Embora as mulheres sejam aconselhadas a parar de fumar antes de engravidarem, muitas permanecem fumando na gestação, colocando em risco a saúde do bebê. Nessa linha, um novo estudo realizado no Japão com 1,3 mil mulheres que já passaram pela gravidez aponta que fumar excessivamente no início da gestação pode mais que dobrar os riscos de sofrer um aborto no primeiro trimestre de gravidez. Além disso, segundo os autores, o tabagismo é associado ao parto prematuro e ao baixo peso do bebê ao nascer.
Publicado na edição de dezembro da revista Human Reproduction, o estudo da Universidade de Osaka mostrou que, entre as 430 mulheres que sofreram um aborto no primeiro trimestre de gestação, 7% fumava pelo menos 20 cigarros por dia; contra apenas 4% das mulheres que tiveram seu bebê normalmente. De acordo com os autores, isso significa que aquelas que fumavam muito na gestação tinham mais de duas vezes mais chances de sofrerem um aborto, comparadas às grávidas não fumantes.
Os pesquisadores destacam que a maioria dos abortos ocorre nas primeiras oito semanas de gestação e, principalmente, por causa de uma variedade de anormalidades genéticas que não podem ser evitadas. Entretanto, certos hábitos podem estar associados com um aumento do risco de morte do feto, incluindo o consumo de álcool em excesso, uso de drogas e o tabagismo.
Embora os resultados do novo estudo não comprovem que o cigarro seja a razão principal para o aumento do risco de aborto, os pesquisadores destacam que essa relação permaneceu significativa quando foram considerados os hábitos de consumo de álcool das voluntárias e seu histórico de abortos anteriores. Por isso, o estudo fortalece as recomendações para que as mulheres abandonem o cigarro enquanto estão tentando engravidar, ou imediatamente quando descobrem que estão esperando um filho.
Fonte: Revista Human Reproduction
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