I (1869-1870), a palavra dogma ganhou o significado que hoje conhecemos.
Hoje a Igreja entende que o dogma é o pronunciamento formal, definitivo e infalível das verdades da fé e da moral, proclamados pelo Magistério da Igreja, ou seja, o Papa ou o Concílio Ecumênico com o Papa (Código de Direito Canônico, 749). De uma forma mais simples e pedagógica, o Catecismo da Igreja Católica definiu os dogmas como “luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro” (CIC 89).
Dogmas marianos:
1 – Maria, Mãe de Deus
2 – Virgindade perpétua de Maria
3 – Imaculada Conceição
4 – Assunção de Maria
Fonte: Rev. Ave Maria
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Além de reduzir desempenho sexual, tabaco afeta a fertilidade
Mulheres que não fumam têm o dobro de chances de engravidar, quando comparadas às fumantes.
Assim como já é advertido aos usuários nas caixas de cigarro, o tabagismo prejudica o desempenho sexual, pois diminui o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais, interferindo negativamente na ereção masculina e lubrificação vaginal da mulher. Além disso, o hábito de fumar também pode afetar a capacidade de concepção. Mulheres que não fumam têm o dobro de chances de engravidar, quando comparadas às fumantes.
— No caso dos homens os dados ainda são inconclusivos, mas estudos sugerem que o tabagismo diminui o desejo sexual e afeta o número, a mobilidade e a morfologia dos espermatozóides — afirma André Malbergier, professor doutor e colaborador do Depto. de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Estudos importantes apresentam a relação entre o tabagismo e disfunção erétil , como por exemplo, o Massachusetts Male Aging Study, realizado nos Estados Unidos, que encontrou o dobro de chance de disfunção moderada ou completa em indivíduos que fumam há aproximadamente 10 anos. A tendência dos fumantes que ainda não estão motivados e preparados para parar de fumar é minimizar ou ignorar os dados que mostrem essa relação por meio de mecanismos de defesa psicológicos.
— Porém, esse fato pode ser um ´gancho´ para o tratamento e aumento da motivação dos fumantes. Já para os motivados, esses dados podem servir como um incentivo maior para a abstinência — diz o professor.
De acordo com a professora doutora Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, nas últimas décadas, com as mudanças de políticas públicas, incluindo a criação da lei antifumo, que proíbe que se fume em ambientes fechados de uso coletivo, há maior estímulo para mudanças de comportamento e procura por tratamento adequado.
— Muitos fumantes ainda desconhecem o tabagismo como fator de risco para a disfunção erétil. Por outro lado, a conscientização crescente da importância do problema e o surgimento de tratamentos mais eficazes são os grandes responsáveis pela mudança que já se percebe neste cenário — diz Carmita.
Recente pesquisa do Ministério da Saúde revelou entretanto que o número de fumantes vem caindo. De 2006 a 2009, o percentual de fumantes da população brasileira caiu de 16,2% para 15,5%.
Fonte: Bem-Estar/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Assim como já é advertido aos usuários nas caixas de cigarro, o tabagismo prejudica o desempenho sexual, pois diminui o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais, interferindo negativamente na ereção masculina e lubrificação vaginal da mulher. Além disso, o hábito de fumar também pode afetar a capacidade de concepção. Mulheres que não fumam têm o dobro de chances de engravidar, quando comparadas às fumantes.
— No caso dos homens os dados ainda são inconclusivos, mas estudos sugerem que o tabagismo diminui o desejo sexual e afeta o número, a mobilidade e a morfologia dos espermatozóides — afirma André Malbergier, professor doutor e colaborador do Depto. de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Estudos importantes apresentam a relação entre o tabagismo e disfunção erétil , como por exemplo, o Massachusetts Male Aging Study, realizado nos Estados Unidos, que encontrou o dobro de chance de disfunção moderada ou completa em indivíduos que fumam há aproximadamente 10 anos. A tendência dos fumantes que ainda não estão motivados e preparados para parar de fumar é minimizar ou ignorar os dados que mostrem essa relação por meio de mecanismos de defesa psicológicos.
— Porém, esse fato pode ser um ´gancho´ para o tratamento e aumento da motivação dos fumantes. Já para os motivados, esses dados podem servir como um incentivo maior para a abstinência — diz o professor.
De acordo com a professora doutora Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, nas últimas décadas, com as mudanças de políticas públicas, incluindo a criação da lei antifumo, que proíbe que se fume em ambientes fechados de uso coletivo, há maior estímulo para mudanças de comportamento e procura por tratamento adequado.
— Muitos fumantes ainda desconhecem o tabagismo como fator de risco para a disfunção erétil. Por outro lado, a conscientização crescente da importância do problema e o surgimento de tratamentos mais eficazes são os grandes responsáveis pela mudança que já se percebe neste cenário — diz Carmita.
Recente pesquisa do Ministério da Saúde revelou entretanto que o número de fumantes vem caindo. De 2006 a 2009, o percentual de fumantes da população brasileira caiu de 16,2% para 15,5%.
Fonte: Bem-Estar/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
domingo, 8 de agosto de 2010
Como parar de fumar é a principal dúvida da população
Tabagismo representa 16,3% dos 2,8 milhões de ligações feitas ao serviço telefônico do Ministério da Saúde.
Como parar de fumar é a principal dúvida da população, mostra levantamento inédito, feito a pedido do iG, com base nos 2,8 milhões de ligações recebidas pelo Disque-Saúde durante o primeiro semestre deste ano.
O serviço telefônico gratuito, mantido pelo Ministério da Saúde, funciona como um guia para a população encontrar respostas sobre as doenças de vários tipos. Estratégias para abandonar o vício do tabaco somaram 456.580 telefonemas, à frente de dúvidas sobre câncer, aids, rubéola e doação de órgãos (os outros temas mais acessados).
Em segundo lugar nas dúvidas de saúde dos brasileiros aparece a “saúde da mulher” e, neste pacote, as questões ligadas à maternidade lideraram os motivos para a população acionar o Disque-Saúde.
Vilão
A liderança do tabagismo entre as dúvidas pode ser explicada pelos impactos diversos do fumo no organismo. Não importa qual é o diagnóstico. De alguma forma, a doença sempre é relacionada ao cigarro, culpado de problemas de saúde tão variados que é difícil imaginar uma recomendação médica que não inclua “apagar a bituca” como essencial no tratamento ou na prevenção.
“O cigarro é fator de preocupação universal, não importa a região do País”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jorge Ilha Guimarães, durante o Fórum de Saúde do Homem. “Há interferência não só nas questões cardíacas, mas pulmonares, oncológicas, gástricas e em várias outras especialidades”, completou.
Atualmente, o hábito de fumar está presente em 15,4% da população brasileira, segundo apurou o levantamento de fatores de risco nacional, chamado Vigitel, sendo mais prevalente entre os homens (19%) do que entre as mulheres (12,5%). Abandonar o vício não é tarefa fácil e persiste, em alguns casos, mesmo após o corpo dar sinais das consequências mais extremas creditadas ao tabagismo. Em 2008, um trabalho apresentado no Congresso Americano de Cardiologia mostrou que 55% das pessoas com menos de 50 anos que infartavam, continuavam fumando.
O Disque-Saúde:
O Disque Saúde (0800 61 1997) é o principal canal de atendimento do Ministério da Saúde às dúvidas da população. O serviço conta com dois tipos de atendimento, um eletrônico, chamado de Unidade de Respostas Audível (URA), e outro com interação de um teleatendente. O primeiro funciona ininterruptamente; e o segundo, das 7h às 19h, durante os dias úteis.
Ranking de assuntos mais procurados em 2010:
1) Tabagismo: 456.580 ligações*
* Dentro do menu tabagismo, os assuntos mais acessados foram: como parar de fumar, como ajudar alguém a parar de fumar, benefícios ao parar de fumar e sintomas que podem aparecer ao parar de fumar;
2) Saúde da Mulher: 304.747 ligações
3) Aids/DST: 199.347 ligações
4) Saúde do Homem: 99.428 ligações
5) Campanha Pratique Saúde: 82.986 ligações
6) Rubéola: 62.601 ligações
7) Câncer: 55.395 ligações
8) Planejamento familiar: 34.458 ligações
9) Doação de órgãos: 33.691 ligações
10) Tuberculose: 23.283 ligações
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) preparou uma cartilha com dicas para parar de fumar.
Fonte: Último Segundo/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Como parar de fumar é a principal dúvida da população, mostra levantamento inédito, feito a pedido do iG, com base nos 2,8 milhões de ligações recebidas pelo Disque-Saúde durante o primeiro semestre deste ano.
O serviço telefônico gratuito, mantido pelo Ministério da Saúde, funciona como um guia para a população encontrar respostas sobre as doenças de vários tipos. Estratégias para abandonar o vício do tabaco somaram 456.580 telefonemas, à frente de dúvidas sobre câncer, aids, rubéola e doação de órgãos (os outros temas mais acessados).
Em segundo lugar nas dúvidas de saúde dos brasileiros aparece a “saúde da mulher” e, neste pacote, as questões ligadas à maternidade lideraram os motivos para a população acionar o Disque-Saúde.
Vilão
A liderança do tabagismo entre as dúvidas pode ser explicada pelos impactos diversos do fumo no organismo. Não importa qual é o diagnóstico. De alguma forma, a doença sempre é relacionada ao cigarro, culpado de problemas de saúde tão variados que é difícil imaginar uma recomendação médica que não inclua “apagar a bituca” como essencial no tratamento ou na prevenção.
“O cigarro é fator de preocupação universal, não importa a região do País”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jorge Ilha Guimarães, durante o Fórum de Saúde do Homem. “Há interferência não só nas questões cardíacas, mas pulmonares, oncológicas, gástricas e em várias outras especialidades”, completou.
Atualmente, o hábito de fumar está presente em 15,4% da população brasileira, segundo apurou o levantamento de fatores de risco nacional, chamado Vigitel, sendo mais prevalente entre os homens (19%) do que entre as mulheres (12,5%). Abandonar o vício não é tarefa fácil e persiste, em alguns casos, mesmo após o corpo dar sinais das consequências mais extremas creditadas ao tabagismo. Em 2008, um trabalho apresentado no Congresso Americano de Cardiologia mostrou que 55% das pessoas com menos de 50 anos que infartavam, continuavam fumando.
O Disque-Saúde:
O Disque Saúde (0800 61 1997) é o principal canal de atendimento do Ministério da Saúde às dúvidas da população. O serviço conta com dois tipos de atendimento, um eletrônico, chamado de Unidade de Respostas Audível (URA), e outro com interação de um teleatendente. O primeiro funciona ininterruptamente; e o segundo, das 7h às 19h, durante os dias úteis.
Ranking de assuntos mais procurados em 2010:
1) Tabagismo: 456.580 ligações*
* Dentro do menu tabagismo, os assuntos mais acessados foram: como parar de fumar, como ajudar alguém a parar de fumar, benefícios ao parar de fumar e sintomas que podem aparecer ao parar de fumar;
2) Saúde da Mulher: 304.747 ligações
3) Aids/DST: 199.347 ligações
4) Saúde do Homem: 99.428 ligações
5) Campanha Pratique Saúde: 82.986 ligações
6) Rubéola: 62.601 ligações
7) Câncer: 55.395 ligações
8) Planejamento familiar: 34.458 ligações
9) Doação de órgãos: 33.691 ligações
10) Tuberculose: 23.283 ligações
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) preparou uma cartilha com dicas para parar de fumar.
Fonte: Último Segundo/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
sábado, 7 de agosto de 2010
Lei Antifumo tem 99,78% de adesão
A Lei Antifumo no Estado comemora um ano amanhã com adesão de praticamente todos os estabelecimentos fechados e de uso coletivo (99,78%), e com apoio da maioria da população.
Números da Secretaria de Estado da Saúde mostram que foram realizadas 360.741 inspeções, até o dia 31 de julho, com 822 multas aplicadas. Destes números, 12.268 fiscalizações ocorreram no Grande ABC que resultaram em 25 multas. Isso representa 3% do total de autuações no Estado e descumprimento baixo (0,2 %).
Na Capital foram visitados 92.065 locais e houve 395 multas. Litoral, interior e Grande São Paulo somaram 268.676 visitas e 427 autuações. Além do cigarro, a lei baniu charutos e cigarrilhas de lugares como bares, restaurantes, empresas, lanchonetes e boates. "A lei é perfeita. Quem não é fumante não deve ser obrigado a ficar em um mesmo ambiente com gente fumando. E é um incentivo a mais para quem quer deixar o vício", opinou o advogado Edson Torrente, 41 anos. Fumante desde os 13 anos, Edson consome um maço por dia - um gasto mensal com o vício que varia entre R$ 100 a R$ 140. "Tem dia que fumo até mais de um maço. Já tentei parar e não consegui, como quase todo fumante", concluiu.
OUTRO AMBIENTE:
Não foi somente a clientela que aprovou a nova lei. "Agora a picanha tem cheiro de picanha. Trabalhamos até com mais disposição. O ambiente é outro", disse o garçom Moisés Caldeira de Oliveira, 47, que há 30 trabalha em bares e restaurantes. Já seu colega, Valdeilson Oliveira Alves, 24, que há 13 anos trabalha como garçom, lembrou do cheiro. "Antes a gente chegava em casa com as roupas cheirando a cinzeiro. Agora melhorou muito o local de trabalho", contou.
Estudo realizado pelo Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em 700 estabelecimentos, constatou que houve redução de até 73,5% nos níveis de monóxido de carbono no interior desses ambientes.
Alguns locais tiveram de se adequar à nova legislação e realizar reformas. "Tivemos um gasto de uns R$ 8 mil numa reforma para ter mais mesas e criar fumódromo razoável. A maior reclamação dos fumantes é não poder fumar bebendo sua cervejinha. Por isso, fizemos um local descoberto e isolado com vidro onde é possível levar o copo", declarou Cátia Bueno, 38, gerente há dois anos de um bar no bairro Jardim, em Santo André.
Segundo ela, o movimento caiu drasticamente quando foi implantada a lei mas vem melhorando gradualmente. "Não voltou a ser o que era. Tem muito fumante que deixou de frequentar bares mais visados como o nosso. Preferem os dos bairros, onde não chega a fiscalização", observou Cátia.
Fonte: Diário do Grande ABC/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).
Números da Secretaria de Estado da Saúde mostram que foram realizadas 360.741 inspeções, até o dia 31 de julho, com 822 multas aplicadas. Destes números, 12.268 fiscalizações ocorreram no Grande ABC que resultaram em 25 multas. Isso representa 3% do total de autuações no Estado e descumprimento baixo (0,2 %).
Na Capital foram visitados 92.065 locais e houve 395 multas. Litoral, interior e Grande São Paulo somaram 268.676 visitas e 427 autuações. Além do cigarro, a lei baniu charutos e cigarrilhas de lugares como bares, restaurantes, empresas, lanchonetes e boates. "A lei é perfeita. Quem não é fumante não deve ser obrigado a ficar em um mesmo ambiente com gente fumando. E é um incentivo a mais para quem quer deixar o vício", opinou o advogado Edson Torrente, 41 anos. Fumante desde os 13 anos, Edson consome um maço por dia - um gasto mensal com o vício que varia entre R$ 100 a R$ 140. "Tem dia que fumo até mais de um maço. Já tentei parar e não consegui, como quase todo fumante", concluiu.
OUTRO AMBIENTE:
Não foi somente a clientela que aprovou a nova lei. "Agora a picanha tem cheiro de picanha. Trabalhamos até com mais disposição. O ambiente é outro", disse o garçom Moisés Caldeira de Oliveira, 47, que há 30 trabalha em bares e restaurantes. Já seu colega, Valdeilson Oliveira Alves, 24, que há 13 anos trabalha como garçom, lembrou do cheiro. "Antes a gente chegava em casa com as roupas cheirando a cinzeiro. Agora melhorou muito o local de trabalho", contou.
Estudo realizado pelo Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em 700 estabelecimentos, constatou que houve redução de até 73,5% nos níveis de monóxido de carbono no interior desses ambientes.
Alguns locais tiveram de se adequar à nova legislação e realizar reformas. "Tivemos um gasto de uns R$ 8 mil numa reforma para ter mais mesas e criar fumódromo razoável. A maior reclamação dos fumantes é não poder fumar bebendo sua cervejinha. Por isso, fizemos um local descoberto e isolado com vidro onde é possível levar o copo", declarou Cátia Bueno, 38, gerente há dois anos de um bar no bairro Jardim, em Santo André.
Segundo ela, o movimento caiu drasticamente quando foi implantada a lei mas vem melhorando gradualmente. "Não voltou a ser o que era. Tem muito fumante que deixou de frequentar bares mais visados como o nosso. Preferem os dos bairros, onde não chega a fiscalização", observou Cátia.
Fonte: Diário do Grande ABC/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Consumo de emagrecedor despenca após restrições
As vendas de inibidores de apetite com sibutramina caíram 60% neste ano, quando passaram a ser controladas. Até então, a droga era a mais usada para perder peso.
Para comprá-la, é preciso a receita azul, numerada e emitida pela Vigilância Sanitária de cada região -antes, bastava a branca. O remédio passou a ter tarja preta.
O objetivo da mudança era diminuir o consumo do emagrecedor que, segundo estudos, aumenta em 16% o risco cardiovascular não fatal.
A pedido da Folha, o instituto IMS Health do Brasil, consultoria especializada no mercado farmacêutico, levantou as vendas de sibutramina nos primeiros semestres de 2009 e deste ano.
Entre abril e junho deste ano, houve queda de 60,19% (de 1.628.350 unidades para 648.243) em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No Brasil, 22 laboratórios comercializam a droga, sob os nomes de Reductil, Plenty, Saciette, Biomag, Vazy, Slenfig e Sibutran, entre outros.
Para Dirceu Raposo de Mello, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a queda nas vendas demonstra que havia um exagero na indicação. "Muito do que era prescrito não era necessário."
O médico Marcio Mancini, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Síndrome Metabólica, discorda de que havia consumo exagerado. Ele diz que a maioria dos obesos ainda não é tratada e atribui a queda ao aumento da burocracia para a compra do remédio.
Na opinião dele, médicos que prescreviam a sibutramina ocasionalmente (como ginecologistas e cardiologistas) deixaram de fazê-lo em razão das dificuldades para conseguir o receituário azul.
"É preciso ir até a Secretaria da Saúde, pegar a numeração, mandar fazer os bloquinhos na gráfica. É muito trabalho", conta.
Fonte: Folha de São Paulo
Para comprá-la, é preciso a receita azul, numerada e emitida pela Vigilância Sanitária de cada região -antes, bastava a branca. O remédio passou a ter tarja preta.
O objetivo da mudança era diminuir o consumo do emagrecedor que, segundo estudos, aumenta em 16% o risco cardiovascular não fatal.
A pedido da Folha, o instituto IMS Health do Brasil, consultoria especializada no mercado farmacêutico, levantou as vendas de sibutramina nos primeiros semestres de 2009 e deste ano.
Entre abril e junho deste ano, houve queda de 60,19% (de 1.628.350 unidades para 648.243) em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No Brasil, 22 laboratórios comercializam a droga, sob os nomes de Reductil, Plenty, Saciette, Biomag, Vazy, Slenfig e Sibutran, entre outros.
Para Dirceu Raposo de Mello, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a queda nas vendas demonstra que havia um exagero na indicação. "Muito do que era prescrito não era necessário."
O médico Marcio Mancini, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Síndrome Metabólica, discorda de que havia consumo exagerado. Ele diz que a maioria dos obesos ainda não é tratada e atribui a queda ao aumento da burocracia para a compra do remédio.
Na opinião dele, médicos que prescreviam a sibutramina ocasionalmente (como ginecologistas e cardiologistas) deixaram de fazê-lo em razão das dificuldades para conseguir o receituário azul.
"É preciso ir até a Secretaria da Saúde, pegar a numeração, mandar fazer os bloquinhos na gráfica. É muito trabalho", conta.
Fonte: Folha de São Paulo
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Santo do Dia - Santa Afra, Mártir
Era Prostituta e vivia com grande luxo quando recebeu a graça de se converter ao cristianismo e mudou radicalmente de vida. A notícia espalhou-se logo pela cidade de Augsburg, onde ela vivia e era muito conhecida. Chamada pelas autoridades pagãs, deram-lhe ordem de sacrificar aos deuses, mas ela recusou dizendo que não queria acrescentar mais um pecado aos muitos que já havia cometido. Foi queimada viva por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: Santo do Dia
Fonte: Santo do Dia
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Está no Ar
Assim como o Blog da Sobriedade Fortaleza, já está no ar também o Blog da Pastoral da Sobriedade Regional Nordeste I.
Aqui vc vai ficar por dentro de tudo que acontece nas cidades do Ceará por onde a Pastoral da Sobriedade se faz parte, através dos seus Grupos de Auto Ajuda...
"Quem sabe lidar com a vida, não entra nas drogas"
“Sobriedade e Paz; só por hoje, graças a Deus.”
Aqui vc vai ficar por dentro de tudo que acontece nas cidades do Ceará por onde a Pastoral da Sobriedade se faz parte, através dos seus Grupos de Auto Ajuda...
"Quem sabe lidar com a vida, não entra nas drogas"
“Sobriedade e Paz; só por hoje, graças a Deus.”
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