No ar desde o fim de 2010, é parte integrante do "plano que não aconteceu" de acordo com o presidente da CNM.
Derivada da mistura da cocaína com bicarbonato de sódio e água, o crack cada vez mais vem tomando posição de destaque entre as drogas ilícitas. O último relatório sobre a droga em nível nacional, feito em 2005, informava que 0,1% da população havia feito uso dela durante o ano anterior. Desde então, pesquisas isoladas conflitam informações. Mas a estimativa é de que 1,2 milhão de brasileiros sejam consumidores. E, para ajudar no combate à droga, desde o fim de 2010 o governo federal disponibilizou o site Enfrentando o Crack.
O site pretende reunir informações sobre a droga, disseminar o conhecimento e orientar tanto usuários quanto famílias, instituições, profissionais de saúde pública ou quaisquer pessoas interessadas em compreender o assunto em seus diversos aspectos, inclusive psicológico e social. A iniciativa visa também divulgar as melhores práticas de enfrentamento da droga.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), a iniciativa é importante para instruir a população. Mas também serve para fazer um banco com notícias, como a que revela a diminuição de 49,5% no consumo de drogas ilícitas entre estudantes do ensino fundamental e médio. Os resultados são referentes ao país todo, mas até o início de março serão liberados os dados por estado.
A iniciativa do site é parte integrante do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em maio de 2010 pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. O plano recebeu severas críticas do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, em dezembro de 2010. "É um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou" afirmou.
Desde o dia 04, já estão disponíveis os resultados dos editais do plano. Eles visam a ampliação do número de leitos a usuários de crack e outras drogas, além da capacitação de profissionais. Serão construídos centros de referência, comunidades terapêuticas e casas de acolhimento transitório com os R$ 410 milhões destinados pelo governo. Ainda não existem datas estimadas para a entrega dos serviços contratados.
Integram o Plano mais de uma dezena de órgãos e instituições do governo federal, poder judiciário e sociedade civil.
Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).
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