Levantamento inédito dos dependentes será realizado em parceria pela Prefeitura do Recife e UFPE.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado tem cerca de 30 mil usuários de crack. Os números, ainda preliminares, são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogras Psicotrópicas. Não se sabe ao certo, por exemplo, quantos usuários desse tipo de droga existem na capital pernambucana. Visando buscar mais informações, a Prefeitura do Recife, em parceria com a UFPE, anunciou ontem que fará pesquisas minuciosas e inéditas no estado sobre o perfil sócio-demográfico e o número de usuários existentes na capital do estado.
O estudos começarão no primeiro trimestre de 2011 e os resultados deverão sair no ano seguinte. O Ministério da Saúde em parceria com o da Educação e a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) disponibilizará uma verba de R$ 8 milhões para os 69 projetos aprovados em todo o país. No Nordeste, Pernambuco e Bahia obtiveram grande destaque no resultado, aprovando sete e oito projetos, respectivamente. Apenas nas pesquisas recifenses serão investidos aproximadamente R$ 300 mil.
O anúncio foi feito durante um encontro para discutir o tema, na prefeitura. "O problema do crack é grave e ainda não temos estudos algum sobre isso. Os dados precisam ser explorados para contribuir no planejamento de combate a esse mal", disse o secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto. O prefeito em exercício, Milton Coelho, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, participaram do encontro.
A rede municipal de atenção aos consumidores abusivos da droga no Recife inclui seis centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad), onde aproximadamente 1,5 mil pessoas recebem tratamento contra álcool, fumo e outras substâncias psicoativas. "Atualmente, não há como fazer uma estimativa verdadeira de quantos usuários de crack há no Recife. Só após as pesquisas poderemos ter algo mais exato", esclareceu a gerente do Programa Mais Vida do Recife, Pollyanna Pimentel. Hoje, segundo ela, dos 1,5 mil dependentes em tratamento no CAPs e nas demais casas de assistência social, entre 12% e 15% são dependentes do crack. "É o segundo maior número de pacientes, sé perdendo para o álcool (20%)", detalha.
Desde a segunda quinzena de novembro, estão na ativa unidades móveis de tratamento descentralizados, que reforçam à prevenção ao uso de drogas em Pernambuco. A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas e somam esforços de 12 viaturas.
Fonte: Diário de Pernanbuco
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