O cigarro foi considerado por muito tempo como símbolo de status. Hoje em dia, porém, sabe-se que o cigarro é um dos piores inimigos da saúde, e aos poucos ele vai saindo de moda.
Um bom exemplo de doença associada ao fumo é o câncer de pulmão, doença altamente fatal, em que a quantidade de cigarros fumados por dia é proporcional ao risco de se ter a doença. Isso quer dizer que, se a pessoa fuma de 1 a 9 cigarros por dia, ela tem 5 vezes mais chance de ter câncer, enquanto alguém que fume mais de 40 cigarros por dia terá uma chance 20 vezes maior que um não-fumante. Também as pessoas que não fumam, mas vivem com fumantes, (os chamados fumantes passivos) têm chance de adquirir a doença, sendo que 25 a 46% das mulheres que morrem de câncer de pulmão e 13 a 37% dos homens que morrem da mesma doença não são fumantes, mas com certeza adquiriram a doença através da convivência com fumantes.
Outras doenças também são apontadas como sendo causadas pelo cigarro, como o câncer de colo uterino, em que as mulheres fumantes têm um risco 3 vezes maior de adquirir a doença do que as não fumantes. Outros casos de associação do cigarro com câncer são câncer de laringe e de boca, de pâncreas, de bexiga, de esôfago, de estômago e de rim. O cigarro também contribui em grande parte para o infarto do coração, bem como para outras doenças vasculares, como o derrame cerebral. Por mais de 20 anos, várias pesquisas têm demonstrado que o fumo é a causa mais importante de bronquites crônicas e enfisema pulmonar. Como se não bastasse, em gestantes, o cigarro provoca partos prematuros, e o nascimento de crianças com peso muito abaixo do normal. Além disso, o fumo causa por volta de 20% dos casos anuais de asma nas crianças.
Composição
As folhas de fumo contêm mais de 4.500 complexos químicos, muitos dos quais se transformam em outras combinações. Esses complexos incluem arsênico, amônia, sulfito de hidrogênio e cianeto hidrogenado. Talvez o mais letal de todos os elementos seja o monóxido de carbono, que é idêntico ao gás que sai do escapamento dos automóveis. Como o monóxido de carbono tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, ele toma o lugar do oxigênio, deixando o nosso corpo totalmente intoxicado.
Largando o hábito
Nem sempre é fácil largar o hábito do fumo. Mas sempre é bom para a saúde. Alguns benefícios são quase imediatos. Trinta minutos depois de a pessoa fumar o último cigarro, pressão arterial, batimento cardíaco e temperatura voltam ao normal. Ao final de oito horas, o nível de oxigênio e gás carbônico do sangue começa a se equilibrar, e a chance de se ter um ataque do coração começa a cair. Algumas semanas depois de ter parado de fumar, o olfato e o paladar começam a funcionar normalmente, e a respiração se normaliza.
A pessoa que para de fumar sente-se mais energética e o seu risco de desenvolver um ataque cardíaco, após alguns meses, vai cair para menos de 50% do que quando fumava. Depois de 10 anos sem fumar, aquelas pessoas que tinham células pré-cancerosas nos pulmões passam a ter células normais e, após 20 anos de abstinência, passam a ser consideradas não fumantes.
Tratamento
Fumar vicia orgânica e psicologicamente. Para quebrar o hábito de fumar, pode ser necessário fazer alguma forma de tratamento que elimine a dependência física e psicológica da nicotina. Vários tratamentos têm sido sugeridos. Um deles é o uso de grupos de apoio. Também a hipnose e psicoterapia podem ajudar nos casos em que a ansiedade é um fator importante. Algumas pessoas se beneficiam do uso de acupuntura, com bons resultados. Porém, um tratamento que tem resolvido bastante é o uso de bandagens de nicotina auto-adesivas ("nicotine patches"), que liberam quantidades de nicotina através da pele, dando à pessoa a nicotina de que a pessoa precisa, sem precisar fumar. Também são de grande utilidade as gomas de mascar com nicotina, que funcionam do mesmo modo. Nessas formas de tratamento há apenas nicotina, e não as outras substâncias químicas contidas no cigarro, e por isso causam menos mal à saúde.
Mais recentemente, foi mostrado que o uso de alguns medicamentos antidepressivos pode auxiliar no tratamento da dependência. Se houver interesse, mas dificuldade em largar o vício, o ideal é procurar um médico.
Por que parar?
Para muita gente, parar de fumar é extremamente difícil. Mas deveriam pensar em todos os benefícios que isso iria trazer, como saúde, bem estar, economia, além de evitar o incômodo e a doença dos indivíduos próximos que não fumam.
Fonte: 45 Graus
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