O alcoolismo feminino é transmitido de uma geração para outra? – Sim.
As mulheres alcoolistas aprendem com suas mães, também alcoolistas, que o uso do álcool é uma das formas de lidar com problemas diários, como a violência familiar.
Em que momento o alcolismo feminino aparece? – Este problema vem aumentando cada vez mais nos últimos anos.
Com a saída da mulher para o mercado de trabalho e a conquista de direitos iguais, hoje o beber feminino é muito mais aceito socialmente, o que torna comum o contato das mulheres com a bebida.
Na maioria das vezes, elas iniciam um uso abusivo do álcool a partir de eventos traumáticos, como perda de filhos, crise e separação conjugal, por exemplo.
E qual é a diferença entre o alcoolismo masculino e o feminino? – Existem poucos estudos no Brasil focando só a população feminina.As mulheres desenvolvem a doença mais rapidamente que os homens e sofrem mais com os efeitos físicos decorrentes do alcoolismo.
E o tratamento? – Estudos vêm demonstrando que a mulher se beneficia muito mais de tratamentos exclusivos, sem homens, e que envolvam a discussão de temas relacionados ao universo feminino, como filhos, relacionamentos, sexualidade, entre outros.
Como a pessoa identifica estar em um ciclo familiar propício para o desenvolvimento do alcoolismo? – A família não determina por si só a deflagração do alcoolismo.
No entanto, os conflitos são um fator de risco importante no desenvolvimento da dependência.
São famílias superenvolvidas, ou seja, famílias nas quais não existe espaço para a individualidade dos membros.Todos invadem a privacidade de todos, e os filhos têm dificuldade de se estabelecerem na vida adulta, já que são extremamente dependentes dos pais.
Famílias nas quais existe violência, desrespeito entre os membros ou problemas conjugais, estão na lista de risco.
Fonte: Jornal do Brasil
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