Uma conversa de 20 a 40 minutos pode ser o suficiente para evitar que uma pessoa que bebe em excesso se torne um dependente de álcool.
O resultado é de uma técnica chamada intervenção breve, que tem por objetivo identificar indivíduos com comportamentos de risco e dar ferramentas para que possam mudar seus hábitos.
A técnica não é nova mas, pela primeira vez, uma pesquisa brasileira comprova seus benefícios: depois de avaliar mais de 4.000 pacientes, os autores constataram que o risco de a pessoa se tornar dependente do álcool cai 72% após a intervenção.
A metodologia é simples e pode ser aplicada por qualquer profissional da saúde -médicos, enfermeiros, psicólogos, agentes de saúde, entre outros.
No primeiro momento, o paciente responde a um questionário de triagem de álcool, tabaco e outras substâncias, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Esse instrumento classifica o nível de risco do uso de álcool e drogas.
Quando detectado o uso abusivo, o paciente passa pela intervenção breve. Ela é baseada na conscientização do comportamento de risco, na noção de que ele tem responsabilidade pela mudança de seus hábitos e no aconselhamento sobre a função que aquele comportamento desempenha na sua vida.
A conversa também inclui opções sobre o que a pessoa pode fazer para evitar determinada dependência química.
"Trabalhamos a autoconfiança, mostrando que ele é capaz de mudar", diz Maria Lucia Formigoni, uma das autoras do estudo.
A Unifesp vem oferecendo cursos de capacitação que já treinaram mais de 12 mil profissionais da saúde e lideranças religiosas em todo o país.
Fonte: Folha de São Paulo
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