As bebidas alcoólicas estão cada vez mais presentes na rotina dos adolescentes. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques de álcool em festas de formatura, baladas com "open bar" ou bares.
Apesar de ser proibido vender ou fornecer bebida alcoólica a adolescentes e crianças, a bebida é adquirida sem restrição. Um problema que preocupa profissionais de saúde, pais e educadores.
Na opinião do 1º tenente da Polícia Militar de Minas Gerais e secretário da 5ª Região de Polícia Militar, Flávio Jackson Ferreira Santiago e autor do livro "Comunidades Blindadas", há muito se fala na coibição das drogas ilícitas como maconha, crack, cocaína, merla, ecstasy, dentre outras. Pesquisas recentes constatam que o álcool é a droga mais usada pelos adolescentes. "Acredito que muito tem sido feito contra as drogas que assolam a nossa humanidade". Pena que o "bicho papão" é bem maior do que se imagina.
Trata-se de um problema que, apesar do tratamento local, necessita de uma visão global. Um mal que não escolhe suas vítimas. Atinge ao rico, ao pobre, ao negro, ao branco, aos homens, as mulheres e as crianças. Um risco que se traveste nos costumes de nossa sociedade é o álcool, pondera.
O tenente Santiago revela que, segundo pesquisas, os dados são temas preocupantes. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação porque isso ocorre cada vez mais cedo. "Segundo pesquisas, o fenômeno é sinal de alerta. O que eles não sabem é que o álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas", ressalta.
Santiago considera que promover festas de 15 anos com álcool é algo extremamente equivocado. Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. Por dia, morrem diversas pessoas em virtude do uso excessivo de álcool. Algumas ceifam a própria vida, outras destroem famílias através de homicídios "culposos", principalmente no trânsito. O álcool mata muito mais que qualquer outra droga que acreditamos conhecer. E o pior, entra na nossa casa pela televisão, pela internet, pelos costumes e, às vezes, por herança. O marketing é estratosférico, nossos governantes devem investir mais em campanhas educativas para coibir o uso do álcool. "Beba com moderação" virou uma frase daquelas que intitulamos "clichê". Por isto, eu aconselho, viva com moderação, finaliza.
Balada - A reportagem do JU esteve em algumas festas "open bar" nos últimos fins de semana e constatou que os responsáveis não exigem a identificação na entrada e nem ao fornecer bebidas alcoólicas.
Fonte: Jornal de UBERABA
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