sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Comissões defendem legislação mais rigorosa no combate ao crack

Deputados das comissões de Segurança Pública, de Direitos Humanos, de Relações Internacionais e de Defesa Nacional defendem maior rigor no combate ao tráfico de crack.

Para o deputado Paulo Pimenta, do PT gaúcho, que foi relator da CPI que investigou a Violência Urbana, é preciso um ajuste na legislação que trata de traficantes e usuários.

"Por um lado, nós temos que avançar na discussão com relação à questão do usuário, do portador de pequena quantidade de maconha, que muitas vezes acaba sendo tratado como um traficante, que deveria ser encarado como um assunto de saúde pública, mas, por outro lado, nós temos que ter uma legislação mais rigorosa no combate ao tráfico, especialmente quando esse tráfico é dirigido a crianças e adolescentes. E no caso do crack tem se evidenciado isso: é uma droga barata, que tem como público-alvo principal muitas vezes crianças de 10, 11, 12 anos, comunidades muito vulneráveis. E alguém que está vendendo um produto tem consciência do que está fazendo, é quase como oferecer um veneno pra uma pessoa."

Paulo Pimenta disse que o combate ao tráfico de drogas exige um conjunto de medidas, como controle das fronteiras, da saúde pública, e políticas de prevenção e recuperação do usuário.

Ele afirmou que o Congresso tem que estar atento e constantemente atualizando a legislação para enfrentar as organizações criminosas.

Também o deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, que presidiu a Comissão de Direitos Humanos, vê a disseminação do crack com muita preocupação.

"Porque o tratamento que é feito hoje com os dependentes de crack não está dando resultado. Eles vão lá para os centros de atenção psicossocial, mas depois saem à noite e vão para os bairros, e os traficantes novamente pegam. Ou nos finais de semana. Nós temos que ter uma forma de fazer esse tratamento para o internamento, dar condições para que eles fiquem internados, com a decisão do juiz, que deve determinar, e que eles saiam de lá pra poder colocar a sua energia numa perspectiva diferente, positiva. Nós achamos que não é apenas com tratamento, mas é também dar condições de políticas públicas para juventude. Porque a juventude fica sem trabalho, vem o traficante o recruta porque não tem trabalho, não tem políticas públicas para juventude."

Luiz Couto afirmou que nos fins de semana, na capital da Paraíba, de 8 a 10 jovens são assassinados, geralmente por crimes dolosos, na maioria jovens, afrodescendentes e pobres que moram na periferia de João Pessoa.

Já a deputada Iris de Araújo, do PMDB de Goiás, e integrante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, destacou estudos do Ministério da Saúde segundo os quais o uso do crack já ameaça a vida de 25 mil jovens brasileiros.

Iris lembrou que o crack é uma droga barata, mas que vicia o usuário já na primeira vez que a usa e pode levá-lo ao caminho da delinquência para conseguir saciar o vício.
Iris de Araújo defendeu a educação em tempo integral como uma das armas contra as drogas, porque, segundo ela, a criança, de qualquer classe e qualquer nível, é mantida na escola.

Ministério Público, Polícia e Justiça devem, para Íris de Araújo, criar mecanismos conjuntos para punir os traficantes, mas que campanhas educativas da mídia sobre o perigo do crack causarão melhor impressão nos jovens.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conen arrecada quase R$ 280 mil em leilão de bens apreendidos do narcotráfico

O Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de Mato Grosso (Conen) arrecadou R$ 279.400 mil durante a 5ª edição do leilão da venda de bens do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), que aconteceu na última quarta-feira (22.12), na sede do Conen, em Cuiabá. Cerca de 200 compradores participaram do leilão, e foram vendidos 57 dos 68 lotes disponibilizados para o evento. Entre os lotes com maior valor de arremate está o lote 68 que incluía a sucata de aeronave e foi vendido no valor de R$ 30 mil.

Do valor arrecadado, 80% será destinado para o Estado, que deve aplicar a quantia em projetos antidrogas, polícias apreensoras e ações em parceria com o Ministério Público Estadual e Federal, Tribunal de Justiça, Sejusp e Conen. O restante vai para Polícia Federal e Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).

O Conen divulgou no Diário Oficial do dia 03 de dezembro o edital do leilão que ofereceu 68 veículos e a sucata de uma aeronave apreendidos do narcotráfico que, após trâmite processual em julgado, foi dado perdimento em favor da União. Nos dias 13 e14 de dezembro os interessados puderam visitar o pátio do Conen e conhecer os produtos que foram leiloados.

No ano passado, o Conen arrecadou por meio do leilão R$ 230.590 mil. Para a coordenadora do Conen, Ana Elisa Limeira, o Leilão ocorreu com grande sucesso. “Ultrapassou a expectativa em 64%. Os valores arrecadados serão aplicados dentro dos eixos preconizados na Política Nacional sobre Drogas que são prevenção, tratamento e reinserção social, redução de danos, redução da oferta de drogas, além de estudos, pesquisas e avaliações”, disse.

Fonte: 24 HORAS NEWS ONLINE

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Após decisões conflitantes STJ suspende processos por bebida ao volante

Estão suspensos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) todos os processos que questionavam provas contra motoristas acusados de dirigirem bêbados.

A medida foi adotada após duas decisões opostas terem sido tomadas por duas turmas do próprio tribunal.
A 6ª turma decidiu, em outubro, trancar uma ação penal contra um motorista de São Paulo que se recusou a se submeter ao bafômetro, impedindo a prova da violação da lei. Como a Lei Seca determina uma quantidade específica de álcool para caracterizar o crime (seis decigramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões), o teste foi considerado imprescindível.

Já em dezembro, a 5ª turma do STJ, com outra composição de ministros, decidiu o contrário e negou habeas corpus a um motorista do Rio Grande do Sul que se recusou a passar pelo bafômetro, mas teve a embriaguez constatada em exame clínico.

Para uniformizar o entendimento, o STJ decidiu que caberá agora à 3ª seção, que tem ministros das duas turmas, decidir sobre o tema, em um caso específico no Distrito Federal com data ainda indefinida.

Para o advogado e consultor Luis Henrique de Araújo, a notícia de suspender os processos não agrada à sociedade e mais grave do que isso expõe falta de preparo para uma nova lei. "Notem, que nossos legisladores acabam por criar normas, sem fechar todo o cerco jurídico que envolve a conduta cotidiana do cidadão, e deixa a descoberta certos fatos sociais, e que os magistrados são obrigados a julgarem nos termos da escrita da lei, colocando a sociedade na maioria das vezes, em descrédito com a justiça", analisa.

Para Araújo o Judiciário suspendeu os julgamentos por cautela. "Foi para pacificar os julgamentos. E tenho certeza que esta decisão foi para proteger a sociedade. Pois certo estou, que muitos sociólogos de plantão, irão criticar esta posição agora, afirmando que é um absurdo. Mas, aguardemos, para ver o que acontece", conclui.


Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Crack pode levar à cegueira

Enquanto o uso de cocaína refinada vem caindo e sendo combatido mundialmente, em forma de crack a droga já fez mais de meio milhão de dependentes no Brasil, com índice de morte em torno de 30% em cinco anos, no máximo.

Além da rápida dependência e de alterações cerebrais muito importantes, o usuário pode até mesmo perder a visão.

"As sequelas oculares decorrentes do uso de drogas variam bastante. Pode-se constatar desde a perda de acuidade e percepção visual, até mesmo ocorrência de hemorragias, aumento de pressão e perda gradual ou total da visão", diz o doutor Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

Neves afirma que a cocaína e o crack oferecem os maiores riscos a seus usuários. "A perda de visão pode ser parcial, total, transitória ou não. Estudos em andamento analisam o impacto entre diferentes usuários. Mas é certo que, da mesma forma com que o viciado em cocaína corre risco de perder o septo nasal, o viciado em crack pode comprometer os ossos da órbita por conta do efeito tóxico da fumaça inalada".

Ecstasy

Apesar de a cocaína e o crack serem responsáveis pelo impacto mais grave na visão, outras drogas pesadas podem resultar em dificuldade de enxergar claramente. É o caso da heroína, do LSD (ácido lisérgico) e do ecstasy.
"O uso continuado de heroína pode levar a pessoa a ficar estrábica, com um ou ambos os olhos apontando para o lado externo. O LSD pode acarretar retinopatia solar, impedindo o usuário de enxergar bem à luz do dia sem proteção de óculos escuros", diz o doutor Renato Neves.

O médico alerta que riscos de outra natureza envolvem distúrbios na percepção visual, quando a pessoa relata enxergar centenas de pontos pretos em seu campo de visão. Já o ecstasy também pode provocar hemorragia ocular por conta do aumento de pressão sanguínea.

"Esses são apenas alguns dos riscos já comprovados em estudos. Muitos outros estão em andamento", assegura Dr. Renato Neves.

Fonte: Yahoo Brasil

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ver imagens chocantes não ajuda fumantes compulsivos a abandonar cigarro

Inconscientemente o tabaco pode ser visto como forma de afastar ideia de finitude.

Em 2012, os Estados Unidos vão se unir a dezenas de outros países e estampar fotos de membros amputados, órgãos comprometidos e outras imagens chocantes em embalagens de cigarros. No Brasil, esse tipo de apelo já é veiculado desde 2004. Essa iniciativa se baseia em algumas pesquisas, que mostram que os fumantes acabariam se lembrando do risco que correm ao ver imagens de doenças induzidas pelo cigarro.

Mas um novo estudo apresentado no encontro anual da Association for Psychological Science sugeriu que essa estratégia pode não produzir o efeito desejado. Para chegar a essa conclusão, o psicólogo Jamir Arndt, da Universidade de Missouri, analisou dois grupos de alunos - o primeiro fumava moderadamente e o segundo era compulsivo. Ele pediu que os voluntários respondessem alguns questionários com perguntas que induziam pensamentos que despertavam angústia, como reprovação em exames e até a própria morte. Em seguida, os pesquisadores ofereceram um cigarro aos voluntários e mediram o volume, o fluxo e a duração de cada tragada.

Os jovens que fumavam pouco realmente o fizeram com menor interesse. De acordo com pesquisador, os voluntários podem ter reagido à ideia de finitude tentando reduzir sua própria vulnerabilidade. Os estudantes que fumavam muito, porém, reagiram com mais compulsão.

O pesquisador sugere que talvez, inconscientemente, esses fumantes tentavam dissipar o sentimento negativo com uma atividade prazerosa – o fumo. Embora a razão não tenha ficado clara, a descoberta sugere que o fator psicológico que envolve a dependência e a perspectiva da morte seja mais complexo do que se acreditava anteriormente. Assim, as advertências visuais nas embalagens de cigarros podem não estar surtindo o efeito desejado.

Fonte: Mente e Cérebro

domingo, 26 de dezembro de 2010

Passo da Semana (26 a 01/01/11): 01º - ADMITIR

Senhor, ADMITO minha dependência dos vícios e pecados, e que sozinho não posso vencê-los, liberta-me. 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Não ao cigarro

Pesquisadores da Faculdade Leopoldo Mandic, de Campinas, interior de São Paulo, chegaram a conclusão de que o cigarro prejudica o tratamento com antibióticos.

Eles analisaram a concentração de antimicrobiano na corrente sanguínea de 30 pacientes, sendo metade deles fumantes. A constatação foi que o remédio surtiu o dobro do efeito nos 15 pacientes não-tabagistas.

O tratamento costuma ser mais demorado para pacientes que fumam. O fumante pode desenvolver uma resistência maior a bactéria e ter o organismo mais favorável a efeitos colaterais provocados pelos remédios. Ao precisar aumentar a dosagem do medicamento, ele torna-se tóxico para o fumante. Os efeitos colaterais pode ser dor de cabeça, náuseas, vômito, secura na boca e alergia ao remédio.

Os médicos recomendam que os pacientes abandonem o cigarro pelo menos durante o tratamento.

Fonte: Revista VEJA

Resumo das atividades da Sobriedade Fortaleza e Regional Ne. I no ano de 2010:

Calendário de Atividades - 2010:


Janeiro: 19
Local: CEPOD

Atividade: Reunião com o DRº. Hermam Normanes (Presidente do Conselho Estadual de Política sobre Drogas;
Representantes: Luiz Alberto e Rogério Melo.

Janeiro: 19
Local: Capela São Vicente de Paula.
Atividade: Reportagem da TV Verdes Mares (Conhecendo a Pastoral da Sobriedade);
Representante: Luiz Alberto.

Janeiro: 22 à 24:
Local: Juazeiro do Norte/CE.
Atividade: Apresenteção e divulgação da Pastoral da Sobriedade (Diocese de Crato);
Representantes: Luiz Alberto e Rogério Melo.

Fevereiro: 03
Local: CEPOD
Atividade: Apresenteção e divulgação da Pastoral da Sobriedade na 1ª Reunião do conselho de 2010;
Representante: Rogério Melo.

Fevereiro: 13 à 16
Local: Renovar e Renascer.
Atividade: Divulgação com Standes da Pastoral da Sobriedade nos eventos: RENOVAR e RENASCER 2010;
Representantes: Agentes da Pastoral da Sobriedade e a Coordenação.

Março: 06 e 07
Local: São Paulo.
Atividade: Encontro Nacional de Multiplicadores de Agentes da Pastoral da Sobriedade;
Representante: Rogério Melo.

Março: 14
Local: Fortaleza/CE.
Atividade: Reunião com a Coordenação Diocesana de Fortaleza e Equipe Coordenadora da Paróquia;

Março: 24
Local: Casa Pastoral Maria Mãe da Igreja.
Atividade: Reunião das Pastorais Sociais, Cebs e Organismos;

Abril: 13 à 15
Local: Fortaleza/CE.
Atividade: Reunião do CONSER (Conselho Episcopal Regional) Nordeste 01;
Representante: Rogério Melo.

Maio: 14 à 16
Local: Casa de Retiro Nossa Senhora de Fátima.
Atividade: Curso de Capacitação da Pastoral da Sobriedade (Regional NE I - CEARÁ);
Representante: Coordenação Diocesana da Pastoral da Sobriedade Fortaleza.

Junho: 05 e 06
Local: Morrinhos.
Atividade: Abertura do Grupo de Auto Ajuda;
Representante: Rogerio Melo.

Junho: 08
Local: Aquiraz.
Atividade: Abertura do Grupo de Auto Ajuda;
Representante: Rogério Melo.

Junho: 19
Local: Catedral Metropolitana.
Atividade: Missa de abertura da Semana Estadual Sobre Drogas;

Julho: 24 e 25
Local: Cascavél.
Atividade: Apresentação da Espiritualidade e da Pedagogia da Pastoral da Sobriedade;
Representante: Rogério Melo.

Julho: 25
Local: Maranguape.
Atividade: Abertura do Grupo;

Agosto: 23 à 26
Local: Curitiba.
Atividade: Curso de Capacitação (Assembléia Geral);
Representente: Rogério Melo

Setembro: 24 à 26
Local: São Luís/MA.
Atividade: Congresso Regional Nordeste - Pastoral da Sobriedade;
Representente: Luiz Alberto, Rogério Melo e Agentes da Pastoral.

Outubro: 01 à 03
Local: Beberibe.
Atividade: Curso de Capacitação;
Representante: Rogério Melo.

Outubro: 16 e 17
Local: Tianguá.
Atividade: Apresentação da Pastoral;
Representante: Rogério Melo.

Outubro: 24
Local: Conjunto Industrial.
Atividade: Apresentação da Pastoral;
Representante: Rogério Melo.

Outubro: 29 e 30
Local: Aracati.
Atividade: Apresentação da Pastoral;
Representante: Rogério Melo.

Novembro: 12 à 14
Local: São João do Uruarú.
Atividade: Curso de Capacitação;
Representante: Rogério Melo.

Dezembro: 03 à 05
Local: Centro Pastoral Maria Mãe da Igreja;
Atividade: Abastecimento Espiritual da Pastoral da Sobriedade.

Curso de capacitação de novos Agentes da Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza realizados no ano de 2010:

Maio: 14 à 16
Local: Casa de Retiro Nsa. Senhora de Fátima - Lagoa do Banana;
85 novos Agentes capacitados;

Agosto: 23 à 26
Local: Centro Pastoral Casa Maria Mãe da Igreja - Centro - Fortaleza.
45 novos Agentes capacitados;

Setembro: 30 à 02/Outubro:
Local: Paróquia Jesus, Maria e José - Beberibe/CE.
20 novos Agentes capacitados;

Novembro: 12 à 14
Local: Paróquia São João Batista - Aruarú/CE.
50 novos Agentes capacitados.

Somando os quatros cursos de capacitação, temos um total de 200 novos Agentes.

Obs: Começamos o ano de 2010 com 25 agentes e três Grupos de Auto Ajuda que atendia em média 30 dependentes (Co-dependêntes) em reuniões semanais, num total mensal de 270 atendimentos.

Feito esse trabalho de capacitação no Ano de 2010, obtivemos um aumento de 25 para 225 agentes capacitados, aumento também nos grupos de Auto Ajuda que passaram de 3 para 14, consecutivamente aumentando também o número de atendimentos mensais que era de 270 para 1680 por mês.

Projeto para 2011:

PREVENÇÃO NAS ESCOLAS:

Será realizado um curso de Capacitação para 80 Agentes, no qual vão ser preparados para darem palestra nas escolas (Particulares, Municipais e Estaduais), do qual serão escolhidos 20 Agentes que atuaram respectivamente em 40 escolas no ano de 2011. Em média cada escola conta com 500 alunos. 

Então, a Pastoral da Sobriedade nesta atividade de Prevenção vai abranger cerca de 20 mil alunos no ano de 2011, fora os atendimentos dos grupos de Auto Ajuda.

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pesquisa revela que o álcool é o grande vilão dos lares do Brasil

Mais de 30% dos casos de agressão a mulheres têm relação com a bebida.

Dados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) divulgados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2008, a suspeita de ingestão de bebida alcoólica por parte do provável agressor foi relatada por 30,3% das mulheres vítimas de violências doméstica, sexuais e outras. Conforme o estudo, realizado em serviços de referência para atendimento de vítimas de violência em 18 municípios de 14 Estados do País, em 62,7% dos casos de violência contra mulheres a agressão aconteceu em residência. Entre as que afirmaram já terem sido agredidas anteriormente, o percentual foi de 39,7%.

SAIBA MAIS:


Violência contra homens - O estudo mostra que das 8.766 vítimas de violência sexual, doméstica e outras violências atendidas em unidades de referência, 2.530 (28,9%) foram homens, no ano de 2008. Entre eles, 30,2% tinham de zero a 9 anos; 23,4% eram adolescentes entre 10 e 19 anos; e 16,8% tinham entre 20 e 29 anos

Autoria e local - Homens foram responsáveis por 70,3% dos casos de violência sexual, doméstica e outras violências contra mulheres. 18,7% dos agressores foram parceiros com quem elas mantinham relação estável/cônjuge, ex-cônjuges somaram 6%, enquanto namorados 2,4% e ex-namorados 2%

Em 14,2% dos casos, a violência foi praticada pelos pais. Pessoas desconhecidas (13,5%) e amigos (13,3%) também figuram entre os principais prováveis agressores, segundo relatos das vítimas

Tipos de violência:
A violência física foi a principal causa de atendimento (55,8%), sendo 52% em pessoas do sexo feminino e 65,1% no sexo masculino. A violência psicológica ou moral foi responsável por 41,2% dos casos – 49,5% em mulheres e 20,8% em homens

Onde procurar ajuda:
Centro de Atenção Psicossocial para usuários de Álcool e outras Drogas (Caps/AD) - Fica na Rua Domingos de Almeida, 228, no Centro de Novo Hamburgo. O atendimento é de segunda à sexta-feira, das 8 às 18 horas, sem fechar ao meio dia. O agendamento pode ser feito pelo telefone (51) 3527-2343. No local, jovens, adultos e idosos têm acesso a consultas, participam de seminários e oficinas. A equipe é formada por psicólogos, assistentes sociais, clínicos gerais, psiquiatras, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem.

Alcoólicos Anônimos (AA) -
Em Novo Hamburgo, uma das unidades funciona na Rua José do Patrocínio, 843, no bairro Rio Branco. As reuniões fechadas ocorrem às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, às 20 horas, e aos sábados, às 16 horas. Já os encontros abertos são às quartas-feiras às 20 horas e aos domingos às 19 horas.

Dependente atinge pessoas próximas:
"Os dados do Ministério da Saúde confirmam a realidade do nosso trabalho. O dependente de álcool atinge pessoas próximas". A afirmação é da assistente social do Caps/AD de Novo Hamburgo, doutora em Serviço Social e professora da especialização em dependência química da Unisinos, Ecleria Alencastro. Para ela, o aumento da quantidade de bebida e frequência são sinais de alerta, além da hereditariedade.

Para evitar que filhos se tornem usuários de álcool, Ecleria destaca que os pais têm de dar o exemplo, em primeiro lugar. Depois, conhecer os amigos dos filhos e impor limites como não deixar que façam tudo. "Álcool é problema de saúde e, normalmente, as pessoas usam como alívio do sofrimento."

AS VÍTIMAS:
Das 8.766 vítimas atendidas em unidades de referência, 6.236 (71,1%), eram mulheres. O número inclui crianças, adolescentes e idosos. Mulheres casadas ou em união estável representaram 25,6% dos casos, enquanto as solteiras responderam por 38,7% dos registros. Entre as mulheres, 28,8% dos casos se concentraram em adolescentes e jovens dos 10 aos 19 anos.

Registros:
Para a titular da Delegacia da Mulher de Novo Hamburgo, Miriam Elias, a maioria dos casos relacionados à aplicação da Lei Maria da Penha estão ligados ao uso de álcool ou drogas. Segunda-feira é o dia com maior número de registros, entre 15 e 20 casos.

Fonte: Diário de Canos ON-LINE

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pesquisa para conhecer perfil do usuário de crack

Levantamento inédito dos dependentes será realizado em parceria pela Prefeitura do Recife e UFPE.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado tem cerca de 30 mil usuários de crack. Os números, ainda preliminares, são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogras Psicotrópicas. Não se sabe ao certo, por exemplo, quantos usuários desse tipo de droga existem na capital pernambucana. Visando buscar mais informações, a Prefeitura do Recife, em parceria com a UFPE, anunciou ontem que fará pesquisas minuciosas e inéditas no estado sobre o perfil sócio-demográfico e o número de usuários existentes na capital do estado.

O estudos começarão no primeiro trimestre de 2011 e os resultados deverão sair no ano seguinte. O Ministério da Saúde em parceria com o da Educação e a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) disponibilizará uma verba de R$ 8 milhões para os 69 projetos aprovados em todo o país. No Nordeste, Pernambuco e Bahia obtiveram grande destaque no resultado, aprovando sete e oito projetos, respectivamente. Apenas nas pesquisas recifenses serão investidos aproximadamente R$ 300 mil.

O anúncio foi feito durante um encontro para discutir o tema, na prefeitura. "O problema do crack é grave e ainda não temos estudos algum sobre isso. Os dados precisam ser explorados para contribuir no planejamento de combate a esse mal", disse o secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto. O prefeito em exercício, Milton Coelho, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, participaram do encontro.

A rede municipal de atenção aos consumidores abusivos da droga no Recife inclui seis centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad), onde aproximadamente 1,5 mil pessoas recebem tratamento contra álcool, fumo e outras substâncias psicoativas. "Atualmente, não há como fazer uma estimativa verdadeira de quantos usuários de crack há no Recife. Só após as pesquisas poderemos ter algo mais exato", esclareceu a gerente do Programa Mais Vida do Recife, Pollyanna Pimentel. Hoje, segundo ela, dos 1,5 mil dependentes em tratamento no CAPs e nas demais casas de assistência social, entre 12% e 15% são dependentes do crack. "É o segundo maior número de pacientes, sé perdendo para o álcool (20%)", detalha.

Desde a segunda quinzena de novembro, estão na ativa unidades móveis de tratamento descentralizados, que reforçam à prevenção ao uso de drogas em Pernambuco. A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas e somam esforços de 12 viaturas.

Fonte: Diário de Pernanbuco

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Prevenção às drogas deve envolver governos, famílias e escolas, diz ministro

Pesquisa da Senad constatou que houve redução de 49,5% no uso de drogas ilícitas na comparação com o levantamento anterior, de 2004.

O Brasil não pode deixar de desenvolver ações de prevenção ao uso de drogas, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Felix, ao comentar o resultado do levantamento divulgado hoje (16) pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad). A pesquisa constatou que houve redução de 49,5% no uso de drogas ilícitas na comparação com o levantamento anterior, de 2004.

Segundo Felix, é preciso que as autoridades públicas, os professores e a família estejam juntos para evitar que o jovem ingresse no mundo das drogas. “O trabalho de prevenção só tem começo, não tem meio nem fim. Tem que ser permanente, não tem mágica.”

“Precisamos trabalhar fundamentalmente o jovem para que ele não ingresse no mundo das drogas, porque no momento em que ele ingressa significa que a prevenção não funcionou. Precisamos trabalhar para que o jovem não entre no mundo das drogas. Esse é o grande esforço que temos que fazer”, disse o ministro.

Levantamento feito pela Senad ao longo de 2010 mostra que o consumo de drogas entre estudantes de ensino médio e fundamental da redes pública e privada é maior entre os estudantes das escolas particulares.

A pesquisa mostra ainda que 13,6% dos estudantes de escolas privadas fazem uso de drogas. Entre os que frequentam a rede pública, o percentual foi de 9,9%. O estudo ouviu cerca de 51 mil alunos de escolas públicas e privadas das 26 capitais do país e do Distrito Federal. A cocaína foi a única droga que não registrou diminuição de consumo.
De acordo com o levantamento,
a maconha é a droga mais usada entre os estudantes do sexo masculino. Já entre as alunas preferem remédios sem prescrição médica.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uso de drogas é maior entre alunos da rede privada, diz pesquisa

O uso de drogas entre os estudantes de escolas particulares é maior do que o verificado entre alunos da rede pública, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).

O levantamento mostra que 13,6% dos alunos de escolas particulares entrevistados declararam ter usado algum tipo de droga no último ano, enquanto o percentual entre alunos de escolas públicas ficou em 9,9%.
A pesquisa foi feita ao longo deste ano com 50.890 estudantes dos ensinos fundamental e médio das redes pública e privada, nas 27 capitais do País. Do total de alunos que participaram do levantamento, 31.280 eram da rede pública e 19.610 da rede particular.
 
No caso da maconha, por exemplo, o uso por estudantes de 16 a 18 anos de escolas públicas ficou em 7,5%, enquanto 11,7% os alunos de escolas privadas utilizaram a droga nos 365 dias anteriores à data da aplicação do questionário.
 
Entre os estudantes de 13 a 15 anos, o uso da maconha na escola pública ficou em 2,5%, pouco abaixo dos 2,8% verificados entre alunos da rede particular. Os dados gerais, que incluem todas as faixas etárias, é de 3,7% de uso de maconha entre estudantes da rede pública e 3,9% entre alunos da rede privada.
 
No caso da cocaína, o quadro é diferente na faixa etária dos 16 aos 18 anos, com uso de 3,8% dos alunos das escolas públicas e 2,5% das escolas privadas. Entre os estudantes de 13 a 15 anos, 1,3% dos que estão em escolas públicas afirmaram ter usado a droga no último ano, enquanto o índice ficou em 0,9% entre os alunos da rede particular. No geral, o uso de cocaína, segundo a pesquisa, é de 2,8% na escola pública e 1,5% na particular.
 
O uso de álcool e tabaco está fora desses números gerais. No entanto, foi considerado como um tipo de droga o uso de energético misturado com álcool, que ficou em 14,8% entre os estudantes da escola pública e 17,7% entre os alunos da rede particular.

Fonte: PORTAL TERRA

domingo, 19 de dezembro de 2010

Passo da Semana (19 a 25/12): 12º - FESTEJAR

Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mulher morre ao ser detida com pedras de crack

PACATUBA

Uma mulher de 40 anos de idade, acusada de envolvimento com o tráfico de drogas no Município de Pacatuba (Região Metropolitana de Fortaleza), passou mal e morreu depois de ser detida por policiais militares do Ronda do Quarteirão. Maria Dagmar de Lima Moreira e o filho dela, Francisco Diego Moreira de Oliveira, foram denunciados à Polícia pelos moradores da Rua Senador Carlos Jereissati, no bairro do Jordão.

Quando a Polícia recebeu a denúncia, as patrulhas de prefixos RD-1155 e RD-1157 dirigiram-se ao local onde estaria sendo vendida a droga. Quando os policiais entraram nas residências de mãe e filho teriam encontrado cerca de 400 pedras de crack. A mulher, então, teria passado mal e levada pelos próprios PMs para o Hospital de Maracanaú. Lá, Dagmar teria dado entrada já sem vida.

Acusam

Os familiares da mulher, porém, dão outra versão sobre o caso. Alegam que Dagmar teria sido torturada pelos PMs para confessar o crime de tráfico de drogas e, ainda, dizer onde estavam escondidas as pedras de crack. O comandante do Batalhão de Policiamento Comunitário (Ronda), coronel Werisleik Ponte Matias, desmentiu a família da morta. Segundo ele, a mulher faleceu ao passar mal ao receber voz de prisão.

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tabagismo contribui para mais de 50 doenças, diz especialista

O combate ao tabagismo foi o principal assunto do I Seminário Alagoano de Doenças Tabaco-relacionadas: neoplasias, doenças do aparelho circulatório e respiratório realizado nesta terça-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

O evento, que aconteceu no Hotel Matsubara, contou com a participação de técnicos municipais e gestores de saúde. O seminário foi promovido pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), através da Diretoria de Promoção da Saúde e Programa de Controle do Tabagismo.
O secretário de Estado da Saúde, Herbert Motta, foi representado pela superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, que destacou a parceria entre a Sesau e os municípios alagoanos no combate ao tabagismo. “A luta contra o tabagismo é uma missão de todos”.

Os participantes foram recepcionados pela Associação Teatral Ditirambo, que encenou uma apresentação sobre “A Droga do Cigarro é uma Droga”. O grupo conseguiu, de forma lúdica, discutir os malefícios do tabaco.

A coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo da Sesau, Vetrúcia Teixeira Costa, abriu a programação afirmando que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a segunda maior causa de morte evitável do fumante ativo e a terceira do fumante passivo. Ainda conforme a OMS, oitenta por cento dos cerca de 1,3 bilhões de fumantes vivem em países em desenvolvimento. Na maioria dos países existe uma correlação entre tabagismo, baixa renda e baixo nível de escolaridade.


A coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira Costa, afirmou que o tabagismo é fator de risco para mais de 50 doenças e outros danos causados pelo uso ativo e/ou passivo dos produtos derivados do tabaco. “É necessário que a sociedade, as instituições públicas e privadas, se apropriem dos conhecimentos sobre os malefícios provenientes do uso dos produtos derivados do tabaco e suas conseqüências”, frisou Vetrúcia Teixeira.

Ela lembrou que todos os tipos de cânceres têm correlação com o tabagismo. “Quem fuma reduz entre 10% e 15% seu tempo de vida”. A nicotina causa dependência química, física e psicológica. O tabagismo é extremamente nocivo aos homens e as mulheres. Entretanto, nas mulheres há ainda o risco de o vício implicar na saúde do feto. Filhos de mães fumantes têm complicações de saúde, insuficiência respiratória e baixo peso.

Durante o I Seminário Alagoano de Doenças Tabaco-relacionadas houve palestras sobre “Tabagismo: uma epidemia mundial que exige intervenção coletiva para a promoção da saúde”; “As Conseqüências do Uso dos Produtos Derivados do Tabaco”; “Doenças do Aparelho Circulatório”, “Neoplasias”; “Doenças do Aparelho Respiratório”.

Representantes dos municípios de Arapiraca, Maceió, Palmeira dos Índios e São Luiz do Quitunde relataram suas respectivas experiências municipais na redução da prevalência do tabagismo. Também houve mesa redonda e depoimentos de usuários e profissionais.

Substâncias químicas - O cigarro tem mais que nicotina e alcatrão. São cerca de 4.700 substâncias tóxicas. Do total, 40 são cancerígenas. Estudos mostram que a cada tragada, o fumante manda para dentro do seu organismo um coquetel de substâncias químicas nocivas. Embora o cigarro cause males tanto aos homens quanto às mulheres, as mulheres que fumam têm maior risco que os homens de desenvolver câncer de pulmão. O tabagismo também está associado ao câncer do colo do útero, segundo tipo mais comum entre as brasileiras.

Além disso, o risco de doenças do aparelho circulatório chega a ser 10 vezes maior em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam.
Fonte: Alagoas em Tempo Real

Prevenção às drogas deve envolver governos, famílias e escolas, diz ministro

 

Pesquisa da Senad constatou que houve redução de 49,5% no uso de drogas ilícitas na comparação com o levantamento anterior, de 2004.
O Brasil não pode deixar de desenvolver ações de prevenção ao uso de drogas, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Felix, ao comentar o resultado do levantamento divulgado hoje (16) pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad). A pesquisa constatou que houve redução de 49,5% no uso de drogas ilícitas na comparação com o levantamento anterior, de 2004.

Segundo Felix, é preciso que as autoridades públicas, os professores e a família estejam juntos para evitar que o jovem ingresse no mundo das drogas. “O trabalho de prevenção só tem começo, não tem meio nem fim. Tem que ser permanente, não tem mágica.”
“Precisamos trabalhar fundamentalmente o jovem para que ele não ingresse no mundo das drogas, porque no momento em que ele ingressa significa que a prevenção não funcionou. Precisamos trabalhar para que o jovem não entre no mundo das drogas. Esse é o grande esforço que temos que fazer”, disse o ministro.

Levantamento feito pela Senad ao longo de 2010 mostra que o consumo de drogas entre estudantes de ensino médio e fundamental da redes pública e privada é maior entre os estudantes das escolas particulares.

A pesquisa mostra ainda que 13,6% dos estudantes de escolas privadas fazem uso de drogas. Entre os que frequentam a rede pública, o percentual foi de 9,9%. O estudo ouviu cerca de 51 mil alunos de escolas públicas e privadas das 26 capitais do país e do Distrito Federal. A cocaína foi a única droga que não registrou diminuição de consumo.
De acordo com o levantamento, a maconha é a droga mais usada entre os estudantes do sexo masculino. Já entre as alunas preferem remédios sem prescrição médica.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Secretaria diz que pesquisa sobre crack é 'especulação'


Segundo dados da CNM, 71% dos municípios têm problemas com crack. Secretária Paulina Duarte contestou rigor metodológico do levantamento. 

 A secretária-nacional adjunta de Política sobre Drogas, Paulina Duarte, rebateu na tarde desta segunda-feira (13) dados de uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), segundo a qual 71% dos municípios brasileiros têm problemas com crack. Segundo a secretária, não há nenhuma pesquisa feita no Brasil com bases metodológicas que mostrem o número de usuários da droga e os municípios afetados pelo crack.

Paulina disse que há uma pesquisa que está sendo elaborada em parceria com a fundação Oswaldo Cruz no valor de  R$ 7 milhões e que os primeiros dados devem ser divulgados em fevereiro de 2011. O levantamento está sendo feito com 22 mil usuários da droga e fará atestagem da presença do vírus da Aids, Hepatite B e C e tuberculose.

“Qualquer numero é especulação. Não há no Brasil pesquisa que indique com rigor metodológico o numero de usuários de drogas nem de municípios atingidos”, disse Paulina Duarte. Segundo a secretária, a maior parte dos R$ 410 milhões destinados para o Plano Integrado de Enfrentamento ao crack já está empenhada.

Paulina ainda falou que os editais que integram o programa serão relançados devido à baixa procura dos municípios. No caso dos leitos para comunidades terapêuticas, dos 2,5 mil ofertados pelo programa, apenas 147 municípios apresentaram propostas. Já no edital das casas de acolhimento transitório, em que há oferta de 40 casas, 45 municípios apresentaram projetos.

 Segundo ela, todos os recursos do governo para programas de combate a drogas são repassados aos municípios por meio de editais. “Os prazos serão reabertos porque o plano foi lançado em maio, mas tivemos as questões eleitorais, que atrasaram um pouco. O Plano de Enfrentamento ao Crack está com R$ 410 milhões previstos por medida provisória este ano e já temos os recursos garantidos para o próximo ano”, disse.

Paulina considerou como “temerários” os números apresentados pela CNM que dizem que 71% dos municípios têm problema com o crack. “Acho meio temerário que 71% tenham problemas com o crack. Se fizermos um estudo epidemiológico, com certeza todos terão um caso, mas não há no Brasil nenhum estudo sobre o consumo de crack”, afirmou.

Ela disse ainda não concordar com a afirmação da pesquisa de que 48% dos municípios não têm qualquer ação de combate ao crack. No entanto, Paulina afirmou aceitar críticas. “As críticas fazem parte da sociedade democrática. Não me ofendem.”

Fonte: G1

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

58,9% dos municípios cearenses têm programas de combate ao crack, diz pesquisa

Dos 184 municípios do estado, 117 participaram da pesquisa. Destes, 24 possuem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), sobre a proliferação do uso de drogas nas diversas cidades do Brasil, o Ceará é um dos estados em destaque no combate a drogas como o crack.

A pesquisa investigou como o crack está presente nos municípios do País, como o Poder Público municipal está organizado para enfrentar este problema e qual a participação da União e dos Estados.

Em um dos aspectos pesquisados, o combate ao crack e outras drogas mesmo sem ter um programa institucionalizado é um item de destaque no Ceará. De acordo com a pesquisa, o Estado possui 58,9% dos municípios atuando no combate às drogas.

Dos 184 municípios do Estado, 117 participaram da pesquisa. Destes, 24 possuem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com a atuação de 263 profissionais de saúde. Apesar dos bons resultados, a pesquisa identificou que apenas 12 cidades têm programas de combate ao crack e outras drogas, dos quais sete já estão com este programa aprovado pelas respectivas câmaras de vereadores. Apenas nove municípios pesquisados não possuem atendimento algum.

Quem quiser acessar todas informações da pesquisa basta acessar o link: http://portal.cnm.org.br/sites/5700/5770/13122010_estudo_crack_completo.pdf

Fonte: O POVO ON-LINE

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cigarro é prejudicial às crianças até longe de fumantes

Fumaça contaminada pode passar por sistema de ventilação e pelas paredes.

Os fumantes não precisam estar perto de crianças para fazê-las sofrer com o cigarro. Um estudo recente mostra que elas estão expostas às consequências do fumo passivo mesmo que ninguém da família fume. E o tipo de casa onde elas moram têm forte influência nesse resultado.

A partir de um exame laboratorial, os cientistas puderam medir a quantidade de tabaco existente no sangue de crianças que vivem em prédios e concluíram que mais de 84% delas estão expostas à fumaça do cigarro, que passa de um apartamento a outro por meio de pequenos furos nas paredes ou até mesmo pelo sistema de ventilação do edifício. Entre as que moram em casas geminadas, o índice de contaminação é de 80%, enquanto em residências tradicionais, a taxa cai para 70%. A pesquisa foi realizada com 6.000 crianças e adolescentes, entre 6 e 18 anos.

Consequências

Especialistas enfatizam que não existem níveis seguros de exposição ao tabaco. Quem fica exposto ao fumo passivo têm maior risco de desenvolver várias doenças, como complicações respiratórias, asma e síndrome da morte súbita infantil. O estudo, feito por cientistas da Universidade de Rochester, do MassGeneral Hospital for Children e pela Academia Americana de Pediatria, é o primeiro que mostra uma evidência significativa sobre essa relação.

“Os pais tentam proteger seus filhos de vários perigos, como o cigarro. É surpreendente ver esses resultados e perceber que muitos pais não têm como controlar o fumo passivo na sua própria casa”, destaca Karen Wilson, autora do estudo e professora de pediatria da Universidade de Rochester. “Em geral, os fumantes costumam ser bastante respeitosos ao não expor crianças e não-fumantes à fumaça em ambientes fechados. Essa pesquisa vai ajudar a promover a noção de que não é aceitável de jeito nenhum fumar em ambientes fechados, mesmo que em seu próprio apartamento, porque a fumaça consegue chegar ao corpo de crianças que vivem em outras moradias”, completou Jonathan Winickoff, do MassGeneral Hospital for Children.

A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira na edição online do periódico científico Pediatrics.

Fonte: Revista VEJA

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pesquisa confirma que consumo da maconha leva a problemas cognitivos graves

Muitos são os apelos para o consumo. Euforia, menos inibição, relaxamento e até criatividade.

Aliado a tudo isso, o mito de que a maconha não provoca danos mentais importantes leva a droga ao topo do consumo de substâncias ilícitas no país. Levantamentos oficiais apontam que quase 2% da população brasileira fumou maconha no último mês. Entre os universitários, a proporção é de aproximadamente 10%. A crença comum entre praticamente todos os usuários, porém, foi quebrada. Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta evidências científicas de que a chamada “erva natural” provoca deficiências cerebrais relevantes, prejudicando a memória, o autocontrole, a capacidade de planejamento, de organização e a fluência verbal.

Para chegar a tais conclusões, a pesquisa, apresentada como tese de doutorado pelo Laboratório de Neurociências Clínicas da Unifesp, utilizou uma amostra de 173 usuários crônicos de maconha, que fumam de um a dois cigarros de maconha por dia, há pelo menos 10 anos. O contigente pesquisado, segundo Maria Alice Fontes, neuropsicóloga e autora do estudo, é o maior do mundo nessas condições.

“Conseguimos trabalhar uma amostra de pessoas que utilizam exclusivamente a maconha, o que é muito difícil. Geralmente, os grupos têm problemas relacionados ao uso de outras drogas e a doenças mentais associadas, como depressão, por exemplo”, destaca Maria Alice.

A amostra de 173 pessoas passou por testes neuropsicológicos que medem as funções “executivas” do cérebro — relacionadas ao maestro do cérebro, responsável pela capacidade de processar e organizar informações. Comparando os resultados com o grupo controle, formado por pesquisados com perfil parecido em termos de idade e escolaridade, ficou evidente o deficit dos usuários de maconha. No quesito memória, por exemplo, um dos testes deixa claro o abismo entre as duas populações estudadas. Ditou-se uma lista de 12 palavras para serem repetidas. O entrevistador repete apenas as que não foram lembradas. Enquanto o grupo de controle precisou, em média, de 34 repetições, os usuários necessitaram de 50.

“Para ter uma boa memória, você precisa ter um bom armazenamento. Ou seja, guardar a informação para depois recuperar. Verificamos que nos usuários de maconha a dificuldade começa já no início do processo, no armazenamento”, explica a neuropsicóloga Maria Alice. Um outro teste em que o grupo que utiliza a droga foi mal avaliado é o que mede a persistência em erros e a falta de capacidade de percebê-los. Determinadas combinações de cartas eram mantidas em sigilo, enquanto os entrevistados tentavam descobri-las, manuseando o baralho. O entrevistador limitava-se a dizer “certo” ou “errado”. As pessoas do grupo de controle acertaram quatro combinações, contra 2,5 descobertas pelos usuários de maconha.

Em outra bateria de testes, que avaliam funções como organização, planejamento e autocontrole, os participantes poderiam acumular 18 pontos, no máximo. A média dos que não usam maconha foi de 17,5 e dos que utilizam a droga, 16. “Olhando assim, pode não parecer uma diferença tão expressiva. Mas se você avaliar que são 173 pessoas e que estamos falando da média, é algo grave. Até porque houve gente que tirou 14, 15. E ter pontuação abaixo de 17 já é considerado problemático”, afirma a especialista. Ela destaca que houve relação entre a quantidade consumida, a idade de início do uso e os prejuízos cerebrais. “Quanto maior o consumo, piores os deficits. Principalmente se o usuário começou a fumar antes dos 15”, diz a especialista da Unifesp.

Banalização
Presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead), o psiquiatra Carlos Salgado enfatiza um “empobrecimento geral cognitivo” como o principal impacto da maconha. “Aí alguém sempre lembra que tem um sujeito brilhante, um ministro, um músico, que fuma há décadas. Sim, é verdade. Mas eles poderiam ser ainda mais brilhantes, porque estão atuando abaixo do seu potencial, abaixo do desempenho que poderiam ter”, ressalta Salgado. Entre as principais dificuldades dos usuários estão a memória, a qualidade de raciocínio para resolver questões complexas e a capacidade de responder a desafios psicomotores. “Jogar tênis ou atuar em um trânsito complicado pode ficar mais complicado”, diz.

Características muito próprias da maconha, segundo Salgado, levam a droga a uma espécie de banalização por boa parte da sociedade. “O impacto é mais sutil e lento que o de outras substâncias. Então, seu juízo de desempenho, de qualidade de vida demora mais a se formar”, diz o psiquiatra. Ele vai a outro extremo para fazer uma comparação. “Enquanto o crack tem ação intensa, sensação imediata e induz a vontade de repetir a dose rapidamente, a maconha é o contrário. Ela diminui a ansiedade, a menos que haja um quadro de depressão, relaxa e dá fome. Talvez daí venha essa aceitação maior”, diz ele. Salgado acredita que, se legalizada a maconha, o consumo será maior. “Estará mais disponível.”

OS DANOS SÃO IRREVERSÍVEIS?
Apesar dos resultados concretos, a pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ainda não conseguiu responder a uma pergunta importante sobre o uso contínuo da maconha. Os danos cerebrais são permanentes ou, abandonando o hábito, é possível recuperar integralmente as funções prejudicadas? “Essa é uma discussão bastante controversa. Há indícios na literatura de que é possível ter de volta as competências, desde que a pessoa fique anos sem utilizar a droga”, afirma a pesquisadora Maria Alice Fontes, autora do estudo.

O que a pesquisa apresentada na Unifesp constatou é que, mesmo depois de 14 dias de abstinência, os deficits ocasionados pelo uso crônico da maconha persistem. A conclusão segue o caminho de outros estudos, que já haviam detectado a permanência dos prejuízos cognitivos até sete dias depois do último cigarro fumado. “Ainda precisamos conseguir analisar esse tema mais profundamente. A falta de usuários que se mantenham, por um longo tempo sem utilizar, depois de iniciados os estudos, dificulta trabalhos nesse sentido”, explica Maria Alice.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Passo da Semana (12 a 18/12): 11º - CELEBRAR

Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus!

sábado, 11 de dezembro de 2010

O fumo causa danos imediatos ao DNA

O fumo causa danos imediatos aos pulmões e ao DNA mesmo em pequenas quantidades, segundo relatório oficial divulgado nesta quinta-feira pelo governo americano.

- A química do cigarro chega ao pulmão rapidamente a cada trago causando danos imediatos - disse q cirurgiã-geral Regina Benjamin, para quem taxas, proibições e tratamentos devem ser usados para reduzir os índices de fumantes. Segundo ela, um terço das pessoas que experimentam o cigarro viram fumantes diários.

Para a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, restringir o fumo deveria ser prioridade na administração de Barack Obama, que desde que assumiu tomou medidas para regular e controlar o setor.

O FDA, departamento que controla a comercialização de comida e medicamentos, baniu cigarros com sabor e começou a investigar os mentolados.

Estudos mostram que o cigarro mata 443 mil pessoas por ano nos Estados Unidos de câncer, infarto, doenças do pulmão e outras causas.

Entre 1998 e 2008 o número de fumantes caiu 3,5%, de 24,1% para 20,6%. 

Fonte: O GLOBO

Infecção no ouvido é maior entre adolescentes que convivem com fumantes

Pais fumam dentro de casa quando filhos crescem, tornando-os fumantes passivos.

Segundo um grande estudo realizado pela Universidade de Harvard, crianças e adolescentes que vivem em ambientes com fumantes, especialmente os que têm idades entre 12 e 17, estão 1,6 vez mais propensos a ter infecções no ouvido comparado a adolescentes que vivem em ambientes onde não moram fumantes.

Summer Hawkins, autor do estudo, junto com uma equipe de pesquisadores, analisaram 90.961 famílias que têm fumantes entre seus integrantes e chegou a essa conclusão.

Ao longo da pesquisa, verificou-se que a proporção de domicílios que utilizam produtos de tabaco é o mesmo em todos os grupos etários, mas os membros da família são cada vez mais propensos a fumar dentro de casa quando seus filhos se tornem pré-adolescentes e adolescentes.


- A razão pela qual o fumo passivo pode causar infecções de ouvido não é conhecida completamente, mas o fumo passivo pode aumentar a susceptibilidade das crianças e dos adolescentes para infecções no ouvido.

Os autores do estudo sugerem aos pediatras reforçarem ações para tornar os pais conscientes dos perigos do fumo passivo. A pediatra Ellen Wald, do American Family Children’s Hospital, de Madison, em Wisconsin, nos Estados Unidos, afirma que os pais não estão cientes do perigo que o fumo passivo dentro de casa representa.

- Os pais sabem que não é a melhor ideia deixar os filhos em ambientes com fumo e fechados, mas quando eles dizem que nunca fumam dentro de casa, eu não acredito.

Para Hawkins, os pais e os profissionais da saúde precisam trabalhar juntos para criar um ambiente livre do fumo para seus filhos.

- Esses médicos devem perguntar aos pais sobre o uso de tabaco durante as visitas à clínica. E sugerir que eles reduzam a exposição das crianças, proibindo fumo dentro da casa.

O ponto principal para que isso aconteça, é que os pais admitam o que fazem e falem sobre isso, afirma a pediatra.

- Para mudar o comportamento, você tem que falar sobre o assunto. Os médicos estão certos ao dizer que todos estão vulneráveis ao fumo passivo, e não apenas crianças e adolescentes, mas adultos também.

Fonte: R7

Crianças que veem filmes impróprios para a idade são mais propensas a fumar

Os pais que não deixam as crianças assistirem a filmes que, de acordo com a classificação americana, não são recomendados para menores de 17 anos sem a presença de um pai ou responsável (chamados, nos EUA, de filmes R) podem reduzir os riscos de seus filhos se tornarem fumantes e de adotarem comportamentos de risco, segundo estudo que será publicado na edição de janeiro da revista médica Pediatrics.

Monitorando, por dois anos, mais de 6 mil jovens de 10 a 14 anos de idade, os pesquisadores observaram que apenas 32% dos adolescentes não tinham permissão para assistir a filmes não recomendados para menores de 17 anos sem a presença dos pais. Além disso, notaram uma relação significativa entre o maior risco de os jovens começarem a fumar e o grau de permissividade dos pais em permitir que os filhos assistam a filmes impróprios para a idade.

De acordo com os autores, os resultados indicam que poucos pais têm conhecimento sobre o impacto que alguns filmes podem ter no comportamento dos filhos, e “apoiam um chamado aos pais para adotar o cuidado ativo em relação à mídia no início da adolescência”. “Muitos pais relaxam suas restrições em relação aos filmes R durante o início da adolescência, mas nossos resultados sugerem que a restrição contínua é um meio eficaz de reduzir os riscos de os adolescentes começarem a fumar”, escreveram.

Fonte: Boa Saúde - UOL

Estigma pode manter dependente de álcool longe do tratamento, aponta pesquisa

O estigma - ou forte desaprovação social - do alcoolismo faz com que dois terços das pessoas diagnosticadas com dependência do álcool não procurem o tratamento adequado para o problema, segundo estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisadora Katherine Keyes, pessoas diagnosticadas com alcoolismo em algum momento da vida são 63% menos propensas a procurar tratamento se acreditarem que serão estigmatizadas quando as outras pessoas descobrirem seu problema.

Em pesquisa com 34 mil pessoas com mais de 20 anos - entre as quais 6 mil relataram problemas com álcool -, os pesquisadores descobriram uma relação significativa entre a maior percepção de estigma do alcoolismo e uma menor procura aos serviços de atendimento médico para tratamento desse problema de saúde. Além disso, uma maior percepção de estigma foi associada ao sexo masculino e à pessoas não brancas e de menor renda e escolaridade.

“Pessoas com transtornos alcoólicos que percebem altos níveis de estigma em relação ao álcool podem evitar entrar em tratamento porque isso confirma seu pertencimento a um grupo estigmatizado”,
escreveu a pesquisadora na edição de novembro do American Journal of Epidemiology. “Uma ligação entre visões altamente estigmatizadas do alcoolismo e a falta de serviços de saúde sugerem que a redução do estigma deve ser integrada com esforços de saúde pública para promover o tratamento”, explicou a especialista.

Fonte: OBID

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Olhos também sofrem com uso de drogas

Dependência de substâncias como a cocaína pode provocar cegueira.

As drogas, além de provocarem dependência, danos neurológicos e prejuízos sociais, também afetam os olhos, segundo os oftalmologistas. Isso vale para o uso crônico de cocaína, crack, heroína, LSD e também ecstasy - esse último, considerado de menor impacto por alguns usuários. Em alguns casos, o uso abusivo pode levar à cegueira total e parcial.

De acordo com os médicos, é comum que os consumidores de drogas procurem auxílio apenas depois que os danos já são irreversíveis.

Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, na zona oeste de São Paulo, diz que, quando a droga entra na corrente sanguínea, sua toxicidade afeta o nervo ótico, levando a uma neuropatia ótica tóxica.

"A droga funciona como um solvente, provocando lesões no cérebro e atrofia do nervo ótico, levando à perda da visão. É o mesmo processo que ocorre com quem é exposto a agrotóxicos por muitos anos".

Outra situação que pode levar usuários de droga a desenvolverem problemas é o fato de eles permanecerem por muito tempo com os olhos abertos.

"Pessoas sob o efeito de drogas pesadas perdem o reflexo de piscar os olhos, o que leva a um ressecamento".

O uso de colírios para disfarçar os olhos vermelhos também pode aumentar o risco de catarata.


Fonte: ANTIDROGA


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deputado propõe multa de R$ 127 para quem fumar ao dirigir

Um projeto que tramita na Câmara dos Deputados poderá tornar infração grave o ato de fumar ao volante.

A proposta do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), altera o Ccódigo de Trânsito Brasileito e prevê multa de R$ 127,69 com perda de cinco pontos na carteira para quem fumar ao dirigir.Segundo o deputado, além de impedir o condutor de dirigir com as duas mãos no volante, o ato de fumar pode distrair o motorista. Ele cita como exemplo o caso do cigarro cair aceso dentro do veículo e provocar "efeitos indesejáveis" como tontura.

O código de trânsito já prevê multa para quem dirigir com apenas uma das mãos (exceto quando mudar a marcha ou acionar equipamentos do veículo). Essa infração, porém, é de natureza média, com multa de R$ 85,13 e perda de quatro pontos na carteira.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a proposta tramita em regime de prioridade.


Fonte: Portal TERRA

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Especialista aponta possíveis causas para a falta de fôlego

Cigarro e poluição são os que mais contribuem para o surgimento do problema.

O fôlego está relacionado diretamente à sensação de falta de ar relatada pelas pessoas especialmente ao realizar atividades físicas. Segundo o diretor de Assuntos Científicos da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Oliver Augusto Nascimento, geralmente, quem têm alguma doença pulmonar ou cardíaca, alterações musculares ou são sedentárias terão menos fôlego.
Existem, no entanto, alguns fatores que influenciam nossa capacidade respiratória e podem prejudicar o fôlego.

— O tabagismo e a poluição funcionam como agentes agressores do pulmão. Estas substâncias, quando aspiradas, provocam inflamações - explica.

O especialista revela que a prática regular de atividade física, por exemplo, é benéfica para a saúde respiratória, mas deve ser realizada de maneira correta para não trazer danos. Acompanhamento médico, temperatura e umidade do ar adequadas e o respeito aos limites do corpo são algumas dicas dadas pelo médico.

Muitas pessoas com a chegada do final de ano apresentam o que pode ser chamado de síndrome do regime. Querem fazer tudo de uma vez e esquecem de fazer as avaliações necessárias, colocando a saúde em risco - ressalta.

Além das atividades físicas, as doenças respiratórias também têm relação direta com o fôlego. Doenças como a asma e a DPOC são apontadas como as principais, mas a hipertensão pulmonar também pode causar problemas. Todas elas precisam ser tratadas e receber acompanhamento de um médico pneumologista.

Os maus hábitos também contribuem, e muito, para agravar e até desencadear problemas na saúde respiratória. O principal ainda é o cigarro, mas existem outros hábitos que podem prejudicar o pulmão.

— A preocupação atual é com o narguilé, que vem sendo muito utilizado pelos jovens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já lançou um documento alertando para os danos à saúde deste hábito — afirma Nascimento.

Enfim, a saúde pulmonar depende de alguns cuidados muito importantes. Em caso de sintomas respiratórios como tosse, catarro ou falta de ar, um médico deve ser procurado para fazer o diagnóstico e dar início ao tratamento, se necessário.

— O diagnóstico precoce diminui a progressão de doenças e melhora a qualidade de vida e o fôlego do paciente - revela.

Fonte: Zero Hora

Homem invade escola e morre com sinais de overdose em SP

Um homem morreu com sinais de overdose após invadir uma escola enquanto fugia da polícia em Franca, no interior de São Paulo, na manhã de domingo. A polícia suspeita que ele estava alterado porque teria engolido pedras de crack, já que chegou a se ferir no interior da escola enquanto quebrava vidros e equipamentos.

Thiago Endrigo, 33 anos, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e internado na Santa Casa da cidade, onde faleceu. Policiais encontraram uma pedra de crack no seu bolso e cogitam a possibilidade de morte por overdose, mas o laudo de óbito ainda não foi divulgado pela Polícia Civil, que investiga o caso.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Polícia encontra três toneladas de maconha concretada em parede no Alemão


Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Companhia de Cães da Polícia Militar apreenderam neste domingo três toneladas de maconha na Fazendinha, que integra o Complexo do Alemão. A droga estava escondida numa construção no alto do morro, concretada na parede. Os PMs souberam do local depois de receber uma denúncia anônima de moradores.

No sábado, policiais da 36ª DP (Santa Cruz) e da 43ª DP (Guaratiba) encontraram um paiol do tráfico no Alemão . Foram apreendidos um fuzil, uma submetralhadora, munição, rádios, colete e outros equipamentos usados por traficantes do conjunto de favelas. Os policiais chegaram ao paiol através de um mapa que receberam de um morador. O registro foi feito na 21ª DP (Bonsucesso).

No mesmo dia policiais civis da 42ª DP (Recreio) apreenderam 18 máquinas caça-níqueis que estavam abandonadas no cômodo de uma casa localizada na Rua Joaquim de Queiroz, um dos principais acessos ao complexo. Segundo a polícia, a denúncia foi feita por uma moradora, que avisou uma viatura da Polícia Civil, estacionada próxima do acesso à favela.

Segundo balanço parcial da polícia civil , até a quinta-feira foram recolhidos 136 fuzis, 169 pistolas, 38 granadas, 313 kg de cocaína e 33 toneladas de maconha nas operações na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.

Parte das drogas já foi levada para Volta Redonda, no Sul Fluminense, e incinerada nos fornos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que cedeu suas instalações para a operação. 

Fonte: O GLOBO/Rio

Barata e devastadora: Crack sai dos guetos e se alastra pelo país

Josiane Ferraz, uma faxineira de Piracicaba (SP), resolveu prender o filho para que ele não saísse de casa atrás de crack.

Ela responde agora a processo por maus-tratos, mas já avisou que, se for preciso, vai voltar a acorrentar o garoto. "Não quero vê-lo morrer por causa de droga."

Histórias de vício como a do menino de Piracicaba se alastram pelo país. O crack já assola todas as faixas etárias, todas as classes sociais, e não está mais restrito às grandes capitais - Piracicaba, por exemplo, está a 164 km de São Paulo, cidade que registrou o primeiro relato de uso de crack no país, em 1989.

O consumo se disseminou a tal ponto que o presidente Lula veio a público externar sua preocupação. Ele determinou a criação de um seminário nacional que discuta a questão do crack e seus efeitos nocivos na juventude brasileira. "Eu nunca vi tanta gente se queixando dos efeitos do crack como tenho visto atualmente quando converso com os prefeitos", disse Lula, em entrevista recente.

O crack se alastra porque é uma droga barata e mais viciante (e devastadora) que as outras. Drogas como maconha, cocaína e LSD foram ícones de uma época - chegaram às ruas quase como um passaporte de entrada obrigatório para certos círculos sociais, principalmente nos anos 70 (maconha) e 80 (cocaína). Já o crack nunca teve glamour. A Cracolândia, área mais degradada do decadente centro de São Paulo, era praticamente seu único habitat. Acabou se alastrando no boca a boca, chegando à classe média. "Não existe essa coisa de droga de pobre ou droga de rico", diz o dr. Carlos Salgado, presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas). "Uma droga leva à outra. Quem fuma maconha pode passar a fumar crack quando ouve que aquilo vai dar um barato maior."

O crack nasceu nos guetos americanos e se alastrou pelo mundo, principalmente nas grandes cidades. Mas hoje já há relatos de grupos de viciados até em plantações de cana no Brasil. Nas cidades do interior, lugares como rodoviárias e praças centrais parecem ter se tornado "filiais" da cracolândia paulistana.

No Rio, os próprios traficantes coibiam a disseminação do crack devido ao seu enorme potencial viciante - havia o risco de os "funcionários" do tráfico ficarem "inúteis" depois de consumirem o crack e, por ser uma droga mais barata, o foco das vendas sempre foi a maconha e a cocaína. "Mas agora isso saiu de controle. Vejo o crack se alastrando de forma alarmante", diz o rapper MV Bill, espécie de líder comunitário da Cidade de Deus, uma das regiões mais pobres do Rio de Janeiro. "Vejo crianças se viciando. Vejo meninos partindo para o latrocínio e meninas se prostituindo em troca de crack. É um cenário muito preocupante e vejo pouca movimentação das autoridades no sentido de coibir o crescimento dessa droga", emenda MV Bill.

Novidade

Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro mostram que o crack é a única droga que cresce em número de apreensões no estado. Dos entorpecentes apreendidos pela polícia em 2009, 10,8% eram crack. No ano anterior, esse número foi de 9%. Maconha (49,9%) e cocaína (37,3%) ainda lideram o ranking com folga. Mas isso porque o crack ainda é novidade no Rio. "Essa sempre foi uma droga muito consumida em São Paulo. Aqui era muito raro ver dependente de crack", relata MV Bill.

A droga cresce também em Salvador. Dentre os viciados em entorpecentes atendidos pelo Programa de Redução de Danos da Universidade Federal da Bahia, 26% eram usuários de crack em 2006. Três anos depois esse número chegou a 37,8%.

De acordo com um levantamento do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da UFRGS, o crack representa 39% dos atendimentos psiquiátricos no Brasil. A dependência da droga deixa o usuário em constante estado de paranoia - ou simplesmente "noia", como eles dizem. Quando o viciado tem o crack, ele fica em alerta para que ninguém tire a droga dele. Quando não a tem, procura desesperadamente formas de conseguir dinheiro para mais algumas "pedras." É aí que surgem os outros crimes ligados ao uso de entorpecente - roubos, furtos, latrocínios, prostituição. Tudo para conseguir a droga.

A pesquisa da UFRGS mostrou também que a grande maioria dos usuários de crack que buscaram ajuda especializada são homens (81,9%) jovens (31 anos, abaixo da média geral para outros tipos de viciados, que é de 42). O nível de desemprego é altíssimo: 52,2%, muito acima da média nacional, que é de pouco mais de 7%.

Como é mais fácil - e muito mais barato - prevenir do que remediar, o Ministério da Saúde se lançou de cabeça na luta contra o crack, investindo pesado em campanhas de conscientização na TV e no rádio. "O problema é que a iniciação geralmente acontece em casa, com drogas em tese menos devastadoras, mas que servem de porta de entrada para o crack", diz Carlos Salgado, da Abead.

O crack é barato porque é feito de sobras do refino da cocaína - as pedras resultam da fervura desse material com água e bicarbonato de sódio. Mas o efeito é muito mais devastador que o da cocaína quando aspirada. Em 10 a 15 segundos, os primeiros efeitos do crack são sentidos, enquanto os da cocaína surgem após 10 a 15 minutos. O viciado em crack, porém, precisa de várias doses durante o dia para se dar por satisfeito. "É uma droga mais barata que as outras, mas ela é de ação rápida e, por isso, induz à repetição. É como a nicotina - a pessoa precisa de 20 a 30 doses por dia para se dar por satisfeita", diz Salgado.

Uma pedra de crack custa em média R$ 5, mas pode ser adquirida até por R$ 3, dependendo da relação do viciado com o traficante. Como o usuário precisa de várias doses, o gasto médio supera os R$ 30 por dia. Sem trabalho - e consequentemente sem renda -, o viciado passa a cometer pequenos furtos para conseguir o dinheiro. No caso do garoto de Piracicaba, até o estojo de maquiagem da mãe "virou" crack.

Com a repercussão da história, uma clínica particular de Sumaré, cidade próxima a Piracicaba, ofereceu tratamento de graça ao garoto.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Pré- Lançamento do Livro: "O Tratamento do Usuário do Crack"

A Criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1951, representa o início do apoio institucional à ciência e à tecnologia o Brasil. Graças a esse apoio, para o qual contribuíram várias agências de fomento federais e estaduais, o país venceu desafios importantes, como o da prospecção de petróleo em águas profundas e o da produtividade na agricultura tropical, conquistando merecido reconhecimento internacional e trazendo benefícios econômicos à sua população.

A formação de Alto nível foi crucial para essas e outras conquistas. E formação de qualidade só é possível para quem tem acesso à educação e saúde. Em particular, saúde mental é indispensável e sua preservação deve utilizar todo o arsenal científico-tecnológico disponível, bem como buscar novos conhecimentos e técnicas de tratamento.



Esse é o espírito da obra organizada por Marcelo Ribeiro e Ronaldo Laranjeira, que aborda uma amaça global à saúde, ao bem-estar e ao futuro, especialmente doa jovens: a dependência química do crack. E o faz em vários de seus aspectos, como neurociência e clínica, diagnóstico e avaliação, tratamento e reabilitação. Trata-se de uma importante contribuição à sociedade, sobretudo para orientar a busca por políticas públicas consistentes e efetivas.

O enorme esforço materializado no livro representa parte das atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD), um dos 122 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) coordenado pelo CNPq, em articulação com o Ministério da Ciência e Tecnologia e vários outros Ministérios e agências federais e estaduais. Tal programa visa o avanço do conhecimento, à transferência de tecnologias e à sua difusão para a sociedade.

O Tratamento do Usuário de Crack certamente será a obra de referência no assunto. É um exemplo claro de contribuição da ciência, da tecnologia e da inovação para buscar soluções para problemas atuais de impacto gobal. É com grande esperança que apresento e recomendo este livro. Aproveito para agradecer a todos os que colaboraram para  sua realização. Estou certo de que a sociedade brasileira saberá reconhecer o valor dessa contribuição para o presente e o futuro de nosso país.

Fonte: Carlos Aragão - Presidente do CNPq

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Novo método permite identificar se mãe usou drogas

Teste criado na USP de Ribeirão Preto ajuda médicos a tratarem problemas de saúde em recém-nascidos

Um método inédito no Brasil desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) permite identificar, pelas análises do mecônio (as primeiras fezes do recém-nascido), se a mãe consumiu cocaína ou crack a partir da 12.ª semana de gestação. O método poderá ajudar a salvar bebês, caso as mães omitam a dependência química.

O trabalho foi realizado pela pesquisadora Marcela Nogueira Rabelo Alves, do Departamento de Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas do câmpus de Ribeiro Preto da USP.

As amostras usadas na pesquisa foram coletadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. No total, foram analisadas amostras de 36 recém-nascidos. Com os resultados dos exames, os médicos poderão diagnosticar com maior precisão os problemas ou deficiências apresentados pelos bebês. É possível averiguar até mesmo se uma eventual morte tem relação com o consumo de cocaína ou crack pela mãe durante a gestação.
Em parte das amostras de mecônio coletadas, os resultados foram positivos - e as mães haviam informado que consumiram droga durante a gravidez, o que reforça o resultado do método. Em outras amostras analisadas pela pesquisadora, com resultados também positivos, as mães não haviam admitido o uso de nenhuma substância ilícita.

"O mecônio começa a ser formado a partir da 12.ª semana de gestação, portanto, antes disso não conseguimos detectar se a mãe consumiu ou não cocaína ou crack nem a quantidade", diz Marcela.

A pesquisadora diz que o método de identificação de droga pode ser usado em hospitais de grande porte, como o Hospital das Clínicas, que tem o aparelho específico para esse tipo de análise (que é importado e custa US$ 100 mil). Além disso, os aparelhos precisam ser ajustados para poder realizar o teste.

Fonte: Estado de São Paulo

População do RJ aprova ações contra tráfico de drogas, diz Ibope

Estudo aponta que 88% das pessoas concordam com medidas tomadas, mas sentimento de segurança não acompanha índice.

A população do Rio de Janeiro está otimista com relação às medidas tomadas pelo poder público contra o tráfico de drogas. É o que aponta uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ibope Inteligência. De acordo com a pesquisa, 88% aprovam as ações da polícia desencadeadas há dez dias.

Embora haja a aprovação e otimismo em relação ao desfecho, mais da metade da população acredita na possibilidade dos acontecimentos prejudicarem a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Para 54% das pessoas as ocorrências influenciarão de forma negativa nos eventos.
Quando questionados quanto à sensação de segurança, 41% sentem-se seguros e 30%, inseguros. Além destes, outros 26% disseram que não se sentem nem seguros e nem inseguros.

Para Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do Ibope Inteligência, o estudo confirma a aprovação da população do Rio de Janeiro, mas revela que o sentimento de segurança não acompanha o mesmo patamar desta aprovação.

“É bastante elevada a aprovação e apoio às ações das autoridades, em todas as camadas da população, independente de renda ou escolaridade. Mas é importante atentar que ainda é relativamente baixa a sensação de segurança, demonstrando que a evolução deste sentimento dependerá do desenrolar das ações. Porém, há otimismo com o desfecho desses acontecimentos”,
diz Laure.

O otimismo em relação ao desfecho das operações contra o tráfico de drogas também é destaque da pesquisa, com 72% da população otimistas, sendo que 20% desses se sentem totalmente otimistas. Quando perguntadas sobre que tipo de lugar o Rio se tornaria no final da operação contra o tráfico, 70% das pessoas dizem que será um lugar mais seguro, enquanto 17% afirmam que não fará diferença.
O Ibope Inteligência ouviu mil pessoas residentes no Estado do Rio de Janeiro, com 16 anos ou mais, e a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

Alcoolismo e os jovens

O uso de álcool entre adolescentes é naturalmente um tema controverso no meio social e acadêmico brasileiro.

Ao mesmo tempo em que a lei brasileira define como proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos (Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996), é prática comum o consumo de álcool pelos jovens – seja no ambiente domiciliar, seja em festividades, ou mesmo em ambientes públicos.

A sociedade como um todo adota atitudes paradoxais frente ao tema: por um lado condena o abuso de álcool pelos jovens, mas é tipicamente permissiva ao estímulo do consumo por meio da propaganda

Jovens não relacionam cerveja ao Alcool

Basta chegar a sexta-feira de um dia quente para que os bares de todo o país fiquem repletos de adolescentes que, entre um papo e outro, bebem cerveja.

Mesmo assim, a maior parte dos jovens não associa a cerveja ao álcool. Foi o que comprovou a pesquisa de Nadir Ferreira Boa Sorte, professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), para obtenção do título de mestre.

O trabalho – “O imaginário do adolescente sobre o consumo de álcool e o processo de construção da identidade: implicações na educação e prevenção” -, concluiu que o jovem possui uma imagem ingênua da cerveja, vendo-a como diferente das demais bebidas alcoólicas.

Poucos sabem que bebida preferida contem 5% teor alcoólico e bastam seis copos para que uma pessoa apresente dificuldades de coordenação motora e reflexos.

“O jovem chega a apontar aspectos positivos. Dizem que a cerveja é fraca, que ela é mais apropriada para o jovem e que no calor o que combina mesmo é a cerveja, entre outros”, contou Nadir.

Frente à pergunta “Você acha que a cerveja é igual às outras bebidas alcoólicas?”, 34% dos jovens disseram que não, e destes, 90% apontaram esses aspectos “positivos” para justificar a diferença.

Segundo a professora, eles acreditam que os fatores internos têm maior influência do que os externos na constituição e manutenção do comportamento de beber.

“Os amigos e a família, sempre apontados, na literatura, como as maiores influências no consumo de substâncias psicoativas em geral, foram inocentados pela maioria destes adolescentes, que chamam para si a responsabilidade”, afirmou a professora da Uneb.

Para a professora, ao negar a variável externa, o jovem chama para si a responsabilidade de seus atos em uma tentativa de obter o reconhecimento social da ascensão ao estatuto de adulto.

Uma curiosidade da pesquisa: a palavra “álcool” só aparece uma vez e a palavra “droga” duas vezes entre as 1517 palavras dos questionários.

“Isso talvez ocorra porque a palavra droga é um signo ideológico e, como tal, já possui uma riqueza significativa deformada pela cultura, utilizada com novas intenções, isto é, não mais com seu sentido científico, mas com uma grande carga negativa”, concluiu.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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