segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Conferência de enfrentamento às drogas propõe criação de secretaria especial


O presidente da Comissão de Defesa Social e da Subcomissão para Avaliar a Problemática das Drogas no Ceará, deputado Delegado Cavalcante (PDT), alertou na manhã desta segunda-feira (08/08) para “a gravidade da problemática das drogas” no Estado. O alerta foi feito durante a abertura da I Conferência Estadual de Enfrentamento ao Crack, Oxi e Tráfico de Usuários, realizada no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado também destacou a necessidade do Governo do Estado criar uma secretaria específica das drogas, de modo a atuar na prevenção e tratamento dos dependentes.

I Conferência Estadual de Enfrentamento às Drogas

Para Cavalcante, diante da gravidade do problema, é preciso propostas sérias e aplicáveis. O parlamentar ressaltou o trabalho das igrejas e afirmou que há a necessidade de haver um diálogo entre a sociedade e as pessoas envolvidas “porque a coisa é grave, o problema é sério”. “Queremos aqui não só discutir uma coisa mecanizada, mas que seja uma manifestação da sociedade para discutir a realidade que é muito negra não só para o Estado”, disse.

A deputada Dra. Silvana (PMDB) se mostrou preocupada com o aumento das drogas no Estado, lembrando que muitos dos drogadictos, além de ter que lidar com a dependência, acabam marginalizados da sociedade, abandonados, inclusive, pela própria família. A parlamentar defendeu o aumento de vagas e a liberação de mais recursos públicos para clínicas e hospitais psiquiátricos. “Temos que tratar e procurar meios para vencer este grande mal”, completou.

O deputado federal Artur Bruno (PT-CE), membro da Comissão Especial de Combate ao Crack e outras Drogas da Câmara dos Deputados, destacou o empenho e o compromisso da Assembleia, por meio do Pacto pela Vida, de iniciativa do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Casa, no combate às drogas no Estado.

O parlamentar enalteceu o trabalho “prioritário” das igrejas, das clínicas e das organizações não governamentais (ONGs) diante dos poucos investimentos do poder público. “Não se vê orçamento para combater o crack e as demais drogas”. Ele acredita que o problema “não é apenas do tráfico, mas de saúde e de assistência, pois é preciso ressocializar”. Artur Bruno defendeu ainda a criação de uma política de prevenção articulada em níveis federal, estadual e municipal.

Representantes da Associação Brasileira de Dependentes Químicos (Abradeq), parceira da Assembleia na promoção da Conferência, da Promotoria Geral de Justiça do Estado, do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil e do Conselho de Altos Estudos falaram das ações desenvolvidas por suas instituições.

Na solenidade, foram homenageados os representantes de entidades voltadas à reabilitação de dependentes químicos, como a pastora Cristiane Ramires; Simone Martins, do Centro de Recuperação Leão de Judá; Germano Camelo, da Divisão de Proteção ao Estudante da Polícia Civil do Estado do Ceará (Dipre); padre Antônio Fernando Carvalho, da Pastoral da Sobriedade Regional Nordeste I-Ceará; Osmar Diógenes Parente, do Instituto Volta a Vida e Sheila Mirela, representando o Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas da Secretaria de Saúde de Fortaleza.

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